A Prefeitura de Búzios confirmou nesta quinta-feira (14), o primeiro caso de Monkeypox (varíola dos macacos) no município. Trata-se de um homem de 40 anos, morador da cidade e que havia voltado a alguns dias de uma viagem a cidade de Barcelona, na Espanha. Foi atendido no dia 7 na Policlinica do bairro Manguinhos onde, identificada a suspeita, foi acomodado em uma sala especial até que fosse realizada uma averiguação clínico-epidemiológica e a coleta de material para que exames laboratoriais fossem realizados, em seguida já foi encaminhado para o isolamento domiciliar, até a conclusão do diagnóstico, para evitar a propagação da doença. O paciente segue em isolamento, quadro estável, e a Secretaria de Saúde monitora o caso até sua recuperação.
“Não há motivos para pânico, a varíola dos macacos é uma doença que tende a ser leve e, geralmente, os pacientes se recuperam em algumas semanas sem tratamento específico, apenas com repouso, muita hidratação oral, além de medicações para diminuir o prurido e controle de sintomas como febre ou dor. Este é, até o momento, o único caso registrado em Búzios, e as medidas de segurança foram tomadas rapidamente e está controlado. A Secretaria de Saúde está, desde que os primeiros casos surgiram na Europa, preparada para lidar com essa demanda”, afirma o secretário de Saúde, Leônidas Heringer, tranquilizando a população.
Como lembra Leônidas, a Organização Mundial de Saúde (OMS), considera a doença branda, e não há mortes registradas. Mas em caso de percepção dos sintomas semelhantes aos da Monkeypox o munícipe de Búzios deve procurar a unidade de saúde mais próxima, prioritariamente as policlínicas ou o Hospital Municipal Rodolpho Perissé (HMRP), para o correto diagnostico, pois, o município conta com os instrumentos para a realização dos exames. Importante que a população mantenha a caderneta de vacinação atualizada, o sistema imunológico forte é crucial para que o organismo humano se defenda da doença.
Monteypox, o que é, sintomas e cuidados
É uma zoonose viral, isto é, uma doença infecciosa que passa de animais para humanos, causada pelo vírus de mesmo nome (varíola dos macacos). Este vírus é membro da família de Orthopoxvirus, a mesma do vírus da varíola, doença já erradicada entre os seres humanos.
A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe. Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem as lesões cutâneas (na pele), que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.
A varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas —a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.
O tempo de incubação – intervalo entre o contato com uma pessoa infectada e o aparecimento do primeiro sintoma – é entre 5 e 21 dias.
A varíola dos macacos tende a ser leve e, geralmente, os pacientes se recuperam em algumas semanas sem tratamento específico, apenas com repouso, muita hidratação oral, medicações para diminuir o prurido e controle de sintomas como febre ou dor.
Sim, como na maioria das viroses agudas, o próprio sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus e o paciente ficar completamente curado, sem intervenção alguma. No entanto, é essencial controlar e quebrar as cadeias de transmissão por meio da identificação de casos, com orientação de isolamento, a fim de se reduzir o número total de infectados. Não há nenhum registro de mortes por Monkeypox.