MPRJ investiga problemas na infraestrutura e carência de servidores na Deam de Campos

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Campos, instaurou, nesta quinta-feira (10/07), inquérito civil para apurar notícia de que a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campos dos Goytacazes (DEAM) necessita de reformas estruturais e da alocação de mais servidores, a fim de atender satisfatoriamente suas demandas. O inquérito foi instaurado a partir de Relatório de Visita de Inspeção Semestral elaborado pela 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Campos, que apontou supostas irregularidades decorrentes das constantes readaptações feitas no prédio da DEAM, o que demandará reformas estruturais, além da carência de inspetores de Polícia. A Promotoria oficiou a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campos dos Goytacazes para que, em um prazo de 30 dias, preste informações sobre os fatos.

MPRJ vai à Justiça para exigir transparência em gastos com acolhimento infantil em Campos

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude de Campos dos Goytacazes, ajuizou ação de prestação de contas para exigir que a Fundação Municipal da Infância e Juventude (FMIJ) e o Município de Campos dos Goytacazes demonstrem a correta aplicação de recursos públicos destinados à proteção de crianças e adolescentes. A medida foi motivada por diversas fiscalizações realizadas pelo MPRJ nas instalações dos serviços de acolhimento da FMIJ, que constataram falhas graves na oferta de itens básicos de alimentação, materiais de higiene, limpeza insuficiente, além da precariedade da estrutura física para garantir um atendimento digno e seguro às crianças e adolescentes acolhidos — mesmo diante da previsão de vultoso orçamento para o exercício de 2025. Ao longo dos últimos meses, o Ministério Público realizou reuniões com os gestores públicos e expediu diversos ofícios requisitando a apresentação de informações e a adoção de providências para corrigir as deficiências identificadas, incluindo melhorias estruturais nas unidades fiscalizadas. Também propôs recentemente ação de obrigação de fazer contra o Município, em razão do desabastecimento nos acolhimentos. Diante da ausência de providências satisfatórias e da persistência dos problemas, o MPRJ levou o caso novamente ao Judiciário para garantir a apresentação das contas referentes ao período de janeiro de 2024 a junho de 2025, com todos os documentos comprobatórios da gestão dos recursos. A iniciativa tem como objetivo verificar se os recursos anuais previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 estão sendo repassados pelo Município de Campos dos Goytacazes, de forma a assegurar que a Fundação Municipal da Infância e Juventude cumpra, na forma da lei municipal, sua função de executar as políticas públicas voltadas à garantia dos direitos das crianças e adolescentes atendidos nos serviços de acolhimento e demais programas mantidos pela instituição.

ONS defende volta do horário de verão para suprir demanda de energia

O sistema elétrico brasileiro deve apresentar problemas para o suprimento da demanda de potência de energia elétrica nos horários de pico, especialmente no fim do dia, nos próximos cinco anos, caso não realize leilões de potência de energia. A conclusão é do Plano da Operação Energética (PEN 2025), lançado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nessa terça-feira (8). O documento traz as avaliações das condições de atendimento ao mercado previsto de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o período de 2025 a 2029. Segundo o ONS, haverá necessidade de despacho de usinas térmicas flexíveis para atender a demanda no horário de pico, com a adoção de medidas alternativas. Entre elas, a possibilidade de retorno do horário de verão, suspenso no governo do ex-presidente Bolsonaro. A adoção do horário de verão poderá ser recomendada, mas dependerá das projeções de atendimento dos próximos meses. O documento aponta que a geração de energia no país cresceu, puxada principalmente pelas fontes de energia intermitentes, como a eólica, solar e a MMGD (mini e microgeração distribuída solar), essas últimas duas praticamente não produzem menos energia no horário noturno, quando há maior necessidade de potência.

Preços das apostas das Loterias Caixa aumentam a partir desta quarta

Mega-Sena

As apostas das Loterias Caixa aumentam de preços, a partir desta quarta-feira (9). O reajuste alcança as modalidades como a Dupla Sena, Quina, Lotofácil, Mega-Sena, Loteca e Super Sete. De acordo com a Caixa, o aumento busca ampliar as premiações e fortalecer os repasses sociais, contribuindo para o desenvolvimento do país. “A atualização tem como objetivo manter a sustentabilidade das modalidades, ampliar os valores das premiações e aumentar os repasses sociais que beneficiam milhões de brasileiros”, informa o banco, em comunicado. Confira abaixo o cronograma de ajuste e os novos valores por modalidade: Modalidade Novos Valores Nº do Concurso Abertura de Apostas Sorteio Dupla Sena     R$ 3,00      2.832         09/07/2025  11/07/2025 Quina     R$ 3,00      6.770         09/07/2025  10/07/2025 Lotofácil     R$ 3,50      3.439         09/07/2025  10/07/2025 Loteca     R$ 4,00      1.202         09/07/2025  14/07/3035 Mega-Sena     R$ 6,00         2.887         10/07/2025  12/07/2025 Super Sete     R$ 3,00       0.727          30/07/2025   01/08/2025 Fonte: Agência Brasil

Festival Gastronômico de Inverno começa nesta semana em Campos

Mais de 20 restaurantes de Campos irão participar do 2º Festival Gastronômico de Inverno, que acontecerá entre os dias 11 de julho e 3 de agosto deste ano. Realizado pela NEKT e pela Liga Gastronômica, o evento tem apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Turismo. O lançamento oficial do Festival será realizado nesta terça-feira (8), às 19h, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). “Esse será o segundo Festival Gastronômico de Inverno e a gente fica muito feliz de estar dando continuidade a todo esse trabalho. Já tivemos o terceiro de Festival de Comida de Boteco e o Festival de Comida de Verão, então realmente ele se tornou parte do calendário de toda a nossa agenda de eventos. A Secretaria de Turismo fica muito feliz com essas realizações. E o melhor de tudo, todos esses festivais é a custo zero para a Prefeitura. Ele tem todo o apoio da Prefeitura, via Secretaria de Turismo, mas é o custo zero. A gente consegue realizar e movimentar e gerar fomento para a economia do setor gastronômico da nossa cidade”, comentou o subsecretário municipal de Turismo, Edvar Júnior. De acordo com a organização, o festival tem como principal objetivo promover e divulgar os restaurantes participantes de um jeito democrático e abrir as portas da gastronomia campista para o maior número possível de pessoas. Durante o evento, os pratos elaborados especificamente para o festival serão comercializados a R$ 54,90. “O que é legal dos festivais que nós promovemos é que nós não reunimos o evento em um lugar só, como em outros festivais. Nós queremos levar o movimento aos bares e restaurantes para as pessoas conhecerem o local do bar e do restaurante. Então, o preço é válido para a pessoa ir ao restaurante, ao espaço físico, e assim você movimenta a cidade toda, que não é só Pelinca ou Centro; é toda a cidade participando”, complementou Edvar.

Empreendimento em Campos deve gerar mais de 36 mil empregos diretos

Campos vai receber grandes empreendimentos em breve. O prefeito Wladimir Garotinho recebeu, na tarde desta segunda-feira (7), representantes de incorporadoras que estão investindo na Baixada Campista. Empresas oriundas de São Paulo estão construindo um bairro planejado de quase 8 milhões de metros quadrados de área, totalizando R$ 560 milhões em investimentos. A expectativa é que até o final das obras de implantação, que vão ser divididas em 11 etapas, sejam gerados mais de 36 mil empregos. O loteamento vai contar com 13.600 lotes residenciais e cerca de 400 comerciais. O proprietário da área, José Luiz Polezi, relata que vê a cidade de Campos como promissora. “Fizemos uma investigação por meio de uma empresa de pesquisa imobiliária, e a intenção de investir na cidade foi realmente por conta disso, nós acreditamos no desenvolvimento da cidade. Em torno de 10 anos, Campos deve crescer cerca de 20%. Estamos com 8 milhões de metros quadrados a serem urbanizados, um bairro planejado totalmente diferente, onde nós vamos ter interligações com as principais vias da cidade, teremos ciclovias e arborização sustentável. Hoje viemos apresentar ao prefeito o nosso projeto”. Rogério Riquelme, responsável pelo loteamento, relatou que a ideia é ser um bairro planejado, com avenidas mais largas, ciclovia, toda a parte de comércio, cultura e lazer, com acesso de 100% da população. “O loteamento está planejado para ter de 14 a 17 mil lotes, divididos em 11 fases. Além de dois equipamentos grandes, um shopping e um supermercado, já para as primeiras fases, além de áreas mistas que contemplam comércio, serviços e residências em todo o bairro planejado”.

Vacinação contra a dengue está com baixa adesão em Campos

Mesmo com a vacina contra a dengue disponível em quase 40 salas de imunização, a adesão do público-alvo segue abaixo do esperado. Das 34.110 crianças e adolescentes elegíveis para a vacinação, somente 1.328 receberam a 1ª dose entre os dias 9 de junho e 3 de julho, o que representa uma cobertura de apenas 3,8%. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) segue reforçando que a vacina é a forma mais eficaz de evitar complicações da doença, como internação e óbito. O esquema vacinal contra a dengue é composto por duas doses da vacina Qdengua, com intervalo de três meses entre elas. A proteção só é completa com as duas aplicações. “A aplicação da vacina está concentrada na faixa etária de 10 a 14 anos, que é público recomendado pelo Ministério da Saúde. Então, fazemos aqui um apelo aos pais e responsáveis para que levem seus filhos a uma unidade de saúde e garanta essa proteção o quanto antes”, reforça o assessor de Imunização da SMS, Leonardo Cordeiro. Leonardo acredita que a pouca adesão está associada ao movimento de grupos antivacinas e às notícias falsas divulgadas nos últimos anos sobre os imunizantes. As crianças e os adolescentes são o público-alvo da imunização porque é o grupo que registra complicações e mortalidade expressiva devido à dengue. “Proteger essa parcela da população é fundamental para evitar o agravamento da doença em nosso município, principalmente evitar epidemias como a vivida em 2024”, completou. A dengue é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A vacina protege contra os quatro sorotipos da doença: Denv1, Denv2, Denv3 e Denv4, evitando em até 90% o índice de hospitalizações e 80% de óbitos. Para se imunizar, é preciso comparecer à unidade mais próxima com documento oficial com foto, CPF ou cartão do SUS e caderneta de vacina. LOCAL DE VACINAÇÃO DE SEGUNDA A SEXTA (8h30 às 18h) Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) LOCAIS DE VACINAÇÃO DE SEGUNDA A SEXTA (8h às 16h) Centro de Saúde de Guarus Clínica da Criança Policlínica Tapera UBS Baleeira UBSF Aldeia UBSF Carvão UBSF Conselheiro Josino UBSF Custodópolis UBSF Dores de Macabu UBSF Eldorado UBSF Félix Miranda UBSF IPS UBSF Jamil Ábido UBSF Lagamar UBSF Lagoa de Cima UBSF Morro do Coco UBSF Palmares UBSF Parque Imperial UBSF Patronato São José UBSF Penha UBSF Poço Gordo UBSF Ponta da Lama UBSF Quilombo UBSF Rio Branco UBSF Santa Cruz UBSF Santa Maria UBSF Santo Amaro UBSF Saturnino Braga UBSF Sentinela do Imbé UBSF Tocos UBSF Três vendas UBSF Turfe Clube UBSF Venda Nova UBSF Vila Nova UPH Travessão UPH Ururaí

Praias em risco no RJ: mar pode avançar 100 metros em Copacabana e outros locais

As praias mais famosas do Rio de Janeiro já sofrem os efeitos do avanço do mar e da erosão costeira – e o cenário pode piorar. Copacabana, um dos principais cartões-postais do Rio, já perdeu cerca de 10% de sua faixa de areia nos últimos 10 anos. Simulações feitas por pesquisadores da Coppe, instituto de pós-graduação e pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indicam que, até o fim do século, o mar pode avançar mais de 100 metros sobre o Rio — o suficiente para transformar inundações sazonais em permanentes. A projeção foi feita com base em um estudo de modelagem hidrodinâmica a partir da tese de doutorado da pesquisadora Raquel Santos, com coordenação do oceanógrafo Luiz Paulo de Freitas Assad, professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe e do Departamento de Meteorologia da UFRJ. Os impactos da elevação do nível do mar foram medidos da orla do Leblon à Baía de Guanabara. O estudo foi antecipado pelo jornal O Globo e o g1 também teve acesso. O que pode acontecer com as praias O modelo indicou que o nível médio do mar pode subir 0,78 metro até 2100, com uma taxa de elevação de 7,5 mm por ano na costa do Rio — um valor superior à média global. A projeção de avanço de até 100 metros considera não apenas a elevação do nível médio, mas também a intensificação de eventos extremos, como ressacas, que aceleram a erosão e reduzem a faixa de areia. Além da redução da faixa de areia em Copacabana e a vizinha Leme, o estudo apontou que outras praias da Zona Sul — como Ipanema, Leblon e Botafogo — também devem encolher nas próximas décadas até 80 metros. Em eventos como maré alta e ressaca, o mar pode avançar outros 60 metros. Além do aumento do nível médio, a pesquisa destaca que as praias do Rio, por estarem cercadas por construções e infraestrutura urbana, não têm espaço para recuar naturalmente, o que agrava o risco de perda definitiva da faixa de areia. A pesquisa também projeta aumento do espelho d’água nas lagoas costeiras, como a Lagoa Rodrigo de Freitas, e risco de desaparecimento de áreas de manguezal, como a APA de Guapimirim. Mais do que a perda de território, o estudo alerta para um risco mais grave: o mar permanecerá por mais tempo nas áreas alagadas. O que hoje é uma inundação sazonal pode se tornar permanente, alterando o uso do solo e afetando diretamente a infraestrutura urbana. “O aquecimento dos oceanos, a expansão térmica e o aumento do nível do mar são consequências diretas. Isso tudo altera a força das ondas, as marés e acelera a erosão costeira”, afirma Luís Assad, oceanógrafo e professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe e do Departamento de Meteorologia da UFRJ. Fonte: G1

Prefeitura de Rio das Ostras alerta sobre risco de ressaca e ventos fortes

A Defesa Civil de Rio das Ostras recebeu um alerta de ressaca para este final de semana. De acordo com o comunicado da Marinha do Brasil, a previsão é de ondas com até 2.5 metros de altura, com risco de alagamentos e impactos na faixa costeira. O documento orienta que a população evite áreas de ressaca, não entre no mar e siga as orientações das autoridades. VENTOS – Na manhã desta sexta, a Defesa Civil do Município registrou a queda de uma árvore de médio porte sobre um carro na localidade do Jardim Campomar, sem vítimas, porém com danos ao patrimônio. Um prédio também teve o telhado retorcido pelos ventos. Segundo a Marinha a velocidade do vento alcançou 30km/h entre 7h30 e 9h30. Nos próximos dias, a previsão é de que a temperatura aumente aos poucos, com a velocidade dos ventos diminuindo. Há ainda grande probabilidade de chuvas, porém com pequeno volume. É importante lembrar que, em caso de emergência, a população pode entrar em contato com a Defesa Civil, que está disponível 24 horas, pelos números (22) 2760-8394 (também WhatsApp) ou 199. Também é possível acionar o Corpo de Bombeiros, pelo 193. RECOMENDAÇÕES – A Defesa Civil recomenda à população que, nesse período, evite o banho de mar, principalmente em áreas com ressaca, pois há risco de acidentes. Pede ainda que as pessoas evitem atividades na orla, não permaneçam em locais próximos ao mar, como mirantes e ciclovias, se as ondas estiverem atingindo essas áreas, evitem navegar em áreas de ressaca e não entrem no mar para resgate – nesse caso, a Defesa Civil ou os Bombeiros devem ser acionados imediatamente.

Petrobras anuncia investimentos de R$ 33 bilhões no estado do Rio de Janeiro

Petrobras

A Petrobras detalhou os investimentos que vão superar R$ 33 bilhões nas áreas de refino e petroquímica no estado do Rio de Janeiro. O valor faz parte do plano de negócios da companhia e deve ser executado até 2029. A expectativa é gerar 38 mil empregos diretos e indiretos. As cifras incluem recursos da Braskem, a sexta maior indústria petroquímica do mundo, na qual a Petrobras tem expressiva participação acionária na companhia. Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, o conjunto de investimentos é “grande, gigantesco” e engloba a integração entre a Rota 3 (escoamento de gás natural dos campos de pré-sal da Bacia de Santos, no litoral do Sudeste); o Complexo de Energias Boaventura, antigamente chamado de Comperj, em Itaboraí; a Refinaria Duque de Caxias (Reduc); e uma unidade da Braskem, também em Duque de Caxias. Esses três últimos ficam na região metropolitana do Rio. “Estamos falando de um megaprojeto para o estado do Rio de Janeiro para além da exploração [de petróleo] e produção tradicionais”, disse. “O que estamos vendo é um esforço muito grande para tudo dar certo, para agregar valor, agregar emprego e renda para a sociedade”, completou Magda Chambriard. A presidente da estatal disse que o projeto envolve um desenvolvimento industrial muito relacionado com as áreas de Duque de Caxias, Itaboraí e arredores e que há uma grande cadeia de empresas que serão beneficiadas em outras regiões. O detalhamento dos investimentos para os jornalistas aconteceu na sede da estatal, no Rio de Janeiro. Magda Chambriard participou, via teleconferência, por estar Portugal. Ela retorna nesta sexta-feira (4), quando acompanhará a visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará à Reduc, para conhecer os investimentos. Os R$ 33 bilhões são uma atualização do plano anunciado em setembro de 2024, que previa R$ 20 bilhões. “O projeto cresceu”, afirmou a presidente da estatal. Reduc A integração entre a Reduc e o Complexo Boaventura responderá por R$ 26 bilhões do conjunto de investimento, com a geração de 30 mil empregos diretos e indiretos. Na Reduc, haverá ampliação da produção do Diesel S10 (com teor reduzido de enxofre) em 76 mil barris por dia (bpd); acréscimo de 20 mil bpd na produção de querosene de aviação e 12 mil bpd de lubrificantes – que passarão a ser processados a partir de petróleo do pré-sal, diminuindo a necessidade de importação de petróleo árabe. A integração entre as duas instalações possibilitará também produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e o rerefino, que consiste no processamento de lubrificante usado. A Reduc passará por uma parada programada de manutenção, que custará R$ 2,4 bilhões até 2029. Esse dinheiro não está incluído no total de investimentos (capex, no jargão do mundo dos negócios), e sim no montante destinado à operação (opex). Dezoito mil pessoas devem ser empregadas no processo ainda neste ano. Haverá também testes para coprocessamento, o que inclui o diesel R7, feito com 7% de conteúdo renovável, já a partir deste mês. O diretor executivo de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, explicou que esse combustível menos poluente já é autorizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Já podemos hoje comercializar”, afirmou França, que adiantou que a Petrobras iniciará, também em julho, testes com 10% de conteúdo renovável, para formar o diesel R10. Menos importação O pacote de investimentos inclui estudos para a produção de ácido acético e monoetileno glicol no Complexo Boaventura. Esses dois produtos químicos são usados na produção de tintas e plástico PET (polietileno tereftalato). O projeto visa reduzir a necessidade de importar esses elementos, uma vez que, atualmente, o Brasil precisa importar todo o ácido acético usado no país. Braskem O pacote de investimentos anunciado inclui a unidade da Braskem em Duque de Caxias, cuja integração permitirá ampliar em 230 mil toneladas por ano de polietileno (material plástico). Devem ser criados 7,5 mil empregos diretos e indiretos. Apesar de a Petrobras deter 47% das ações com poder de voto da Braskem – uma companhia privada controlada pela Novonor (antiga Odebrecht) – os R$ 4,3 bilhões em investimentos previstos para essa obra sairão dos  cofres da Braskem, seja do caixa ou até por meio de contratação de dívida. Parte do investimento ainda precisa passar pela governança da Braskem. De acordo com o diretor presidente da companhia, Roberto Ramos, o projeto deve estar concluído em 2028. “Espero que no primeiro semestre”, disse aos jornalistas. Ainda segundo Ramos, a integração permitirá à empresa importar menos matéria-prima dos Estados Unidos em troca do gás natural brasileiro. Termelétricas O pacote de investimentos até 2029 inclui três usinas termelétricas, cada uma com capacidade de 400 megawatts (MW), das quais, duas ficarão no Complexo Boaventura. Tais unidades terão ligação com a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), que já existe no complexo, e são preparadas para participar de leilão de energia demandada pelo governo. Na Reduc, uma das duas termelétricas que existem será renovada e terá capacidade de 50 MW. A renovação da estrutura, que data da década de 60, consumirá R$ 860 milhões em investimentos e deve gerar 640 postos de trabalho diretos e indiretos. “A Reduc é uma refinaria intensiva em consumo energético”, disse William França. Capital do petróleo Segundo Magda Chambriard, o anúncio de investimentos mostra que a empresa está de “mãos dadas” com o Rio de Janeiro. “Capital do petróleo no Brasil”, disse. De acordo com William França, além dos 38 mil empregos relacionados aos investimentos, há 70 mil ligados às atividades de manutenção da Reduc e Boaventura. “São mais de 100 mil empregos para o estado do Rio de Janeiro, é muita coisa”, afirmou. Ele acrescentou que todos os projetos anunciados estão “caminhando muito bem”, em termos de licença de operação e sem judicialização.

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