No domingo (20), se enfrentam duas das principais equipes do país pela Supercopa do Brasil. De um lado, o Atlético-MG, vencedor do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Do outro, o Flamengo, vice-campeão da série A e da Libertadores. Pelo início de temporada, imagino um duelo bastante equilibrado, mas com um pequeno favoritismo.
A temporada apenas começou, com uma amostragem pequena e com o nível ruim dos Estaduais, mas depois de sete jogos em 2022, as equipes têm o mesmo aproveitamento: 76,2%. São cinco vitórias, um empate e uma derrota, em sete jogos. Obviamente, teremos um confronto com extremo equilíbrio técnico, mas com favoritismo para o Atlético.
O primeiro ponto é que o novo treinador do Galo, o argentino Antonio Mohamed, dá continuidade ao ótimo trabalho de Cuca no ano passado, proposta diferente do Paulo Sousa, que começa um trabalho do zero, com funções diferentes aos jogadores e novos esquemas táticos para a equipe.
Os dois times estão em fase de transição de treinador, mas o Sousa vem apresentando diversas novidades, enquanto o Atlético segue mantendo a base do time vencedor.
Outro fator pontual, são os reforços. Claramente o Atlético se reforçou melhor que o Flamengo, até então. Chegou o experiente zagueiro uruguaio Diego Godín. Ademir, atacante destaque do América-MG na última temporada. O clube contratou também o volante Otávio, do Bordeaux-FRA, e o atacante Fábio Gomes, que estava nos EUA. Já no Fla, chegaram o zagueiro Fabrício Bruno, destaque do ótimo RB Bragantino em 2021 e o atacante ex-santista Marinho, além da renovação de contrato com Arrascaeta.
Concordando ou não com favoritismo no domingo, um fato é certo: a Supercopa vale muito como avaliação para os dois treinadores e será um ótimo tira-teima neste começo de temporada. Acredito que Paulo Sousa e Mohamed pensem o mesmo, porque uma coisa é se desafiar no estadual, outra é duelar contra um dos favoritos a tudo.
Em uma decisão desse nível, tudo pode acontecer. Favoritismo para o Atlético, mas claro, tem pela frente uma ótima equipe, com Arrascaeta, Pedro, Gabigol e Bruno Henrique, que gostam de jogos importantes.
Coluna Esporte em Pauta