Coluna Saúde Psi: amor x dependência emocional

O amor é uma das experiências mais maravilhosas que podemos viver, é o sentimento afetivo que faz com que uma pessoa queira o bem de outra; o sentimento de afeição intensa que leva alguém a querer o que, segundo ela, é bonito, digno, esplendoroso; é o sentimento afetivo; é o sentimento apaixonado por outra pessoa; é o gosto vivo por alguma coisa; é o excesso de zelo e dedicação; é a pessoa muito querida, agradável, com quem se quer estar. Ainda, é o sentimento de afeto que faz com que uma pessoa queira estar com outra, protegendo, cuidando e conservando sua companhia. No entanto, nossas emoções também adoecem e muitas vezes confundimos esse sentimento com atitudes que são abusivas e até possessivas.

A Dependência Emocional ou Dependência Afetiva, é a inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo, resultando em relacionamentos Difíceis, Desgastados ou Destrutivos. Aqui você saberá quais são os principais sintomas, se você vive este problema e como tratar este transtorno que pode ser grave e gerar sérios prejuízos à saúde e a todas as áreas da vida.

Alguns comportamentos que demonstram sintomas de dependência afetiva são: Cuidados excessivos com o outro – preocupação constante, necessidade compulsiva de ajudar o outro, antecipando as necessidades dele, assumindo responsabilidades por ele e deixando o próprio cuidado de lado; Baixa autoestima – culpa-se por tudo, autoexigência e autocrítica exagerada, sente-se envergonhado e inferior aos outros, contenta-se com muito pouco, com “migalhas de amor”; Repressão das emoções – reprime seus sentimentos e vontades, de tal modo que, com o tempo, perde o contato; Controle compulsivo – necessidade de ter sempre o controle de si mesmo, das situações, do relacionamento, do outro, tentando mudá-lo; Ciúme doentio – enorme insegurança, pensamentos constantes de ruminação pelo medo de ser traído ou de ser abandonado, comportamentos e discussões na tentativa de controlar os comportamentos do outro; Negação – mente para si mesmo, finge que os problemas não existem ou não são graves, não enxerga e enfrenta os problemas que estão acontecendo na relação, pensa que um dia tudo vai melhorar “do nada”; Vive oscilando entre o céu e o inferno – oscila entre gostar e sentir-se magoado e com raiva do outro, ou seja, ora se sente bem na relação e ora se torna vítima e age como o algoz, cobrando posturas de forma pesada e agredindo o outro; Acredita que depende do outro – procura desesperadamente amor e proteção fora de si mesmo, não consegue ficar só, sente-se ameaçado pela perda do outro, sente que necessita do outro pra ser feliz; Comunicação disfuncional – não expressa abertamente seus sentimentos e pensamentos, a comunicação não é honesta e franca; não consegue ter bons diálogos e discutir objetivamente os problemas, iniciativas de diálogo se tornam discussões áridas.

Dificuldades sexuais – usa o sexo para conquistar, segurar e ganhar a aprovação do outro; tenta manipular e controlar o outro através do sexo; fazem sexo quando não querem; com pouco ou nenhum prazer, etc.; Envolvimento com pessoas complicadas – escolhe parceiros indisponíveis, indecisos, de classe socioeconômica inferior, agressivos, distantes, que sugam e pouco doam, irresponsáveis, mal-caráter, que também apresentam transtornos psicológicos como dependências (de álcool, de outras drogas, de jogos, etc.). Por isto, tem decepção amorosa, sofre muito por amor, experimentando uma vida amorosa insatisfatória. Estes sintomas e outros contribuem para Padrões de Relacionamentos Destrutivos.

A maior parte dos dependentes vem de famílias disfuncionais, conflitivas, que demonstraram significativa fragilidade emocional e, por isto, contribuíram para o desenvolvimento e instalação.

O primeiro passo sempre é reconhecer se está envolvido de alguma forma numa situação de dependência emocional, seja partindo de você ou do outro. Para superar tudo isso é fundamental que não deixe de pedir ajuda profissional para melhorar a autoestima e se tornar mais autoconfiante. Ampliar e aplicar conhecimentos pode ajudar muito a alcançar as mudanças necessárias.

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