26 de julho de 2024 21:58
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Coluna Saúde Psi: como Construir a autoestima?  

A autoestima é um problema para muitas pessoas, então vamos conversar sobre isso? Entende-se por autoestima, em psicologia, a avaliação que a pessoa faz de si mesma expressando uma atitude de aprovação ou de repulsa bem como a suas capacidades e valor, tanto para si como para o meio em que vive. Trata- se do afeto que destinamos ao eu, a maneira como enxergamos nossas possibilidades. As suas crenças, sua visão de si mesmo, ou seja, o que você acredita — ou não — a respeito de seus potenciais e características, molda sua performance no cotidiano e como desenvolve as habilidades de enfrentamento diante dos desafios, dificuldades, imprevistos e oportunidades. Pessoas com autoestima elevada reagem de modo mais saudável, com mais assertividade, elas confiam em sua resiliência e se adaptam melhor aos acontecimentos. Em contrapartida, há pessoas que trazem consigo o sentimento de menos valia, de inadequação, que não são boas o suficiente, questionando seu merecimento de algo ou de construir boas relações e receber amor. A auto estima recebe influência de nossas relações sociais, experiências de vida e a forma como damos significado a isso faz toda a diferença, se teremos uma visão negativa ou positiva de nós mesmos. O estudioso Walter Riso (2012) define que a Autoestima é a junção de quatro pilares: Autoconceito O que você pensa sobre si. A autoavaliação que faz sobre si com base nas suas crenças e valores. Você já parou para pensar em como se define? Autoimagem A opinião que você tem sobre sua aparência física. Sempre tem algo que gostamos ou não no nosso corpo, o que preferiríamos mudar, algumas pessoas chegam até a fazer mudanças estéticas, mas não é isso que define uma autoestima baixa. Então reflita sobre como aprendeu a amar ou a odiar seu corpo. Você já parou pensar se atribui o seu valor à sua aparência e se as pessoas irão gostar de você devido a isso? Auto reforço O quanto você reconhece e celebra suas conquistas. Quando eu falo de conquistas, não significa que deve ser algo grandioso, pequenas conquistas diárias, buscar fazer um pouco melhor que ontem, pode ajudar na automotivação e está ligado a crença do merecimento, ou seja, ao quanto você acredita ser digno do bom e o quanto se permite desfrutar do que te faz bem. O quanto você tem se elogiado e comemorado suas conquistas? Você acha que merece tudo que está acontecendo de bom em sua vida? O quanto tem feito coisas que te trazem bem estar? Autoeficácia O conceito se refere a quanta confiança você deposita em si; se acredita ser capaz de cumprir metas ou se costuma desistir delas antes do tempo. O quanto você se vê como capaz de realizar o que se propõe, resolver problemas e superar desafios. Está relacionado com o sentimento de autoconfiança. O quanto você tem se sentido dono de sua vida? O quanto tem se visto como capaz de cumprir o que gostaria? E então, seus pilares estão equilibrados ou você precisa fortalecer alguns deles e ressignificar os eventos que repercutem na sua autoestima? Saber que é possível estabelecer esse equilíbrio é o primeiro passo pra virada da sua autoestima e qualidade de vida! Ame-se!

Coluna Saúde Psi: amor x dependência emocional

O amor é uma das experiências mais maravilhosas que podemos viver, é o sentimento afetivo que faz com que uma pessoa queira o bem de outra; o sentimento de afeição intensa que leva alguém a querer o que, segundo ela, é bonito, digno, esplendoroso; é o sentimento afetivo; é o sentimento apaixonado por outra pessoa; é o gosto vivo por alguma coisa; é o excesso de zelo e dedicação; é a pessoa muito querida, agradável, com quem se quer estar. Ainda, é o sentimento de afeto que faz com que uma pessoa queira estar com outra, protegendo, cuidando e conservando sua companhia. No entanto, nossas emoções também adoecem e muitas vezes confundimos esse sentimento com atitudes que são abusivas e até possessivas. A Dependência Emocional ou Dependência Afetiva, é a inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo, resultando em relacionamentos Difíceis, Desgastados ou Destrutivos. Aqui você saberá quais são os principais sintomas, se você vive este problema e como tratar este transtorno que pode ser grave e gerar sérios prejuízos à saúde e a todas as áreas da vida. Alguns comportamentos que demonstram sintomas de dependência afetiva são: Cuidados excessivos com o outro – preocupação constante, necessidade compulsiva de ajudar o outro, antecipando as necessidades dele, assumindo responsabilidades por ele e deixando o próprio cuidado de lado; Baixa autoestima – culpa-se por tudo, autoexigência e autocrítica exagerada, sente-se envergonhado e inferior aos outros, contenta-se com muito pouco, com “migalhas de amor”; Repressão das emoções – reprime seus sentimentos e vontades, de tal modo que, com o tempo, perde o contato; Controle compulsivo – necessidade de ter sempre o controle de si mesmo, das situações, do relacionamento, do outro, tentando mudá-lo; Ciúme doentio – enorme insegurança, pensamentos constantes de ruminação pelo medo de ser traído ou de ser abandonado, comportamentos e discussões na tentativa de controlar os comportamentos do outro; Negação – mente para si mesmo, finge que os problemas não existem ou não são graves, não enxerga e enfrenta os problemas que estão acontecendo na relação, pensa que um dia tudo vai melhorar “do nada”; Vive oscilando entre o céu e o inferno – oscila entre gostar e sentir-se magoado e com raiva do outro, ou seja, ora se sente bem na relação e ora se torna vítima e age como o algoz, cobrando posturas de forma pesada e agredindo o outro; Acredita que depende do outro – procura desesperadamente amor e proteção fora de si mesmo, não consegue ficar só, sente-se ameaçado pela perda do outro, sente que necessita do outro pra ser feliz; Comunicação disfuncional – não expressa abertamente seus sentimentos e pensamentos, a comunicação não é honesta e franca; não consegue ter bons diálogos e discutir objetivamente os problemas, iniciativas de diálogo se tornam discussões áridas. Dificuldades sexuais – usa o sexo para conquistar, segurar e ganhar a aprovação do outro; tenta manipular e controlar o outro através do sexo; fazem sexo quando não querem; com pouco ou nenhum prazer, etc.; Envolvimento com pessoas complicadas – escolhe parceiros indisponíveis, indecisos, de classe socioeconômica inferior, agressivos, distantes, que sugam e pouco doam, irresponsáveis, mal-caráter, que também apresentam transtornos psicológicos como dependências (de álcool, de outras drogas, de jogos, etc.). Por isto, tem decepção amorosa, sofre muito por amor, experimentando uma vida amorosa insatisfatória. Estes sintomas e outros contribuem para Padrões de Relacionamentos Destrutivos. A maior parte dos dependentes vem de famílias disfuncionais, conflitivas, que demonstraram significativa fragilidade emocional e, por isto, contribuíram para o desenvolvimento e instalação. O primeiro passo sempre é reconhecer se está envolvido de alguma forma numa situação de dependência emocional, seja partindo de você ou do outro. Para superar tudo isso é fundamental que não deixe de pedir ajuda profissional para melhorar a autoestima e se tornar mais autoconfiante. Ampliar e aplicar conhecimentos pode ajudar muito a alcançar as mudanças necessárias.

Coluna Saúde Psi: vamos levar o janeiro branco para todos os meses do ano

A campanha JANEIRO BRANCO aproveita a simbologia do início de todo ano para incentivar as pessoas a pensarem a respeito da sua vida e do quanto investem em sua Saúde Mental e Emocional e daqueles que estão ao seu redor. Aborda os cuidados com a saúde mental, buscando promover a conscientização sobre a importância da prevenção ao adoecimento emocional. Este mês que é o primeiro do ano, abre a discussão sobre o assunto, que deve ser levado a sério durante todo o ano. O objetivos da Campanha Janeiro Branco é fazer do mês de Janeiro o marco temporal estratégico para que as pessoas e instituições sociais reflitam e efetivem ações em prol do combate ao adoecimento emocional dos indivíduos e instituições; também chamar a atenção das mídias e das instituições sociais para a importância da promoção da Saúde Mental e Saúde Emocional dos indivíduos contribuir para a construção, fortalecimento e disseminação de uma “Cultura da Saúde Mental” que estimule a elaboração de políticas públicas em benefício da Saúde Mental dos indivíduos. Como o Janeiro Branco pode ajudar as pessoas? Colocando os temas da Saúde Mental e da Saúde Emocional em máxima evidência na sociedade, contribuindo para o desenvolvimento e a disseminação do conceito de ‘psicoeducação’ entre as pessoas e as instituições sociais, o que favorecerá o desenvolvimento de políticas públicas relativas ao universo da Saúde Mental em todo Brasil e no mundo, colaborando para a valorização da subjetividade humana e o bem-estar emocional dos indivíduos. Ao longo do ano devemos estimular pequenos gestos para ativar nosso corpo a produzir o nosso quarteto do bem-estar, que são as endorfinas, oxitocina, serotonina e dopamina. O jornal El País publicou uma experiência de um jovem que buscou várias possibilidades e reuniu o máximo de informação para se curar de ataques severos de pânico e trago aqui como você pode obter o melhor de cada integrante deste quarteto para ter mais felicidade. As endorfinas minimizam a dor, são analgésicos naturais e ao estimularem os centros de prazer são responsáveis pelo bem-estar e euforia. Podemos estimulá-la praticando esportes, atividades agradáveis, como dançar, rir ou com hobby que gostamos. A oxitocina permite que criemos vínculos com outras pessoas e desenvolvamos a confiança e o amor. Podemos estimular este hormônio com meditação, o toque, o abraço, o beijo e até com o orgasmo. A serotonina é um antidepressivo natural. A maior concentração de serotonina está no intestino, uma dieta equilibrada para o bom funcionamento intestinal e a luz do sol são uma forma de estimular este “remedinho” natural. A dopamina promove o prazer e o relaxamento, além de alimentar a motivação, ajuda na aprendizagem, sendo essencial dormir em torno de 8h por dia, praticar exercícios e comemorar feitos para que esteja presente no nosso organismo. Para ter um cérebro feliz podemos mudar alguns hábitos, desenvolver o bom- humor, experimentar coisas novas, nos conectar às pessoas, praticar a resiliência. Vale também buscar ajuda especializada quando necessário para a incorporação de novas atitudes perante a vida.

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