A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Campos liberou mais um boletim semanal de dengue e outras arboviroses nesta semana. Apesar da estabilidade no número de casos, o município ainda está em situação de emergência de saúde pública por dengue, o que requer a manutenção das medidas de prevenção e controle por parte do poder público e, principalmente, da população, uma vez que 80% dos focos do vetor, o Aedes aegypti, ainda são encontrados em ambientes domiciliados.
De acordo com os dados analisados pela Subsecretaria de Vigilância Epidemiológica (SUBVS), da 1ª e 25ª Semana Epidemiológica (01/01/2024 a 22/06/2024), são 15.320 notificações para dengue e 919 para chikungunya. Considerando os dados acumulados, na última semana foram registrados menos de 500 casos de dengue por semana e 50 de chikungunya.
Pela estratificação mensal, verificou-se que o mês de março registrou maior pico da dengue com 4.655 notificações, seguindo de abril com 3.496, fevereiro com 3.254 e maio com 2.423. Em janeiro foram 868 enquanto que junho, ainda em andamento, são 624. Já chikungunya, o pico foi em abril com 314 notificações, seguido de maio com 295, março com 157 e fevereiro com 68. Em janeiro foram 48 e junho soma, até o momento, 37.
No entanto, mesmo com o cenário de estabilidade, os cuidados devem ser mantidos, pois são doenças endêmicas e com alta taxa de letalidade. Dos casos registrados no município, há três óbitos em decorrência da dengue, sendo um por coinfecção dengue/leptospirose, e um óbito por chikungunya.
Considerando a sazonalidade das doenças, cuja maior incidência ocorre de outubro a maio, esse é o período do ano em que as medidas de prevenção devem ser ainda mais intensificadas.
“O município de Campos mantém a tendência de queda do número de casos de dengue. Nós já passamos pelo pico de infecções e de novos casos, porém, mesmo com a diminuição, ainda há pessoas se infectando e procurando os nossos serviços de saúde. Reforço que, a população deve manter-se vigilante para que a gente não sofra o risco de passarmos por um novo aumento do número de casos”, disse o diretor de Vigilância em Saúde, Rodrigo Carneiro.