9 de setembro de 2024 12:08
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Brasil tem mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue este ano

De janeiro a agosto deste ano, o Brasil registrou 6.500.835 casos prováveis de dengue. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde contabilizam ainda 5.244 mortes confirmadas e 1.985 em investigação para a doença. O coeficiente de incidência da dengue no país, neste momento, é de 3.201,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Os números mostram que 55% dos casos de dengue foram identificados entre mulheres e 45% entre homens. As faixas etárias que mais contabilizaram infecções pela doença são de 20 a 29 anos; de 30 a 39 anos; e de 40 a 49 anos. Já os grupos menos atingidos são crianças com menos de 1 ano; idosos com 80 anos ou mais; e crianças de 1 a 4 anos. São Paulo lidera o ranking de estados que registraram maior número de dengue grave ou com sinais de alarme este ano, com um total de 24.825 casos. Em seguida aparecem Minas Gerais (15.101), Paraná (13.535) e Distrito Federal (10.212). Já os estados com menos casos graves ou com sinais de alarme são Roraima (3), Acre (11), Rondônia (33) e Sergipe (62).

Notificações de dengue ultrapassam marca de 15 mil neste ano em Campos

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Campos liberou mais um boletim semanal de dengue e outras arboviroses nesta semana. Apesar da estabilidade no número de casos, o município ainda está em situação de emergência de saúde pública por dengue, o que requer a manutenção das medidas de prevenção e controle por parte do poder público e, principalmente, da população, uma vez que 80% dos focos do vetor, o Aedes aegypti, ainda são encontrados em ambientes domiciliados. De acordo com os dados analisados pela Subsecretaria de Vigilância Epidemiológica (SUBVS), da 1ª e 25ª Semana Epidemiológica (01/01/2024 a 22/06/2024), são 15.320 notificações para dengue e 919 para chikungunya. Considerando os dados acumulados, na última semana foram registrados menos de 500 casos de dengue por semana e 50 de chikungunya. Pela estratificação mensal, verificou-se que o mês de março registrou maior pico da dengue com 4.655 notificações, seguindo de abril com 3.496, fevereiro com 3.254 e maio com 2.423. Em janeiro foram 868 enquanto que junho, ainda em andamento, são 624. Já chikungunya, o pico foi em abril com 314 notificações, seguido de maio com 295, março com 157 e fevereiro com 68. Em janeiro foram 48 e junho soma, até o momento, 37. No entanto, mesmo com o cenário de estabilidade, os cuidados devem ser mantidos, pois são doenças endêmicas e com alta taxa de letalidade. Dos casos registrados no município, há três óbitos em decorrência da dengue, sendo um por coinfecção dengue/leptospirose, e um óbito por chikungunya. Considerando a sazonalidade das doenças, cuja maior incidência ocorre de outubro a maio, esse é o período do ano em que as medidas de prevenção devem ser ainda mais intensificadas. “O município de Campos mantém a tendência de queda do número de casos de dengue. Nós já passamos pelo pico de infecções e de novos casos, porém, mesmo com a diminuição, ainda há pessoas se infectando e procurando os nossos serviços de saúde. Reforço que, a população deve manter-se vigilante para que a gente não sofra o risco de passarmos por um novo aumento do número de casos”, disse o diretor de Vigilância em Saúde, Rodrigo Carneiro.  

Idoso morre por complicações causadas por coinfecção de dengue e leptospirose em Campos

Um idoso de 62 anos morreu por complicações causadas por uma coinfecção de dengue e leptospirose em Campos. Com a infecção simultânea dos microrganismos, subiu para três o número de mortes por dengue e para duas por leptospirose no município. O dado faz parte da atualização da última Semana Epidemiologia de 2024 para dengue e outras arboviroses, divulgada nesta segunda-feira (3). O paciente, que morava em Travessão, deu entrada no Hospital Geral de Guarus (HGG) no dia oito de maio, chegando a ficar internado na Unidade de Pacientes Graves (UPG), mas com a evolução do quadro de saúde, foi a óbito no dia 13. Ele tinha comorbidade. A investigação do óbito foi realizada pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS) juntamente com a Comissão do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), da Secretaria de Estado de Saúde (SES/RJ). “Exames do paciente realizados em Campos e no Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen/RJ) tiveram resultados positivos para a coinfecção. O procedimento de investigação foi enviado à Comissão de Verificação de Óbito e concluído somente na terça-feira”, explica a assessora chefe da Vigilância Epidemiológica, Sílvia Martins. Em epidemia por dengue desde 1º de março, Campos já tinha confirmado a morte de uma gestante de 25 anos, registrada em 2 de abril, e de um idoso de 64 anos, em 16 de março, em decorrência da dengue. Eles moravam respectivamente no Parque Guarus e Donana. A doença é transmitida pela picada do mosquito fêmea da espécie Aedes aegypti, assim como a chikungunya, que também causou o óbito de um idoso de 72 anos, em 19 de março, morador de Tocos, na Baixada Campista. Já a leptospirose, que assim como a dengue é uma doença infecciosa febril aguda, é transmitida pela exposição direta ou indireta à urina, principalmente ratos infectados com a bactéria Leptospira. Além do paciente de 62 anos da coinfecção, teve o óbito de um jovem de 22 anos, que morava em Campelo. Ele também chegou a ser internado por um dia no HGG, mas morreu no dia 21 de abril.

Aos 25 anos, grávida morre vítima da dengue em Campos

Campos confirmou nessa segunda-feira (27) a segunda morte provocada pela dengue em 2024. A vítima é uma jovem de 25 anos, que estava grávida e que morava no Parque Guarus. A morte aconteceu no dia 2 de abril, mas foi confirmada posteriormente depois de exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ). Ela estava com 31 semanas de gestação. “Lamentavelmente confirmamos a morte por dengue de uma gestante. Ela deu entrada no hospital no início de março com sintomas severos de insuficiência respiratória, tosse com sangramento, evoluindo para choque séptico, tendo de ser internada em CTI (Centro de Terapia Intensiva). E, após avaliação, obtivemos resultados positivos para dengue e para leptospirose. Isso deixou nossa equipe com uma dúvida sobre o diagnóstico e, por isso, pedimos suporte do Estado. Como a investigação com apoio da Secretaria de Estado de Saúde começou em março, somente agora obtivemos o resultado positivo para dengue. Esse é o segundo caso de morte por dengue em Campos dos Goytacazes”, disse o subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury. A primeira morte em decorrência da dengue aconteceu em fevereiro e acometeu um paciente de 64 anos, morador de Donana, do sexo masculino. No mesmo mês foi registrada a morte de um idoso de 72 anos, morador da localidade de Tocos, na Baixada Campista, por chikungunya. Ainda de acordo com o monitoramento feito pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS), dados acumulados entre a 1ª e 21ª Semana Epidemiológica de 2024 totalizam 13.603 notificações para dengue e 717 para chikungunya. Não há notificação para zika vírus.

Búzios inicia vacinação contra a dengue

A Secretaria de Saúde de Búzios iniciou nesta semana a vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes na faixa etária de 10 a 14 anos, conforme diretrizes do Ministério da Saúde. A campanha de vacinação acontece em todos os postos de saúde do município, com horários de atendimento das 9h às 16h nos bairros Capão, José Gonçalves, Baia Formosa, Arpoador, Geribá, Ferradura e Brava, e das 8h às 18h nos bairros Cem Braças, São José, Rasa e na Clínica da Família. Para receber o imunizante, o menor de idade deve estar acompanhado de um responsável e apresentar CPF e a carteira de vacinação, caso possua. O esquema vacinal é de duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. A faixa etária da campanha foi selecionada pelo Ministério da Saúde por apresentar maior risco de hospitalização pela doença. As exceções são gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida — como terapias imunossupressoras, infecção por HIV sintomática ou evidência de função imunológica comprometida — e pessoas com hipersensibilidade aos componentes da vacina. Quem teve quadro recente de dengue deve aguardar seis meses desde o início dos sintomas para receber o imunizante, e quem tem sintomas da doença (como febre e dor no corpo) deve buscar atendimento médico e avaliar a possibilidade da vacinação. O secretário de Saúde, Leônidas Heringer, destacou a importância da vacinação: “A vacinação contra a dengue é um avanço significativo na luta contra essa doença. É fundamental que as crianças de 10 a 14 anos sejam imunizadas para que possamos reduzir os casos e complicações da dengue em nosso município.” A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pode evoluir para quadros graves. Até o momento, não existe um medicamento específico para o tratamento da dengue, o que torna a vacinação uma medida essencial para a prevenção e controle da doença. A vacina contra a dengue é segura e eficaz e foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A campanha faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Governo Federal, sendo o Brasil o primeiro país do mundo a incorporar o imunizante à rede pública de saúde. A enfermeira Priscila Merlin, da gerência de imunização, reforçou a necessidade da adesão à campanha: “A vacinação é uma medida preventiva crucial. Contamos com a participação dos pais e responsáveis para levarem suas crianças aos postos de saúde e garantirem a proteção contra a dengue.”

LIRAa aponta redução do índice de infestação do Aedes Aegypti em Campos

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campos concluiu o segundo Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) de 2024, cuja pesquisa de campo aconteceu entre os dias 6 a 10 deste mês. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (20). O resultado de 3.4% é comemorado pela instituição, no entanto o município segue em estado de alerta. O resultado segue acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 1%, mas já diminuiu bastante em relação ao último Índice de Infestação Predial (IIP) para Aedes aegypti, que ficou em 4.9%. Entretanto, os dados demonstram que a situação ainda requer atenção e manutenção das medidas preventivas. “Trabalhamos para baixar esse índice e conseguimos, mas ainda não é o preconizado. Por isso, peço mais uma vez à população que nos ajude com os depósitos inservíveis e os demais depósitos domésticos. Os dados continuam apontando que cerca de 80% dos focos encontrados estavam dentro da casa dos moradores. Contamos com a ajuda da população para baixar ainda mais esse índice em um próximo levantamento”, destacou o coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos. O LIRAa é o mapeamento rápido dos índices de infestação para Aedes aegypti que identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação do município. O relatório divulgado já foi enviado para a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ) e o Ministério da Saúde. No total de 19 extratos, apenas três tiveram índice satisfatório de 1%, todos na região de Guarus. Nove extratos mostraram que alguns bairros precisam manter o alerta, e sete estão em situação de risco, com mais de 4%, sendo uma parte de Guarus e as regiões do Centro até Ponta da Lama. Como frisou Claudemir Barcelos, a maioria dos focos foram encontrados em criadouros móveis, como potes de água para animais, pratos de plantas e também em depósitos inservíveis. Com o resultado do LIRAa em mãos, o próximo passo é a organização de serviços que acontecerão a partir desta semana, nos bairros que apresentaram os maiores índices nesta amostragem. O novo cronograma de serviços que já está sendo preparado, inclui, além das atividades diárias, mutirões e ações educativas.

Reunião entre autoridades de saúde debate cenário crítico da dengue em Campos

No último dia 1º completou 30 dias da decretação de epidemia por dengue no município de Campos. Desde então, medidas de enfrentamento à doença, seja no âmbito da assistência aos pacientes infectados e com suspeita ou na prevenção e combate ao vetor, vem sendo traçadas e debatidas por meio do Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses que fez sua terceira reunião nesta quarta-feira (3). Dados apresentados apontam para uma estabilidade, porém o momento ainda é de alerta, o que mantém o município no padrão de transmissão em platô, ou seja, fase laranja decorrente da circulação simultânea de dengue e chikungunya. Mais uma vez, o encontro aconteceu no auditório do Centro Administrativo José Alves de Azevedo (CAJA), sede da Prefeitura, sendo conduzido pelo secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, ao lado do diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Carlos Morales e o representante da Procuradoria Geral do Município, Junior Boechat. Ao abrir a reunião, Paulo Hirano discorreu sobre os dados atuais da dengue na cidade que somam 6.530 notificações e chikungunya com 207, considerando o período de janeiro até o dia 2 de abril. Também foi registrado um óbito em decorrência da dengue. “Gostaria de relembrar que dentro de todo este cenário, Campos apesar de ainda estar com números elevados, é importante salientar que graças a Deus a gente já está atingindo um platô. Tivemos um pico em fevereiro e em março um pequeno pico nas três últimas semanas, mas agora vem apresentando estabilidade. E sempre assim, a gente tem a curva ascendente e, a velocidade desta curva está ligada diretamente ao quantitativo de casos que vão sendo identificados e tratados. Depois da tendência dessa curva chegar no platô e, em seguida, vem a queda”, explicou o secretário.Sobre óbito por dengue, o secretário destacou a importância de os pacientes buscarem a assistência médica logo nos primeiros sinais de gravidade da doença e do diagnóstico precoce. “Tivemos um óbito até o momento. O paciente ficou sintomático por três dias e, no dia que internou no hospital, infelizmente já estava em uma fase difícil de regressão, com outras comorbidade e, consequentemente evoluiu para o óbito naquele mesmo dia. Então, chamamos a atenção para importância de identificar o mais precocemente possível a síndrome infecciosa que vai caracterizar a possibilidade de quadro de dengue, buscar uma de nossas unidades e, daí que implementamos a descentralização e todas estão aptas a receber esse doente com os níveis de complexidades sendo encaminhados para o fluxo de atendimento necessário porque a orientação inicial é começar logo uma hidratação oral. Suspeitando que tem dengue começa a ingerir líquido generosamente porque as complicações advêm da desidratação”, disse Hirano. O subsecretário Charbell Kury explicou que o Diagrama de Controle do município apontou uma redução da semana epidemiológica 9 para a 13, mas que devido ao feriado da Semana Santa, pode ter ocorrido um atraso de notificação. “Por isso vamos manter o alerta pelo menos até o final do mês. Os dados mostram que em fevereiro tiveram 2.765 notificações e março 2.907. Os dois continuam sendo os maiores meses de preocupação nossa. Vamos ver abril, pois o pós Semana Santa é sempre um ciclo de elevação que pode acontecer. A semana epidemiológica 15 será o ponto de equilíbrio”, pontuou. Charbell também fez importante alerta quanto aos grupos de maior risco. “Dengue 1 também mata, principalmente quem tem comorbidades e na demora pela procura por atendimento. Fica essa mensagem para todos que é a importância da procura precoce por atendimento na vigência de piora dos sintomas. Alguns fatores alteram a forma de abordagem, criança menores de 2 anos é grave, idoso maior de 65 anos é grave, gestantes, obesos, pessoas com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), asmático, hipertenso, entre outros são considerados graves e devem buscar atendimento nas emergências”. A assistência médica para arboviroses foi descentralizada, inclusive com a ampliação do Centro de Referência da Dengue (CRD), que já conta com um contêiner para fazer os atendimentos. Também serão montadas salas de hidratação no Hospital Geral Guarus e Hospital São José. COMBATE AO VETOR O diretor do CCZ, Carlos Morales, reforçou que o órgão vem trabalhando diariamente na prevenção e combate ao vetor, que é o mosquito Aedes aegypti, através das visitas técnicas dos agentes, carro fumacê, mutirões, como o Faxinão da Dengue, que acontecerá amanhã (4) em Goitacazes, além das palestras feitas pelo Núcleo de Informação, Educação e Comunicação (IEC), que faz um trabalho de conscientização principalmente com crianças que são multiplicadoras de informação. Também falou sobre a adesão do Exército Brasileiro ao trabalho de campo do CCZ. “Muitas das vezes organismos do Governo Federal ficam afastados da realidade da sociedade e o Exército não pode estar longe disso, tem que estar perto, integrado e isso foi o que o município conseguiu junto ao comandante. Agora os militares vão fazer parte dessa nossa luta. Eles têm uma representatividade muito importante na sociedade e vão fazer muitas coisas, principalmente facilitar o acesso aos imóveis, identificar inservíveis, catalogar terrenos baldios e casas abandonadas, verificar caixa d’água”, enumerou Morales. Segundo o subcoordenador do Programa de Controle de Vetores (PMCV), Silvio Pinheiro, diferente do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti —LIRAa que aponta o índice larvário, as armadilhas são importantes para o diagnóstico da densidade populacional do mosquito. “Elas são instaladas em cerca de 60 bairros tanto da área rural quanto da urbana. Na rural é mais por vigilância. Já na área urbana ela direciona as ações junto com os casos positivos da doença”, disse.Com a estabilidade dos casos, a próxima reunião do Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses será em na primeira semana de maio.

Campos confirma primeira morte por dengue em 2024

Nesta semana foi confirmada a primeira morte por dengue em 2024, no município de Campos. Trata-se do paciente de 64 anos, com comorbidades, que deu entrada no Hospital São José (HSJ) no dia 16 de março, e morreu mesmo dia. A confirmação da causa da morte foi feita por meio de exame laboratorial processado pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN/RJ) e o resultado foi enviado ao município no final da tarde dessa terça-feira (26). “O paciente tinha algumas comorbidades, inclusive hepáticas, que podem agravar o quadro de saúde em casos de infecção pelo vírus da dengue”, disse o infectologista e diretor de Vigilância em Saúde, Rodrigo Carneiro. Mediante a notificação da morte do paciente e a suspeita de infecção por dengue, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizou bloqueio de transmissão, nos quarteirões onde estão situados a residência e barbearia da vítima, além da igreja onde ele congregava, em Donana. “Não foram encontrados focos do mosquito nos imóveis do paciente. Entretanto, 12 focos foram encontrados em imóveis dos três quarteirões visitados dentro do raio de transmissão”, disse o coordenador do Programa de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos. O bairro também recebeu em 1º de março um mutirão, ocasião em que mais de 1,6 mil imóveis foram vistoriados e 13 focos eliminados.

Pastor morre com suspeita de dengue em Campos

O pastor evangélico Elizeu Souza, de 64 anos, morreu com suspeita de dengue no Hospital São José, na Baixada Campista. O caso é investigado pelas autoridades de saúde. Segundo a Secretaria de Saúde de Campos, o religioso morreu horas depois de dar entrada na unidade hospitalar. Ao ser hospitalizado, ele relatou estar com sintomas bem semelhantes aos da dengue. Em nota, a Secretaria de Saúde falou sobre a investigação da causa da morte: “Amostras para exames laboratoriais serão encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN/RJ). É importante esclarecer que o Setor de Vigilância Epidemiológica necessita de um prazo variável de tempo para o encerramento de casos de doenças infecciosas”. “As variáveis que influenciam nesses casos são realização de exames laboratoriais, alguns extremamente complexos que demandam um tempo maior, tempo para investigação epidemiológica do paciente e possíveis contatos, e, por fim, o contato direto com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) que também colabora com as investigações. Por esses motivos, a resposta muitas vezes não é imediata ou os dados são em tempo real”, completou a nota. A morte de Elizeu foi lamentada nas redes sociais e o enterro reuniu fiéis, familiares e amigos do pastor. Até o momento, Campos não tem mortes confirmadas por dengue, enquanto Macaé já registrou três óbitos provocados pela doença.

Sobe para 4.441 o número de casos de dengue em Campos

A Secretaria Municipal de Saúde de Campos divulgou nesta segunda-feira (18), a atualização dos casos de dengue e outras arboviroses registrados até a 11ª Semana Epidemiológica de 2024, que compreende os meses de janeiro, fevereiro e de 1º a 16 de março. De acordo com a base de dados monitorados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS), foram registradas 4.441 notificações para dengue, entre confirmação laboratorial e clínico epidemiológico. Já chikungunya foram 117. Não há registro de zika. Além das notificações de casos, o município iniciou a investigação de um óbito, registrado no sábado (16), por suspeita de dengue grave. Trata-se de um paciente de 64 anos que deu entrada no Hospital São José (HSJ) no mesmo dia do óbito. Amostras para exames laboratoriais serão encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN/RJ). Na estratificação mensal, os casos de dengue ficaram assim: em janeiro foram 838; fevereiro 2.413 e, em março, até o momento, 1.190. Para chikungunya foram 46 casos em janeiro, 48 em fevereiro e 26 em março. O município decretou epidemia no dia 1º de março em virtude do aumento contínuo do número de notificações das doenças. A partir do decreto, foram estabelecidas novas medidas de enfrentamento e combate à doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Também foi criado Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses, com reuniões quinzenais, sempre às quartas-feiras, às 9h, com transmissão online e serão convocadas pelo Diário Oficial do Município. A próxima reunião está prevista para o dia 20 de março.

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