Vigilância Sanitária alerta para os cuidados com a alimentação durante o verão em Campos

Sede da Vigilância Sanitária de Campos - Arquivo

Final de ano chegando e muita gente aproveita para viajar, tendo as regiões litorâneas como principais destinos. Além do lazer, os famosos petiscos e bebidas vendidos por ambulantes na faixa de areia ou em outros pontos turísticos são irresistíveis, no entanto, a assessora chefe do Departamento de Vigilância Sanitária (VISA) de Campos, Vera Cardoso de Melo, aconselha evitar alimentos muito gordurosos e, principalmente, não deixar comida exposta ao sol, prática muito comum entre os banhistas à beira-mar.

A especialista também alerta quanto ao cuidado com a procedência desses alimentos, manuseio, temperatura e o tempo de exposição ao sol, já que, estão suscetíveis à proliferação de microrganismos, o que pode colocar a saúde de quem consome em risco. “É preciso tomar cuidado com o que se compra na praia, para ter certeza que os alimentos são mantidos bem refrigerados e não consumir, de jeito nenhum, comida de procedência duvidosa e que está há bastante tempo exposta ao sol”, apontou.

Vera cita alguns alimentos mais vendidos na faixa de areia e os riscos que podem acarretar, caso estejam contaminados. “Aquele camarão que vem no palito é um alimento extremamente perigoso, porque está fora de refrigeração. Outro alimento perigoso é o espetinho de queijo, que, muitas vezes, fica armazenado em isopores, onde é difícil manter a temperatura, e sem as condições higiênicas necessárias”, exemplificou.

O gelo, um dos itens indispensáveis durante o verão, também foi destacado pela assessora chefe. Segundo Vera, é preciso se atentar quanto à procedência do produto, já que o gelo não filtrado (popularmente chamado de escamado) não deve ser ingerido, pois pode estar contaminado por microrganismos.

“O gelo próprio para ingestão geralmente possui formato cilíndrico com o centro oco, furado. Ele é produzido com água filtrada, sendo muito utilizado nos bares e restaurantes diretamente nas bebidas, no preparo de sucos, drinks e coquetéis. Já o gelo com formato de escamas ou triturado é inadequado para ingestão por não ser preparado com água filtrada, entre outras características de higiene relacionadas ao manuseio. Ele é indicado apenas para gelar bebidas em garrafas e latas, serpentinas de chopp e na conservação de alimentos embalados ou pescados. Avalie visualmente o gelo quando for comprar e evite uma possível contaminação. Observe a coloração, o odor e se há sinais visíveis de sujidades”, informou.

Quanto à água de coco, a especialista orienta que o consumo seja diretamente no próprio coco e sem gelo. “O problema da água de coco advém do gelo que é colocado no carrinho, porque se não for filtrado, pode trazer problema para o consumidor. Além disso, é aconselhável sempre abrir o coco na hora do consumo”, frisou.

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