Três torcedores do Boca Juniors foram presos durante o jogo entre o time argentino e o Corinthians, nesta terça-feira, em Itaquera, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Os argentinos foram levados ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) na Neo Química Arena.
Segundo o delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), dois torcedores foram filmados imitando macaco na direção dos corintianos. Estes foram enquadrados no crime de injúria racial. Terão de pagar fiança de R$ 20 mil para responderem o processo em liberdade.
O outro foi flagrado fazendo uma saudação nazista. Em uma primeira informação do delegado, o torcedor seria enquadrado em apologia ao crime, que é inafiançável. O argentino chegou a alegar que estava mandando beijos aos corintianos.
Horas depois, a situação mudou. Segundo o representante da Defensoria Pública do Estado de São Paulo na arena, o argentino foi enquadrado no crime de racismo, mas também podendo pagar fiança (R$ 20 mil).
Dois torcedores do Boca Juniors, um deles familiar de um dos presos, se comprometeu a pagar a fiança de um que imitou macaco e do homem que fez a saudação nazista.
A dupla, junto com o torcedor que não terá a fiança paga, foi encaminhada para o Centro de Detenção Provisória Pinheiros 3. A liberação dos dois acontecerá na abertura do expediente bancário, por volta das 10h da manhã desta quarta-feira.
Outros três torcedores do Boca foram detidos e levados ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) no estádio e, horas depois do jogo, foram liberados. Há também um argentino que não foi encontrado pelos policiais depois de ser gravado fazendo gestos racistas.