Sobe para 4.441 o número de casos de dengue em Campos

A Secretaria Municipal de Saúde de Campos divulgou nesta segunda-feira (18), a atualização dos casos de dengue e outras arboviroses registrados até a 11ª Semana Epidemiológica de 2024, que compreende os meses de janeiro, fevereiro e de 1º a 16 de março. De acordo com a base de dados monitorados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS), foram registradas 4.441 notificações para dengue, entre confirmação laboratorial e clínico epidemiológico. Já chikungunya foram 117. Não há registro de zika. Além das notificações de casos, o município iniciou a investigação de um óbito, registrado no sábado (16), por suspeita de dengue grave. Trata-se de um paciente de 64 anos que deu entrada no Hospital São José (HSJ) no mesmo dia do óbito. Amostras para exames laboratoriais serão encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN/RJ). Na estratificação mensal, os casos de dengue ficaram assim: em janeiro foram 838; fevereiro 2.413 e, em março, até o momento, 1.190. Para chikungunya foram 46 casos em janeiro, 48 em fevereiro e 26 em março. O município decretou epidemia no dia 1º de março em virtude do aumento contínuo do número de notificações das doenças. A partir do decreto, foram estabelecidas novas medidas de enfrentamento e combate à doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Também foi criado Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses, com reuniões quinzenais, sempre às quartas-feiras, às 9h, com transmissão online e serão convocadas pelo Diário Oficial do Município. A próxima reunião está prevista para o dia 20 de março.

Casos prováveis de dengue já superam os de todo o ano de 2023

Em um período de menos de três meses neste ano, o Brasil já registrou 1,68 milhão de casos prováveis de dengue, mais do que o total de 2023 (1,66 milhão). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde no Painel de Monitoramento de Arboviroses. O número de mortes observadas este ano (513) ainda não supera o registrado nos 12 meses do ano anterior (1.094). No entanto, ainda há 903 óbitos sob investigação, o que pode elevar as estatísticas da letalidade da dengue neste período de dois meses e meio de 2024. Quanto aos casos prováveis, comparando-se o mesmo período de 2024 e 2023 (primeiros dois meses e meio do ano), há cinco vezes mais casos neste ano do que no ano anterior. A maior parte dos casos prováveis neste ano atinge as mulheres (55,5%). As unidades da federação com maiores índices de incidência são o Distrito Federal (5.044 casos por 100 mil habitantes), Minas Gerais (2.809 por 100 mil) e Espírito Santo (1.730 por 100 mil). Os menores índices estão nos estados do Maranhão (44 por 100 mil), Pernambuco (85 por 100 mil) e Piauí (87 por 100 mil).

Com epidemia de dengue em Campos, terreno abandonado no Turf Club preocupa moradores

Um terreno abandonado no Turf Club, em Campos, está gerando transtornos para os moradores da região. O local está com mato alto e causa preocupação por causa do índice de uma possível proliferação do mosquito Aedes aegypti. Cabe destacar que Campos já registrou mais de 3 mil casos de dengue apenas nos primeiros meses de 2024, o que fez o poder público anunciar que o município vive uma epidemia. O terreno fica localizado na Praça Monsenhor Severino e está à venda. Vizinhos afirmam que além dos mosquitos, vários ratos e baratas já foram vistos no local. Além disso, o lixo é descartado irregularmente no espaço, o que piora ainda mais o cenário. A equipe de reportagem do jornal O Milênio entrou em contato com a Prefeitura de Campos para saber se o dono da área já foi notificado. A assessoria não informou se já houve a notificação, mas destacou que denúncias de terrenos abandonados devem ser direcionadas ao Departamento de Postura, órgão ligado à Secretaria Municipal de Ordem Pública. O telefone para contato é: (22) 98168-3645, das 9h às 17h.  

Rio das Ostras decreta situação de emergência por avanço de casos de dengue

A Prefeitura de Rio das Ostras declarou situação de emergência em razão do risco de epidemia por doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti (dengue, zika e chikungunya). O decreto nº 3936/2024 foi publicado na sexta-feira, dia 8, no Jornal Oficial, edição nº 1666, e é válido por até 120 dias. A decisão foi tomada em razão do cenário epidemiológico da dengue na Cidade, que vem apresentando uma preocupante tendência de crescimento desde 2023. Também avançam os casos de pessoas infectadas pelas outras doenças transmitidas pelo mosquito. A medida também foi tomada com base na análise dos indicadores epidemiológicos das oito primeiras semanas de 2024, quando 1.916 casos de dengue foram notificados, sendo 1.674 casos prováveis da doença. Os dados mostram um aumento de 500% em comparação com os 279 casos prováveis registrados nas oito últimas semanas do ano anterior. O Município neste ano, infelizmente, também registrou duas mortes por dengue. POLO DE ATENDIMENTO – Diante deste cenário, ainda neste mês, um Polo de Atendimento para pacientes de dengue com sintomas leves será instalado na Unidade Nilson Marins, que fica na Alameda Campomar, s/nº, Cidade Beira Mar. O polo atenderá pacientes sintomáticos (com dor de cabeça, febre, manchas vermelhas no corpo, dores no corpo e atrás dos olhos) por livre demanda ou encaminhados pelas unidades de saúde. O acolhimento será realizado pela Enfermagem, que fará a classificação de risco. O paciente será, então, encaminhado para a consulta médica e até atendimento de emergência, se necessário. COMITÊ DE ENFRENTAMENTO AO AEDES AEGYPTI – Na sexta-feira, 1º de março, a Administração Municipal publicou o decreto nº 3932/2024, que criou o “Comitê Municipal Intersetorial de enfrentamento, acompanhamento e monitoramento ao combate ao vetor Aedes spp”, responsável por acompanhar a situação epidemiológica no Município e orientar ações. AÇÕES DE ROTINA – O Município trabalha o ano inteiro na prevenção e combate ao mosquito Aedes Aegypti – o que inclui as visitas domiciliares dos 195 agentes comunitários de saúde e endemias, além dos mutirões nas localidades. POSSÍVEIS CRIADOROS – A população precisa estar atenta. As plantas que muitas pessoas têm na varanda de casa podem ser criadouros para o mosquito Aedes aegypti, assim como uma simples tampinha de garrafa, um tubo de PVC e até mesmo uma pequena poça de água que se forma próximo aos ralos. Para combater a proliferação do mosquito é importante ter alguns cuidados diários na residência, como tampar os tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, tampar as lixeiras, limpar os ralos e colocar tela. Os agentes comunitários de saúde e de endemias do Município são preparados para identificar todos esses locais e eliminar os criadouros. Mas, para isso, é necessária a colaboração da população. É essencial que os profissionais sejam recebidos para fazer a inspeção dos imóveis, eliminação dos focos e orientação aos moradores. Todos os agentes comunitários de saúde e de endemias do Município usam o uniforme da Prefeitura e crachá de identificação.

Cabo Frio confirma primeira morte causada por dengue no município em 2024

Cabo Frio confirmou a primeira morte causada por dengue no município. Se trata de um idoso de 83 anos, que morava na cidade e que estava internado em um hospital particular. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Cabo Frio, até o momento foram registrados 219 casos da doença, com 22 internações e oito casos em fase de investigação no município. A morte já consta no painel do Governo do Estado, que, até o momento, registrou 26 óbitos por dengue no estado do Rio. Os casos confirmados da doença ultrapassam 107.833.

Dengue: veja quais os sintomas, cuidados e mitos sobre a doença

O Brasil vive uma explosão de casos de dengue neste começo de 2024. Segundo os dados do Ministério da Saúde, são mais de 1 milhão de registros da doença no país. De acordo com o Ministério da Saúde, esse aumento se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas (possíveis efeitos do El Niño) e ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, chegou a fazer um apelo para a população receber os agentes de combate a endemias do ministério em suas casas. O que é a dengue? A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença. Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte. Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico. Principais sintomas Nem sempre a infecção apresenta sintomas. O indivíduo pode ter uma dengue assintomática ou ter um quadro leve. Mas é preciso ficar atento se a pessoa tiver febre alta (39ºC a 40ºC), de início repentino, acompanhada por pelo menos outros dois sintomas: Dor de cabeça intensa Dor atrás dos olhos Dores musculares e articulares Náusea e vômito Manchas vermelhas no corpo O ministério alerta que é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados ao apresentar possíveis sintomas de dengue. Tratamento e diagnóstico O diagnóstico da dengue é basicamente clínico — não existe a necessidade de realização de exames específicos. Também não existe um medicamento específico para doença. A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias. Para os casos leves com quadro sintomático recomenda-se: Repouso relativo, enquanto durar a febre; Estímulo à ingestão de líquidos; Administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre; Não administração de ácido acetilsalicílico; Recomendação ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em caso de sinais de alarme. “Os pacientes que apresentam sinais de alarme ou quadros graves da doença requerem internação para o manejo clínico adequado”, alerta o Ministério da Saúde.

Rio começa a imunizar crianças de 12 anos contra a dengue

A cidade do Rio de Janeiro iniciou, nesta segunda-feira (4), a imunização de crianças de 12 anos de idade contra a dengue. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, cerca de 37,7 mil doses da vacina já foram aplicadas no município, no público de 10 e 11 anos de idade, que continua podendo se vacinar. A vacina é aplicada no esquema de duas doses, com um intervalo de três meses entre elas, e está disponível nas 238 unidades de atenção primária do município. A expectativa da cidade do Rio é imunizar, até o fim de março, 354 mil crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária selecionada pelo Ministério da Saúde por apresentar maior risco de hospitalização pela dengue. Para receber a vacina, é preciso estar acompanhado do responsável e apresentar identidade ou certidão de nascimento da criança. Quem teve quadro recente de dengue deve aguardar seis meses desde o início dos sintomas para receber o imunizante.

Primeira reunião do Gabinete de Crise de Dengue acontecerá nesta semana em Campos

Coordenadores regionais, agentes locais, entre outros representantes do governo municipal de Campos que atuam nos mais de 4 mil km2 do município, estarão reunidos na próxima quarta-feira (06), no auditório da Prefeitura para capacitação referente à prevenção e combate à dengue. Se trata da primeira reunião do Gabinete de Crise de Dengue. A convocação foi feita pela Secretaria Municipal de Governo – órgão que faz a integração do poder público com a população -, reunindo as secretarias de Saúde, de Serviços Públicos e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A reunião se dá em virtude da preocupação do governo com a epidemia da dengue que se instala no município. Nesta sexta-feira (1º), o prefeito Wladimir Garotinho decretou estado de epidemia. O secretário de Governo, Ângelo Rafael Barros, explica que esse trabalho de conscientização já vinha sendo desenvolvido pelos profissionais que atuam na região e, neste momento, será intensificado. Precisamos estar cada vez mais orientados das ações que devem ser tomadas. Temos representantes em localidades como Mata Cruz, que faz divisa com Italva; Palmares que faz divisa com Cardoso Moreira; representante em Serrinha, que faz divisa com Conceição de Macabu; na Baixada Campista, entre outras. E esses representantes são formadores de opinião, por isso, a importância de estarem cada vez mais capacitados – explica o secretário de Governo. ESTATÍSTICA A Secretaria Municipal de Saúde informa que, do dia 01 de janeiro até 29 de fevereiro, foram notificados 1.788 casos de dengue, entre confirmação laboratorial e clínico epidemiológico. Também há 28 casos de chikungunya. Não há caso de zika. A secretaria esclarece que, em período epidêmico, a confirmação laboratorial deixa de ser o critério principal para fechar o diagnóstico da doença, adotando-se o clínico-epidemiológico, como tem sido feito no município desde o dia 23 de fevereiro, mediante a transmissão sustentada da arbovirose.

Alta nos casos de dengue afeta doação de sangue no Hemocentro de Campos

Hemocentro

A alta no número de casos de dengue em Campos trouxe à tona uma nova preocupação: a escassez de doadores de sangue no Hemocentro Regional de Campos (HRC). A crescente infecção pelo vírus transmitido pelo Aedes aegypti não apenas aumentou o número de pessoas afetadas pela doença, mas também contribuiu para a queda nas doações de sangue na região. Desde o início do ano, o HRC enfrenta um déficit no estoque sanguíneo, atribuído não apenas ao período de férias e ao feriado prolongado de carnaval, mas também aos casos de dengue em Campos. Atualmente, a unidade recebe apenas cerca de 20 doações por dia, enquanto o ideal seriam 70 bolsas para suprir as demandas dos hospitais de forma adequada. Segundo o último balanço divulgado, foram confirmados 587 casos de dengue em Campos neste ano e 25 casos de chikungunya. Não há confirmação de zika. Durante a triagem clínica para doação de sangue, os candidatos respondem a um questionário, que permite avaliar se tiveram alguma das arboviroses. As doenças tornam temporariamente o doador inapto para a doação de sangue. Pessoas que tiveram dengue clássica, zika ou chikungunya devem aguardar um mês após a cura para doar. Para quem teve dengue hemorrágica, este período se estende para seis meses. Diante desse cenário, o Hemocentro Regional de Campos faz um apelo à solidariedade dos doadores e potenciais doadores, convidando-os a comparecer à unidade anexa ao Hospital Ferreira Machado (HFM). O HRC, localizado na Rua Rocha Leão, n° 2, no bairro do Caju, funciona de segunda a sexta-feira, sábado, domingo e feriados, das 7h às 18h. “É crucial que todos compreendam a importância de doar sangue, especialmente durante períodos críticos como este, em que a dengue afeta o município. Ao doar sangue, estamos não apenas ajudando pacientes diretamente afetados pela doença, mas também garantindo que tenhamos estoques adequados para atender às emergências médicas da região, pois o Hemocentro atende a toda a região Norte e Noroeste, então, hospitais fora da cidade de Campos também acabam recebendo pacientes com dengue hemorrágica e solicitando bolsas de sangue ao HRC. A doação é uma responsabilidade coletiva e um ato de generosidade que pode salvar vidas”, comentou a assistente social do setor Maria Gonçalves. Dengue em Campos — A dengue, uma doença infecciosa aguda, é uma arbovirose transmitida ao homem pela picada do mosquito Aedes aegypti. O tipo 2 da dengue tem sido predominante em Campos, manifestando sintomas como febre alta, dores musculares intensas, mal-estar, fraqueza, dor de cabeça e manchas avermelhadas na pele. Requisitos para doar — Para ser um doador, é necessário ter entre 16 e 60 anos, ou até 69 anos para aqueles que já tenham doado antes dos 60 anos. Além disso, o peso deve ser superior a 50 quilos, e o doador deve estar bem nutrido, com refeições leves e sem gordura nas três horas anteriores à doação. Também é importante que os doadores evitem atividades físicas intensas nas últimas cinco horas antes de doar sangue. Menores de 18 anos devem estar acompanhados de um responsável.

Situação da dengue em Campos é crítica, diz diretor do CRD

A dengue é uma doença infecciosa aguda, uma arbovirose transmitida ao homem por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. A situação da doença no estado do Rio de Janeiro nunca esteve tão crítica, segundo informou o diretor do Centro de Referência da Dengue (CRD) de Campos, Luiz José de Souza. O médico ressalta que o município de Campos deve entrar em epidemia em poucos dias e demonstra preocupação, já que a cidade começou a registrar casos da patologia antes do previsto, entre os meses de janeiro e fevereiro. O infectologista explica que, geralmente, a epidemia é localizada por regiões. No entanto, neste ano, tendo em vista o mapa do estado, a doença vem se alastrando, simultaneamente, por todas as regiões. “Trabalho na assistência há 22 anos e nunca vi a situação chegar como estamos vendo este ano. É preciso levar em consideração, também, que chuva e calor são favoráveis para a proliferação do mosquito, por isso, que nós tivemos muitos casos em janeiro e fevereiro, período esse atípico para a região, já que o pico de dengue costuma ser nos meses de abril, maio e junho”, destacou o diretor. Em Campos, dos quatro sorotipos existentes, o tipo 2 é o principal em circulação, há pelo menos dois anos, causando quadros de sinusites, lesão pleural e abdominal (ascite), com evolução para choque séptico. Luiz José pontua que os casos de dengue no município estão em uma proporção de 90%. Porém, há ocorrências de chikungunya e Covid-19, simultaneamente. “Estamos trabalhando arduamente para que não tenhamos óbitos. Para isso, orientamos os munícipes para que assim que aparecerem os primeiros sintomas, iniciem o mais rápido possível a hidratação, seja com água mineral, água de coco, sucos naturais ou soro caseiro. Essa é a nossa recomendação. A dipirona também é recomendada, já que seu princípio ativo não é metabolizado pelo fígado”.

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