Secretaria de Saúde de Campos alerta sobre cuidados com doenças transmitidas pelos alagamentos
Os últimos dias em Campos foram marcados por um grande volume de chuva e, com isso, as enchentes, cuja água contaminada contribui significativamente para o surgimento de várias doenças. As principais doenças transmitidas após contato com água não tratada, principalmente de enchentes e águas de chuva, são leptospirose, hepatite A, gastroenterite e infecções cutâneas, inclusive micoses. A água parada favorece a proliferação de vetores, como o caso do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Além disso, água de chuva carrega lama, lixo e esgoto, podendo levar a infecções (em razão da ingestão ou pelo contato direto), como leptospirose (transmitida pela urina de ratos), hepatite A, além de diarreias e algumas doenças cutâneas. De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro, é importante ficar atento aos riscos de contaminação e se prevenir. “A população deve evitar ao máximo possível o contato com água de enchentes ou de alagamentos. Porém, caso o contato seja inevitável, o correto é proteger a superfície da pele e imediatamente após esse contato fazer a antissepsia com água e sabão e se possível também aplicar álcool 70% na superfície da pele. Além disso, logo após o contato, as pessoas devem ficar atentas para o aparecimento principalmente de mal estar e febre, caso esses sintomas apareçam devem procurar assistência médica o mais rápido possível e evitar o automedicamento”, disse o infectologista. DOENÇAS CAUSADAS POR ENCHENTES LEPTOSPIROSE – A leptospirose é uma doença febril de início agudo com dores pelo corpo, dor de cabeça, além disso, podendo haver sangramentos, principalmente quando acomete os rins, diminuindo a função renal e podendo causar lesão hepática, sendo essa a principal causa de óbito por leptospirose. HEPATITE A – A hepatite A é uma doença de início insidioso, o paciente fica com mal estar, além da possibilidade de febre, dor abdominal, náuseas e vômitos. GASTROENTERITE – As gastroenterites têm início também abrupto, com dor abdominal, diarreia líquida, náuseas e vômitos. Normalmente ela é autolimitada, dura poucos dias e se resolve espontaneamente. INFECÇÕES CUTÂNEAS – As infecções cutâneas vão se caracterizar pelo local da pele que entrou em contato com água contaminada. Depois de alguns dias, o paciente pode ter uma vermelhidão no local, coceiras e isso pode se espalhar para o resto do corpo. Rodrigo Carneiro alertou a população, ainda, para os cuidados com o mosquito Aedes aegypti, após o período de chuvas prolongadas. “Essa chuva certamente vai deixar uma considerável quantidade de água estagnada em locais próximos às residências ou terrenos, ou dentro da própria residência. E, assim que possível, a população deve vasculhar esses locais para evitar que essa água permaneça parada. Uma outra lembrança importante para quem teve a casa alagada, depois que a água sair, deve ser feita a limpeza da casa. Após a limpeza com água e sabão, deve também ser aplicado algum produto antisséptico, principalmente água sanitária, para fazer a inativação de possíveis agentes de doenças infecciosas”.
Moradores de Rio das Ostras passam por transtornos em bairros não asfaltados do município
Moradores de Rio das Ostras entraram em contato com a equipe do jornal O Milênio para relatar um problema recorrente de alagamento em ruas não asfaltadas em bairros que ficam localizados no setor O do município como: Reduto da Paz, Enseada das Gaivotas, Verdes Mares, Terra Firme e Bosque da Areia. Com esse problema, os moradores passam por transtornos para terem acesso às casas e aos locais de trabalho. Um dos moradores, Alex Sandre, conta um pouco do problema que não é uma novidade para quem mora na região. “Esses bairros ficam em um dos lados da Lagoa do Iriri. Antes desses bairros serem loteados, aqui tinha uma fazenda, onde contava com um canal que drenava essa água para a lagoa, mas esse canal foi sendo tapado e construíram casas por cima em alguns trechos. Hoje em dia existem trechos que são manilhados e outros abertos. Como o canal e as partes manilhadas são antigas, não comportam a quantidade de água e esgoto que passam pela rede e acaba alagando a maioria das ruas quando chove”, disse Alex completando que nem saneamento bairro básico tem em alguns desses bairros, assim como não tem calçamento, além de estarem com mato alto. O jornal O Milênio entrou em contato com a prefeitura para saber quais providências serão tomadas, e em nota a Prefeitura de Rio das Ostras disse que “faz manutenção regular nas ruas e estradas desta e de outras localidades com o uso de maquinário”. A prefeitura disse ainda que a Secretaria de Obras aguarda o escoamento da água das fortes chuvas para prosseguir com a ação nas localidades”.