No outono, algumas doenças oculares tornam-se mais comuns devido às mudanças climáticas e ambientais características desta estação, como alergias, conjuntivite e síndrome do olho seco. O clima torna-se mais frio e seco e há diminuição da luminosidade. Assim, a saúde ocular pode ser afetada. As doenças nos olhos podem atingir pessoas de todas as idades.
A oftalmologista Cynthia Cordeiro falou sobre as causas e os sintomas dessas doenças. “O ar seco e a proliferação de fungos e pólen no outono podem desencadear alergias oculares. Os sintomas mais observados são: coceira, vermelhidão, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos e, em alguns casos, sensibilidade à luz. Já a conjuntivite, inflamação da conjuntiva, a membrana que recobre os olhos e as pálpebras, pode ser causada por vírus, bactérias ou alérgenos. Seus sintomas incluem vermelhidão, coceira, inchaço, lacrimejamento e, em alguns casos, secreção purulenta. Além delas, a síndrome do olho seco também pode piorar devido à baixa umidade do ar e ao uso de aquecedores, levando à ardência, irritação, visão embaçada e sensação de corpo estranho”, explicou a oftalmologista.
Segundo Cynthia, para prevenir essas doenças é essencial manter a higiene das mãos e evitar coçar os olhos. “Além disso, também é importante evitar alérgenos conhecidos, usar óculos de sol e umidificadores de ar e consultar regularmente um oftalmologista para avaliação e orientação individualizada”, acrescentou. A comerciante Isadora Gomes, de 52 anos, conta que nesta época do ano precisa intensificar o uso de colírios por causa do ressecamento dos olhos. “Há quase 10 anos tive o diagnóstico de ressecamento da córnea, após uma consulta com o médico. Desde então, recebi a recomendação de usar colírio lubrificante para evitar problemas. Nesta época do ano, tenho sempre coceira nos olhos e sei que não posso coçar. Além do colírio, procuro sempre estar com as mãos lavadas e higienizar os olhos ao longo do dia, principalmente quanto estou no trabalho”, disse.