Professora de Campos usa a música como instrumento na alfabetização


A música como instrumento transformador e agente de mudanças no processo de ensino-aprendizagem. É dessa forma que a professora Ester Souza de Azevedo Alonso tem utilizado sons, rimas e ritmo para auxiliar alunos do 1º ano da Escola Municipal Ciep Custódio Siqueira, em Campos, para o desenvolvimento da leitura e escrita.

A professora explica que a música no processo alfabetizador é uma ferramenta que potencializa e amplia as possibilidades de aprendizagem por conta das abordagens sonoras que se aproximam muito do universo da leitura e da escrita, como fonema e grafema. Ela ressalta que não usa a música apenas como ferramenta, mas também aplica e estimula conceitos e parâmetros musicais nas aulas.

“Cantamos, tocamos com instrumentos, ouvimos e apreciamos diversos artistas, além de fazermos conexões com outras áreas da arte. Todo o meu caminho na vida, desde a infância, fui estimulada num mundo criativo e musical. Por conta da igreja, acompanhando meus pais nos trabalhos que desenvolviam com crianças, a criatividade sempre foi um recurso. Minha mãe me matriculou cedo na aula de música, fiz teclado por muito tempo, toquei em orquestra, mas ser professora era muito mais forte do que musicista. Quando surgiu a Licenciatura em Música no IFF Guarus, aproveitei a oportunidade para crescer como professora e com uma maior inserção da música”, contou Ester.

Ela disse que sempre trabalhou com criatividade, suprindo e adaptando recursos, com música, mesmo antes da faculdade. “Estou cada vez melhor, porque estou sempre inserindo novos repertórios na alfabetização e criando em cima das minhas pesquisas e práticas, remodelando e ajustando”, comentou. Para a professora, inserir a música na sala de aula e no processo de alfabetização transforma o ambiente de aprendizagem, torna-o único, encantador e amplia as possibilidades, estimulando e fornecendo apoio para o aluno com dificuldade de aprendizagem, e para o estudante sem dificuldade é um universo de exploração, criação e muitas descobertas. “Um aluno criativo não sabe somente a resposta, ele sabe formular a pergunta. Como é bom, assistir os meus alunos numa aula de matemática, criando um problema a partir de uma sentença pré-definida. Eu sou realmente privilegiada por estar conseguindo associar meus conhecimentos musicais ao universo da alfabetização”, concluiu Ester.


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