27 de julho de 2024 01:34
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Psicóloga especialista em perdas, luto e saúde mental se destaca em atendimentos na Clínica Casah

Em meio à pandemia do coronavírus, a população se viu diante de muitas situações que antes não eram vividas ou pelo menos não eram vividas com tanta frequência. O medo e a angústia tornaram-se sentimentos corriqueiros no dia a dia de muitas pessoas e isso acarretou muitos problemas para os indivíduos, que hoje buscam através da psicologia, se restabelecer novamente. A Clínica Casah, em Campos, conta com a psicóloga Maura Galaxe na equipe. A profissional é especialista em saúde mental e na recuperação pós-perdas e lutos. As consultas com a Maura e com os outros profissionais da clínica podem ser marcadas através dos números (22) 2731-8288/ 998386005. A sede fica na Rua Barão de Miracema, n° 199, no Centro de Campos.

  • Ninguém estava preparado para viver uma situação tão extremista assim. Houve um pânico generalizado onde a luta pela sobrevivência era inevitável. Ora para não ser contaminado e outra para manter o seu sustento. Mesmo os que não perderam ninguém da sua família, ainda assim passaram pelo luto coletivo atribuído as quantidades de pessoas que foram ceifadas pela Covid-19. A pandemia criou esse estado de angústia, medos, tristezas e incertezas que por não saber lidar com a situação foi inevitável a procura por atendimento psicológico, disse a profissional.

Maura conta quais públicos ela atende mais no consultório: “A maior procura tem por Distúrbio de Saúde Mental caracterizado por sentimentos de preocupação, ansiedade ou medos. E os transtornos de ansiedade incluindo ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático (principalmente após a perda de um ente querido). Eu atendo adolescentes, adultos e idosos. De acordo com a idade e as queixas que os meus pacientes trazem, as estratégias e técnicas psicológicas que são aplicadas se modificam respeitando as singularidades de cada etapa do desenvolvimento humano”, afirmou ela, que também acrescenta informações sobre como acontecem seus atendimentos:

  • Através da psicoterapia presencial ou on-line. A psicoterapia tem a finalidade de tratar os problemas psicológicos, tais como depressão, ansiedade, dificuldades de relacionamento, entre outros problemas de saúde mental. A aplicação das técnicas e ferramentas são feitas no processo dialético efetuado entre o profissional e o paciente de forma metódica e disciplinar para diagnosticar e tratar os pacientes.

Questionada sobre o preconceito, Maura comentou sobre a discriminação que gira em torno da psicologia. “Na verdade o preconceito nunca foi sobre o profissional e sim da distorção que fazem da função e atuação do psicólogo. Para alguns só os portadores de transtornos psicóticos: esquizofrenia ou transtornos delirante necessitam de acompanhamento, mas atualmente esse conceito tem diminuído bastante. Na verdade a psicoterapia não serve só pra reduzir ou tratar sintomas, transtornos e doenças mentais. As pessoas têm buscado o atendimento psicológico com mais frequência, porque buscam lidar com as suas emoções e sentimentos de forma positiva, como também para lidar com as perdas no enfrentamento do luto”.

A profissional explica um pouco mais sobre o processo de luto e como a terapia auxilia o indivíduo: “O luto é um conjunto de reações que obedecem as diferentes formas de expressão levando o enlutado a um estado emocional específico. A elaboração de um luto segue diversas características que difere de uma pessoa para outra, logo ser assistido por um profissional habilitado e especializado na área faz toda diferença quanto ao confronto da dor causada pela perda. A morte ainda é recebida com muito espanto. A dificuldade de compreender a finitude da vida é o que mais atrapalha na construção de novas formas de continuar vivendo sem a pessoa que se foi. A dor de um luto sempre está vinculada a outras questões, que muitas vezes não temos ciência. Como o remorso, por exemplo, de ter feito algo que desapontasse ou deixado de fazer o que deveria enquanto podia. A dor da saudade tende a diminuir com o passar dos anos, mas os remorsos geralmente permanecem por um período bem maior de tempo. É preciso quebrar o silêncio e falar sobre o assunto, porque cedo ou tarde todos nós passaremos por isso. Essa é a condição da vida: SE ESTOU VIVO, PERCO! O procedimento terapêutico vai levar esse entendimento de que a morte precisa ser compreendida como um rompimento natural da existência e propiciar uma nova ressignificação da vida, que por vezes, não se consegue sozinha(o) devido as forte emoções que envolvem a morte”.

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