26 de julho de 2024 20:29
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El Niño deve durar ao menos até abril de 2024, aponta ONU

Foto aérea de Campos dos Goytacazes - Arquivo

O fenômeno climático El Niño deve durar ao menos até abril de 2024, de acordo com a última atualização divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quarta-feira (8). Segundo a agência da ONU, o fenômeno se desenvolveu rapidamente em 2023 e pode atingir seu pico no primeiro semestre do ano que vem.

🌡️Caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o El Niño acontece com frequência de dois a sete anos. Sua duração média é de doze meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global.

Apesar das consequências do fenômeno, em geral, serem observadas no ano seguinte a seu desenvolvimento, 2023 se encaminha para se tornar o ano mais quente da história. Antes de 2023, o ano de 2016 foi o mais quente registrado. A marca foi atingida por conta de uma combinação de fatores, com a junção de um El Niño excepcionalmente forte e da alta nas emissões de dióxido de carbono na atmosfera relacionadas às mudanças climáticas provocadas pelo homem.

Neste ano, foram observadas temperaturas recordes na superfície dos oceanos por conta do El Niño. Desde maio de 2023, os registros térmicos no Oceano Pacífico Equatorial subiram de 0,5 °C acima da média para cerca de 1,5 °C acima da média em setembro.

As marcas históricas também foram registradas na temperatura do ar. No Brasil, o fenômeno provocou um inverno atípico, com altas temperaturas em quase todas as regiões do país. No fim de setembro, algumas capitais chegaram a registrar máximas superiores a 40ºC.

No Hemisfério Norte, a combinação com outros fatores climáticos gerou ondas de calor extremo. Diversas cidades em países como Itália, Espanha e Grécia entraram em alerta por conta dos termômetros muito acima da média. Nos Estados Unidos e no Canadá, milhões de hectares foram destruídos por incêndios florestais facilitados pelas temperaturas elevadas.

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