A dengue avança em duas regiões do estado do Rio de Janeiro. Até esta quinta-feira (27), a Secretaria de Estado de Saúde registrou 9.666 casos prováveis, 445 internações e três óbitos confirmados pela doença, o dobro do mesmo período de 2023. O Monitora RJ, que classifica o cenário epidemiológico em cada localidade, aponta duas regiões em alerta no momento: a Região Metropolitana, em nível 1; e a Serrana, em nível 2.
“Na epidemia do ano passado, a Região Serrana não registrou um grande aumento na transmissão da dengue. Por isso, quem não teve contato com o vírus passou a ter neste ano, o que leva ao aumento dos casos”, comenta Mário Sergio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do estado.
A classificação segue o Plano Estadual de Contingência às Arboviroses e observa a flutuação de diferentes indicadores durante três semanas consecutivas. Os fatores analisados são: o aumento nos atendimentos em UPAs, a solicitação de leitos clínicos e a taxa de incidência que quantifica casos por cem mil habitantes.
A região Metropolitana I está em nível 1 – alerta, por registrar aumento de duas a cinco vezes na taxa de incidência no mês de fevereiro. Magé é a cidade com maior índice, com 420 casos por cem mil habitantes. A capital registra 40 casos por cem mil habitantes.
Quando a incidência aumenta de cinco a dez vezes, o nível 2 – perigo iminente é acionado. É o caso da Região Serrana, com incidência de 61 casos por cem mil habitantes. Dois municípios elevam o índice: Carmo, com 1.209 casos por cem mil habitantes, São Sebastião do Alto com 645 casos por cem mil habitantes e Cantagalo com 417 casos por cem mil habitantes no mês de fevereiro.