Com casos suspeitos no Rio, Secretaria de Saúde de Campos alerta para sintomas de hepatite aguda grave


Embora não haja registro de casos de hepatite aguda grave de causa desconhecida em Campos, a Secretaria Municipal de Saúde pede aos pais e responsáveis que fiquem atentos aos sintomas das crianças e adolescentes menores de 16 anos. No Estado do Rio de Janeiro, segundo nota emitida por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), seis casos suspeitos estão em investigação.

O secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, disse que existe um alerta a nível mundial quanto ao surgimento de casos da doença, identificada inicialmente no Reino Unido. “Há no mundo cerca de 250 casos sendo investigados. O preocupante é que essa hepatite pode evoluir para a necessidade de um transplante de fígado, já que as hepatites consistem na inflamação aguda desse órgão”, explicou o secretário.Ele chama a atenção para os sintomas, que são mal-estar, dor abdominal, náusea, vômito, febre e até diarreia. No entanto, segundo Paulo Hirano, as pessoas devem ficar alertas quanto a um sintoma característico que é a coloração amarelada da pele e dos olhos, a chamada icterícia. “Caso a pessoa apresente esses sintomas, deve procurar uma unidade de saúde imediatamente”, ressaltou.O diretor de Atenção Básica da secretaria de Saúde, médico infectologista Rodrigo Carneiro, confirmou a necessidade de buscar atendimento médico. “É esse profissional quem vai identificar a inflamação hepática e encaminhar o paciente para os ambulatórios de gastroenterologia ou de hepatites, esse último funciona no Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CDIP)”.

Nas últimas semanas, segundo Rodrigo Carneiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o surgimento de casos de uma hepatite aguda, de etiologia ainda indefinida, que tem acometido crianças e pré-adolescentes. “Foram levantadas algumas hipóteses para o aparecimento da doença, como infecção por um adenovírus ou complicação de Covid-19, mas isso ainda está sendo investigado. A Vigilância Epidemiológica segue acompanhando a evolução dos casos. Assim que tivermos informações do Ministério da Saúde ou da OMS sobre o agente causador, vamos informar”, disse o médico, destacando que os exames de sangue mostram a inflamação hepática, porém ainda não se conseguiu identificar nas amostras os agentes etiológicos mais comuns causadores das hepatites, principalmente da hepatite A, B e C.

Dos seis casos suspeitos investigados pelo Governo do Estado, três são de moradores do município do Rio de Janeiro (uma criança de 4 anos, uma criança de 8 anos e um bebê de 2 meses), um de Niterói (criança de 3 anos) e um de Araruama (criança de 2 anos). Um bebê de 8 meses, morador de Maricá, foi a óbito e a investigação também segue em andamento.


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