A Secretaria Municipal de Saúde alerta sobre o aumento progressivo de casos de dengue em Campos e pede a colaboração da população para que adote medidas de prevenção, como vistoriar periodicamente a residência. Entre os dias 13 de abril e 5 de maio, o Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid Dr. Jayme Tinoco Netto, que funciona anexo ao Hospital Plantadores de Cana (HPC), registrou 18 casos de dengue, um de zika e um de chikungunya. Outros três casos de chikungunya foram notificados à Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav) por unidades de saúde do município.
No mesmo período, segundo o coordenador do Centro, Luiz José de Souza, 97 pessoas foram atendidas no local. O médico explicou que o sorotipo em circulação no município é dengue tipo 2, chamado cosmopolita. “É um novo genótipo, que tinha sido isolado em Goiás e agora o isolamos em Campos”.
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vem promovendo ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya, com mutirões pós-LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti). Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, os Agentes de Combate às Endemias (ACE’s) vistoriaram 182.681 mil imóveis e 208.055 mil nos meses de março e abril. No final de abril, o órgão intensificou as ações, realizando mutirões semanalmente em diferentes bairros. O primeiro bairro visitado foi o Parque São Salvador, no último dia 29. Foram vistoriados 734 imóveis, com aplicação de larvicida em 265, e eliminados 19 focos do mosquito.
Na sexta-feira (6), os agentes estiveram no Parque Riachuelo. Houve aplicação de larvicida em 239 imóveis dos 777 vistoriados. Os agentes eliminaram 20 focos e recolheram 105 pneus, além de 98 sacos de lixo, contendo inservíveis. O próximo bairro a ser visitado será o Parque São Caetano, no dia 13 de maio.
Os mutirões estão sendo realizados com base no último LIRAa, que apontou que 80% dos focos do mosquito encontram-se nos quintais das casas. O secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, pede à população que vistorie a casa e seu entorno, como quintais e áreas comuns em prédios, eliminando a água acumulada em locais que possam servir de criadouro do mosquito. “Cada um é dono do seu quintal e precisa mantê-lo limpo”.
O diretor do Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid, Luiz José de Souza, reforça a orientação do secretário. “Não cabe apenas ao poder público adotar medidas de prevenção. A ação precisa ser conjunta e, por isso, pedimos a colaboração da população”, disse ele, ressaltando que, em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, cansaço, dor atrás dos olhos e nas articulações, manchas avermelhadas na pele, náuseas e vômitos, a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente.
Luiz José explicou que o atendimento no Centro é por demanda espontânea e agendamento por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “Quem for ao local não deixará de ser atendido, mas nossa orientação é para que a pessoa busque um primeiro atendimento na UBS perto de sua residência”.