A confirmação recente de cinco casos de coqueluche, uma infecção bacteriana também conhecida como pertussis, tem preocupado o sistema de vigilância em saúde de Campos. Com o objetivo de conter o avanço da doença e assegurar assistência médica adequada, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SBVS) emitiu uma nota técnica com estratégias de prevenção nesta quinta-feira (14).
No documento emitido às unidades de saúde, creches e escolas da rede pública e privada foram abordadas as definições clínicas da coqueluche, que é uma doença de alta morbimortalidade infantil, principalmente bebês menores de um ano, com complicações graves e até morte de lactantes, além de orientações quanto ao manejo de casos e quimioprofilaxia.
“A infecção por coqueluche é extremamente contagiosa e uma criança infectada pode passar para 12 a 17 pessoas suscetíveis”, diz trecho do manuscrito que recomenda que a investigação de comunicantes deverá ser realizada em residência, creche, escola e em outros locais que possibilitaram o contato íntimo do paciente diagnosticado com coqueluche (Bordatella Perrussis).
Além da identificação dos comunicantes para receberem a quimioprofilaxia, a SBVS recomenda a atualização do cartão de vacinas, especialmente doses de reforço. A proteção contra a coqueluche para crianças é feita com a vacina Pentavalente, aplicada aos dois, quatro e seis meses. Já a DTP é aplicada em crianças de um ano e três meses e com quatro anos. A vacina dTpa adulto é destinada à imunização de gestantes a partir da 20ª semana gestacional e puérperas de até 45 dias. O mesmo imunizante está sendo aplicado, em caráter excepcional, para trabalhadores em saúde que atuam em maternidades ou com recém-nascidos, público de maior risco de infecção.