O aumento de 8,8% no preço do óleo diesel anunciado pela Petrobras tem preocupado caminhoneiros e empresários de ônibus diante dos impactos sobre o custo operacional. Sindicatos que representam as empresas dos coletivos em 10 municípios da Baixada Fluminense e na região de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá anunciaram que devem reduzir as frotas em operação.
No comunicado, as entidades afirmam que as mudanças acontecerão nos horários de menor movimento e durante os fins de semana. Ainda segundo os empresários, a decisão afastaria o risco de pane seca e a interrupção do serviço durante as viagens. Os detalhes sobre os impactos diretos nas linhas ainda são avaliados.
Segundo os empresários, com o reajuste, cenário se tornará insustentável já que o óleo diesel é o principal item no custo de operação. Márcio Barbosa, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Rio, defende o subsídio do governo na operação do transporte.
Por meio de nota, a Fetranspor disse que somente medidas efetivas e emergenciais por parte do poder público serão capazes de reverter o cenário que tem prejudicado a rotina e a qualidade de vida de milhões de usuários de ônibus urbanos no estado.
A alta também preocupa os caminhoneiros, que dependem do combustível. O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Paraíba do sul e Diretor da Federação dos Caminhoneiros do Rio, Nelson Junior, diz que muitos caminhoneiros já não têm conseguido arcar com os custos do trabalho.
A Petrobras informou que, o último reajuste, no dia 11 março, refletia apenas parte da elevação observada nos preços do mercado. A estatal afirma que a diferença entre os valores do combustível e da gasolina, nunca esteve tão alta, com a diminuição dos estoques globais para abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos.