A Secretaria Municipal de Saúde de Campos reforça a importância para que todos os idosos, acima de 60 anos, e pessoas imunocomprometidas com mais de 12 anos, independentemente da situação vacinal, procurem os postos de imunização para receber a segunda dose da vacina bivalente contra a Covid-19. No último sábado (9), a pasta começou a aplicar o imunizante, de acordo com a orientação da nota técnica nº 83/2023 do Ministério da Saúde (MS) e as recomendações da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ). Para aquele que já tenha iniciado ou completado esquemas anteriores o intervalo mínimo é de 6 meses.
A medida é necessária em virtude da detecção da nova variante BA.2.86 da Ômicron e suas sublinhagem BA.2.86.1 BA.2.86.3, JN.3, JN.1. Estas duas últimas são responsáveis pelo aumento de casos da doença no estado do Ceará e vêm sendo monitoradas no Rio e em São Paulo.
“O coronavírus e suas subvariantes continua circulando em território nacional. Nós temos periodicamente a identificação de novas cepas e isso mostra a necessidade em vacinar a população, para conseguirmos uma maior cobertura possível”, frisou o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro.
Segundo o médico, as vacinas contra o vírus Sars-cov-2, que causa a Covid-19, são atualizadas de acordo com as cepas circulantes. O imunizante mais atual, chamada de bivalente, já vem atualizada com variantes da cepa Ômicron, que é a predominante em circulação.
“Pedimos que a população reforce a sua imunidade, através de uma nova aplicação da vacina bivalente. Os grupos mais importantes são os idosos e pessoas com comorbidades, mas a vacina também deve ser aplicada para quem já tomou uma dose, para poder diminuir os riscos principalmente de casos graves da doença”, realçou.
Carneiro informa que em Campos, recentemente, houve um aumento do número de casos da doença, se estendendo até meados de novembro. Entretanto, de acordo com o especialista, nas últimas duas semanas, esse quantitativo teve uma queda considerável. “Essa situação vai continuar ocorrendo, visto que, o coronavírus está se tornando um vírus endêmico. Então, assim como o vírus da gripe, nós necessitaremos da vacinação periódica das pessoas para a Covid-19”.
São considerados indivíduos imunocomprometidos ou em condição de imunossupressão que são: pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV (PVHIV); pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e uso de corticoide em dose maior ou igual a 20mg/dia de prednisona ou equivalente por mais de 14 dias. Crianças em uso de prednisona ou equivalente maior ou igual 2mg por mais de 14 dias até 10kg; indivíduos em uso de imunossupressores e/ou imunobiológicos que levam à imunossupressão; pessoas com erros inatos da imunidade (imunodeficiência primárias); pessoas com doença renal crônica em hemodiálise; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; e pessoas com neoplasias hematológicas.