Setembro começa com forte calor, mas também deve ter frente fria
Essa semana será marcada por uma nova onda de calor que deve elevar as temperaturas em boa parte do Centro-Sul do país. Há previsão de mais de 40ºC em parte do Centro-Oeste. Mas depois do calorão, que deve ser intenso (veja mais abaixo), uma forte frente fria deve avançar perto do final do mês, no dia 19. De acordo com a Climatempo, o ar frio deve movimentar um pouco a atmosfera, reduzindo as temperaturas em alguns estados Mas até lá, o calor ainda vai ser predominante. A partir deste primeira semana de setembro, uma nova massa de ar quente e seco vai se estabelecer no Brasil, dando início a uma onda de calor já nesta segunda-feira (2). Ainda segundo o serviço de meteorologia, os atuais modelos meteorológicos sugerem que essa onda de calor pode ser mais prolongada, com temperaturas elevadas até meados da segunda quinzena do próximo mês em algumas regiões do país. Por causa do fenômeno, a Climatempo diz que a umidade do ar ainda pode atingir valores de emergência – abaixo dos 12% – em muitas cidades do sul de Mato Grosso, interior de São Paulo, Triângulo de Minas, centro-norte, nordeste de Mato Grosso do Sul e sul de Goiás. Com o tempo seco e a atmosfera estagnada, a concentração de poluentes também tende a aumentar, o que deve prejudicar significativamente a qualidade do ar nos próximos dias.
Conta de luz ficará mais cara em setembro
A bandeira tarifária de energia elétrica em setembro será vermelha patamar 2. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a previsão de escassez de chuvas e o clima seco com temperaturas altas motivaram o acionamento de usinas térmicas, aumentando os custos da operação do sistema elétrico. Esta é a primeira vez em pouco mais de três anos que a bandeira vermelha patamar 2 é acionada, a última foi em agosto de 2021. Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e interrompida apenas em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto. O anúncio da Aneel, nessa sexta-feira (30), sinaliza maiores custos para a geração de energia elétrica, com um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Com a previsão de chuvas abaixo da média no próximo mês, o volume de água nos reservatórios das hidrelétricas do país também deve ficar cerca de 50% abaixo da média. “Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, explicou a Aneel. Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas. As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior, e a verde, sem custo extra. Segundo a Aneel, as bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. “Ao saber do valor adicional antes do início do mês, ele pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, avalia a agência. “Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais”, acrescentou.