Com 8 casos de leptospirose em Campos, Secretaria de Saúde faz alerta sobre a doença
Com a ocorrência de chuvas mais intensas nos últimos dias, a Secretaria Municipal de Saúde de Campos alerta sobre os riscos de contaminação por leptospirose. Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, infectologista Rodrigo Carneiro, em situações de alagamentos e inundações, a população deve evitar o contato direto com a água não tratada. “É uma doença infecciosa grave, causada pela bactéria leptospira, que é encontrada na urina de ratos e de outros animais”, explicou o médico. Ele disse que, se o contato com as áreas alagadas for inevitável, a pessoa deve permanecer o menor tempo possível nesses locais e utilizar, se possível, botas ou sacos plásticos para proteção das pernas e pés. “A leptospirose requer um diagnóstico precoce e tratamento com antibióticos específicos. Os sintomas iniciais são inespecíficos, podendo evoluir para complicações sérias, incluindo insuficiência renal e respiratória, além da presença de sangue na urina ou fezes. Em casos graves, a internação deve ser imediata para a redução do risco de mortalidade”, ressaltou Rodrigo Carneiro, acrescentando que não existe vacina para prevenir a doença. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, náuseas, vômitos, entre outros. Anualmente, segundo o médico, há o registro de casos da doença no município. Em 2022, houve a confirmação de dois casos, sendo um importado. Foi registrado um óbito. A vítima, um homem de 58 anos, era morador de Caxias de Tocos e faleceu no dia 13 de junho daquele ano. Já em 2023, o município confirmou, até o momento, 8 casos e dois óbitos. As vítimas foram dois homens, um de 49 anos e outro de 29 anos, residentes no Centro e no Nova Canaã, respectivamente. O homem de 49 anos faleceu no dia 14 de junho e o outro em 09 de setembro. Houve casos confirmados também no Parque Cidade Luz, Aldeia, Califórnia, Santa Rosa, Novo Mundo e Parque Corrientes.