Diagnosticado com câncer, goleiro campista do Flamengo não desiste do sonho: “Estou sendo forte”
O campista Raphael Nunes, goleiro da base do Flamengo, sofreu um baque em julho. Aos 17 anos, foi diagnosticado com um tumor no testículo, mas persiste no sonho de se tornar jogador profissional. Raphael iniciou a batalha em busca da cura e dos seus objetivos dentro e fora de campo. O diagnóstico veio logo após um torneio do sub-18 que aconteceu na Croácia e na República Tcheca, em julho. No treino antes de embarcar, Raphael levou uma bolada no local e tratou como uma situação rotineira na vida de um goleiro. A dor foi considerada comum, desapareceu logo depois, e o jogador continuou as atividades normalmente. Já na Croácia, cerca de cinco dias depois, ele notou um inchaço durante o banho e procurou o departamento médico do Flamengo, que iniciou o acompanhamento. – Chegamos ao Rio e fiz uma bateria de exames. O clube orientando, os médicos marcando as consultas. Fiz alguns exames de sangue e foi assim que eu descobri o tumor. E precisei fazer a cirurgia. O tumor foi removido na cirurgia, mas saiu um pouco na corrente sanguínea. Grudou no meu abdômen e no meu pulmão. Precisei fazer quimioterapia para complementar a cirurgia para me limpar completamente e eu ficar 100% curado – disse o goleiro. – O Flamengo me dá todo o apoio com os médicos, e a administração do departamento médico cuida da marcação dos exames. Entram em contato. Sempre marcam o exame de sangue para monitorar como está. Eu tive 100% de apoio do clube, eles estão sempre aqui entrando em contato. As sessões de quimioterapia começaram no mês de outubro e se estenderão até dezembro – com intervalo de duas semanas entre cada uma. Nesta semana, Raphael está realizando a segunda bateria acompanhado da mãe Fernanda Teixeira. Na semana passada, o goleiro decidiu raspar logo o cabelo, com a ajuda do volante Khauan Schlickman, também da base rubro-negra. – Os dias estão tranquilos. Eu estou sendo forte e passando tranquilidade para a minha família. Eu não tive reação na quimioterapia. Senti enjoo na primeira sessão, mas passou depois que eu tomei o remédio. Eu não senti nada além, graças a Deus – finalizou Raphael.