Estado do Rio gera polêmica ao retirar aulas de várias disciplinas do 3° ano do Ensino Médio
O Governo do Estado do Rio de Janeiro retirou da grade de horário do 3º ano do Ensino Médio as disciplinas de Física, Química, Biologia, História, Geografia e Filosofia. A situação gerou polêmica e reclamações por parte do Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe). A mudança também é válida para as escolas estaduais de Campos. Cabe destacar que a mudança está relacionada com a Reforma do Ensino Médio, que foi aprovada pelo Governo Federal em 2017. O Sepe criticou a decisão já que entende que no último ano do Ensino Médio, muitos estudantes fazem a prova do vestibular, sendo que muitas provas contam com disciplinas que estão na grade modificada. “Enquanto o governo tira matérias importantes para a formação dos alunos da rede estadual, nas escolas particulares, os estudantes estão tendo acesso a todas essas disciplinas e, claro, estarão muito mais preparados para disputar as vagas do ENEM. Isso é uma política de retirada de direitos ao estudo dos filhos da classe trabalhadora como nunca vimos antes na história da educação pública”, contestou o Sepe. O Sepe informou ainda que tentou reverter essa situação, no acordo de greve firmado em 2023. “No processo de negociação que levou à suspensão do movimento, o governo prometeu que todas as disciplinas seriam mantidas no currículo, em todos os anos, com pelo menos 2 tempos de aula cada. A Secretaria de Educação, no entanto, mentiu para nós e mente para a população quando diz que está ofertando uma educação de qualidade. Já falta tudo nas escolas e agora faltará também conhecimento”, completou o sindicato em nota oficial. A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que decidiu reduzir o número de itinerários após uma escuta colaborativa, realizada em abril de 2023, envolvendo professores, gestores, alunos e a comunidade escolar, com um objetivo de garantir um maior alinhamento e proximidade entre os componentes e suas áreas de abrangência, em consonância com as habilidades e competência preconizadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Essa estratégia busca promover uma integração mais coesa entre os elementos curriculares e as demandas específicas de cada contexto. Isso reflete o compromisso da gestão em proporcionar uma educação eficiente e alinhada às necessidades da comunidade escolar”, destacou o órgão.