Trabalhadores da hotelaria da Bacia de Campos entram em greve

Trabalhadores e trabalhadores da área da hotelaria nas plataformas de petróleo da Bacia de Campos anunciaram que vão entrar em greve a partir da zero hora da próxima segunda-feira, 09. A decisão foi tomada em duas assembleias: uma realizada na sede do Sindipetro-NF em Campos dos Goytacazes (no último dia 2) e outra na sede de Macaé (ontem). A categoria é representada pelo Sinthop (Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria Embarcados Nas Plataformas de Petróleo) e o anúncio de que haverá greve foi feito pelo presidente da entidade, Sildo Moreira. O sindicato negocia há vários meses melhorias nas condições de trabalho da categoria, sem avanços. “Nós fizemos a primeira assembleia dia 2, em Campos. Fizemos outra dia 4 em Macaé. E foi dado o resultado: todo mundo votou a favor da greve. A greve vai começar na segunda-feira, dia 09, e nós estaremos distribuindo um panfleto com todas as informações necessárias para que vocês façam a greve nas plataformas. E vamos estar nos aeroportos, nos pontos de embarque para distribuir as informações corretas”, afirma Moreira, em vídeo destinado aos trabalhadores. Entre as reivindicações dos trabalhadores estão aumento salarial, vale alimentação, mais segurança no trabalho, pagamento de anuênio, aumento no número de trabalhadores (POB), pagamento de adicionais, respeito aos atestados médicos, melhorias nos equipamentos de trabalho, fim do assédio moral e cumprimento das convenções coletivas.

Após fim da greve, IFF de Campos voltará a ter aula na quarta-feira

Depois que a greve dos servidores federais das instituições de ensino chegou ao fim, as aulas das unidades do Instituto Federal Fluminense (IFF) de Campos voltarão na próxima quarta-feira (3). Este será o início do ano letivo de 2024 na instituição. “Informamos ainda aos estudantes dos cursos de graduação que o processo de escolha de suas disciplinas já encontra-se acessível pelo Sistema Acadêmico institucional, permanecendo disponível até o dia 01/7”, diz uma nota do IFF Campus Centro. Vale lembrar que na greve, a categoria reivindicou reestruturação das carreiras dos docentes e dos técnico-administrativos, recomposição de perdas salariais por causa da inflação dos últimos 8 anos e a revogação de normas publicadas por governos anteriores que ferem a autonomia no serviço público. A paralisação chegou ao fim após um acordo feito com o governo federal.

Lula critica prolongamento da greve das universidades e institutos federais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nessa segunda-feira (10), o prolongamento da greve dos professores e técnicos das universidades e institutos federais e afirmou que o montante de recursos negociados com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para recompor os salários dos docentes e servidores é “não recusável. “O montante de recurso que a companheira Esther Dweck [ministra do MGI] colocou à disposição é o montante de recursos não recusável. Eu só quero que leve isso em conta porque se não nós vamos falar em universidades, institutos federais e os alunos estão à espera de voltar à sala de aula”, disse Lula, em reunião pública com reitores de universidades e institutos federais, no Palácio do Planalto. Na ocasião, o presidente anunciou R$ 5,5 bilhões em recursos do Ministério da Educação (MEC) para obras e custeio do ensino técnico e superior e a construção de dez novos campi de universidades e de oito novos hospitais universitários federais. Para Lula, greve tem tempo para começar e também para terminar e é preciso que as lideranças sindicais tenham “coragem de acabar com a greve”. “A única coisa que não se pode permitir é que uma greve termine por inanição, a única coisa que não pode acontecer, porque se ela terminar assim, as pessoas ficam desmoralizadas. Então o dirigente sindical tem que ter coragem de propor, ele tem que ter coragem de negociar, mas ele tem que ter coragem de tomar decisões que muitas vezes não é o ‘tudo ou nada’ que ele apegou”, disse. “Eu fui dirigente sindical que eu nasci no ‘tudo ou nada’. Pra mim, era o seguinte: é 100% ou é nada, é 83% ou é nada, é 45% ou é nada. Muitas vezes, eu fiquei com nada”, ressaltou, afirmando que, no caso da greve atual dos docentes, “não há muita razão de estar durando o que está durando”. “E não é por 3%, por 2% ou 4% que a gente fica a vida inteira de greve. Vamos ver os outros benefícios, você já tem noção do que foi oferecido? Vocês conhecem o que foi oferecido?”, argumentou o presidente Lula, que foi líder sindical dos metalúrgicos, no interior de São Paulo. Professores e servidores de cerca de 60 universidades federais e de mais de 39 institutos federais de ensino básico, profissional e tecnológico estão em greve desde o dia 15 de abril. Balanços das entidades mostram que a paralisação alcança mais de 560 unidades de ensino de 26 unidades federativas. Eles pedem, entre outras medidas da contraproposta, a recomposição dos salários em 4,5% ainda este ano. Salários defasados Durante evento com o presidente Lula, a reitora da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Márcia Abrahão, afirmou que os docentes e servidores técnicos administrativos têm remunerações “muito defasadas”. “Ainda mais quando comparamos com algumas carreiras que tiveram reajustes recentemente. Há técnicos que chegam a ganhar menos de um salário mínimo. Esperamos que esta semana o governo e os sindicatos cheguem a uma solução negociada, pacificando a situação”, disse. O reitor do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) e do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Elias Monteiro, pediu que os esforços do governo estejam concentrados na formação de professores e na valorização de profissionais da educação, para “fortalecer e possibilitar a melhoria da educação básica e superior”. “Suplicamos ao governo federal que avance nas negociações para o fim da greve. Reconhecemos que é um movimento legítimo e justo, mas que já gera reflexo com o aumento da evasão escolar e prejuízos de cumprimento do calendário acadêmico. Sabemos que avanços tem sido feitos, contudo, necessitamos que retomemos a normalidade o quanto antes das instituições”, afirmou.

Sindicato anuncia greve dos servidores municipais em Campos

O Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep) anunciou o início do estado de greve na noite desta quinta-feira (11). A decisão foi adotada após uma assembleia dos trabalhadores. Os servidores reivindicam melhorias nas condições de trabalho, além de reajustes como o aumento do teto para o recebimento do auxílio-alimentação e vale-transporte; a regularização do decreto 272/2022 para que servidores não recebam em seu salário-base menos de um salário mínimo padrão A; redução das perdas inflacionárias acumuladas e o pagamento da complementação previdenciária. O Siprosep afirma que acordos feitos com a Prefeitura de Campos não foram cumpridos. O jornal O Milênio entrou em contato com a assessoria de imprensa do poder público para saber um posicionamento. A prefeitura informou que fica surpreendida com a notícia de “estado de greve” anunciada pelo Sindicato dos Servidores, principalmente, porque vem mantendo diálogo constante com o órgão, além de ter avançado em vários pontos colocados em pauta pelo próprio sindicato. A prefeitura disse ainda que no ano passado foi concedido reajuste de 10,41%, de forma escalonada. Até o final de 2023, os servidores ativos e inativos receberam 6% de reajuste, sendo 2% em agosto, 2% em setembro e outros 2% em novembro, totalizando percentual maior que a inflação prevista para o ano passado, que foi de 5,79%, representando um acréscimo na folha de mais de R$ 4,8 milhões apenas em 2023.

plugins premium WordPress