Conta de luz deve seguir mais cara até o fim do ano

A conta de luz dos brasileiros deve continuar mais cara até o final de 2024, com a cobrança de bandeira amarela ou vermelha — que adicionam um valor extra às tarifas. A previsão é do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (18). Para Feitosa, há uma “grande tendência de que ela [a bandeira tarifária] permaneça entre amarela e vermelha até o fim do ano”. Atualmente, a bandeira tarifária cobrada é a “vermelha patamar 1”, que representa um valor extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh). O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado). O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para sinalizar o custo da geração de energia. Quando o custo de produção aumenta, com o acionamento de usinas termelétricas, a bandeira muda de cor. “Aquela bandeira que é acionada, é acionada para fazer frente ao custo que vem. Então, se a bandeira vem vermelha, nós vamos sinalizar a necessidade de arrecadar um recurso tal para fazer jus àquele custo”, explicou Feitosa. O diretor-geral da Aneel afirma que o país vai entrar em “um momento mais estressante”, mas o saldo da conta bandeira —​ que recebe os valores pagos na conta de luz —​ poderia ajudar a reduzir o impacto aos consumidores.

Operações identificam fraudes de energia em estabelecimentos de Campos e Itaperuna

Em duas operações para combater irregularidades no consumo de energia, realizadas em parceria com a Polícia Civil entre a última terça-feira (6) e quinta-feira (8), a Enel identificou furto e fraude no medidor em três estabelecimentos: dois em Campos dos Goytacazes e um em Itaperuna. Ontem e hoje, ligações diretas na rede da distribuidora foram removidas em um bar e depósito de bebidas, além de uma clínica estética de Campos. No bar, os técnicos identificaram cabos furtados e fraude no medidor de energia, fato também constatado em uma drogaria de Itaperuna na terça-feira. A responsável pela clínica estética foi presa em flagrante por agentes da Polícia. Já os casos da drogaria e do bar foram registrados nas DPs de cada município. Furtar energia é crime com pena prevista de um a quatro anos de reclusão. Quem faz “gato” de energia também está sujeito a pagar os valores de consumo correspondentes ao período em que ocorreu a irregularidade. Além disso, o furto de energia afeta diretamente a qualidade do serviço prestado pela distribuidora e põe em risco a população, principalmente as pessoas que manipulam a rede elétrica. As ligações irregulares podem causar ainda curtos-circuitos e sobrecargas na rede, bem como ocasionar interrupções no fornecimento de energia.

Conta de luz voltará a ficar mais cara neste mês

Pela primeira vez em mais de dois anos, a conta de luz no Brasil volta a ter cobrança extra, o que aumentará o custo do fornecimento de energia. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica apontou que o consumo de energia no país cresceu 8% em maio, totalizando 70.207 MW médios. O aumento é atribuído ao calor registrado em praticamente todo o território nacional, um fenômeno atípico para o mês de maio, que tradicionalmente apresenta temperaturas mais baixas. A combinação de mais calor e menos chuva elevou o consumo de energia. O levantamento revelou que Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Amazonas lideraram o consumo de energia, enquanto Rondônia e Rio Grande do Sul foram os únicos estados a registrar queda. A redução no Rio Grande do Sul é consequência da crise climática que afetou a região. Setores como madeira, papel e celulose consumiram mais energia em comparação com o mesmo período de 2023, enquanto a indústria têxtil, o setor de químicos e o de veículos apresentaram declínio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que, a partir de julho, a bandeira amarela será aplicada na conta de luz, resultando em um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. O baixo índice de chuvas previsto para a época implica no aumento de custos de operação do sistema de geração de energia das hidrelétricas. A última alteração na bandeira tarifária ocorreu em abril de 2022. A decisão da ANEEL reflete a severa seca que afeta principalmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste, com preocupações sobre focos de incêndio no Pantanal.

Transformador explode e deixa moradores sem energia elétrica no Centro de Campos

Um transformador de energia elétrica explodiu na noite desta quarta-feira (21), próximo da antiga Faculdade de Direito de Campos (FDC), na área central. Com a explosão, um carro foi atingido e alunos e moradores ficaram sem luz por horas. Por sorte, ninguém ficou ferido. De acordo com uma testemunha, a concessionária esteve na tarde de hoje fazendo reparos no transformador que explodiu após os funcionários irem embora. ” Depois a concessionária mexeu no poste, o barulho chamou a atenção dos alunos da FDC, a luz caiu e pessoas relataram que um carro pode ter sido danificado. Alunos foram prejudicados com a falta de energia elétrica, as aulas tiveram que ser paralisadas”, disse uma pessoa que prefeiriu não se identificar. A empresa informou que os reparos foram realizados.

Conta de luz: bandeira tarifária verde é mantida para dezembro

O consumidor não pagará taxa extra sobre a conta de luz em dezembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde para o próximo mês para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Segundo a Aneel, na ocasião a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios. O nível de armazenamento dos reservatórios, informou a agência reguladora, atingiu 87% em média no início do período seco, o que explica o cenário favorável do momento. Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado em junho de 2022 pela Aneel. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses. Em agosto, a Aneel aprovou uma consulta pública para baratear as bandeiras tarifárias em até 36,9%. O órgão citou três fatores para justificar a redução: reservatórios cheios, expansão de energia eólica e solar e queda no preço internacional dos combustíveis fósseis. Bandeiras Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh. O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

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