Segunda morte provocada pela chikungunya neste ano é confirmada em Campos

O município de Campos confirmou a segunda morte provocada pela chikungunya neste ano. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, entre 1º de janeiro de 2024 e 10 de agosto de 2024, foram contabilizadas 18.602 notificações para dengue e 1.196 para chikungunya. O município segue sem notificação para zika vírus. A vítima fatal da chikungunya é um paciente de 68 anos, morador do Jóquei Clube. O óbito ocorreu no dia 20 de junho e a investigação foi encerrada na última semana pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS). O paciente do sexo masculino tinha comorbidades e chegou a ser internado no Hospital Ferreira Machado (HFM). “Trata-se de um paciente idoso, então, a gente lembra que os extremos de idade, principalmente pacientes idosos, têm um fator de risco para o desenvolvimento de uma doença mais grave causada, não só pelo vírus da chikungunya, mas também o da dengue. Então, fica o alerta para a população, sobre continuar as medidas de segurança contra a proliferação dos vetores, principalmente para aqueles que tenham idosos e crianças pequenas em casa, assim como pacientes com comorbidades”, recomendou o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro. A primeira morte por chikungunya no município foi de um idoso de 72 anos, morador de Tocos, na Baixada Campista. O número de óbitos por dengue confirmados permanece em quatro, sendo os pacientes de 77, 64, 62 e 25 anos, dos bairros Centro, Travessão, Donana e Parque Guarus. ESTRATIFICAÇÃO MENSAL Pela estratificação mensal, em agosto, foram 6 notificações para chikungunya; em julho, foram 51 notificações; em junho, 187; em maio, foram 355; abril, 319; março, 162; fevereiro, 68; e janeiro, 48. Para dengue, em agosto, foram 8 notificações; em julho, 623; junho, 1.796; maio, 2.646; abril, 3.692; março, 5.224; fevereiro, 3.738; e janeiro, 875. O subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, relembra que a prevenção às arboviroses é um ato individual de cada cidadão, pois 80% dos focos do mosquito transmissor dessas doenças estão dentro das residências. “Devemos cuidar da nossa casa, dos focos de água, até mesmo a aguinha que a gente dá para o nosso cachorrinho tem que ser trocada diariamente, e não acumularmos água no nosso quintal. Além disso abrirmos a nossa casa para o agente de endemias, isso é muito importante para que ele possa fazer o trabalho de colocação de venenos contra a proliferação de larvas e também que os ovos eclodam e tenham facilidade para virar um mosquito adulto”, orientou Charbell. Ainda de acordo com o especialista, novembro será um mês de muita preocupação por conta da dengue. “Estamos em uma trégua, pouquíssimos casos. Em agosto, com oito casos confirmados. Julho foi um mês atípico, com quase 700 casos, mas sabemos que essa é uma trégua momentânea, daqui a três meses tudo voltará de novo. Portanto, fiquem atentos e preparados, pois podemos ter uma nova onda de dengue no final do ano”, salientou. Segundo Charbell, o Ministério da Saúde deve sinalizar em breve quais serão os municípios polo a receberem a vacina contra a dengue e a expectativa é de que Campos seja contemplado e possa iniciar a imunização de adolescentes antes de novembro.
Após mortes por febre maculosa, Saúde de Campos alerta sobre doença

A Secretaria Municipal de Saúde de Campos (SMS) fez um alerta para a população sobre como é necessário que os moradores fiquem atentos e evitem contato direto com o carrapato do gênero Amblyomma sculptum, mais conhecido como carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. A pasta vem intensificando o trabalho de controle da doença, causada pela bactéria do gênero Rickettsia rickettisii, capacitando os profissionais da rede pública de saúde e conscientizando os munícipes.O município tem atualmente quatro casos de febre maculosa, sendo dois deles com evolução para óbito: um adolescente de 13 anos, morador de Goitacazes, e um homem de 37 anos, que residia na localidade de Santo Amaro, na Baixada Campista. Também há um óbito em investigação de um adulto, do sexo masculino, de 59 anos, morador de Babosa. Em 2023 foram confirmados oito casos da doença, sendo que quatro evoluíram para óbito.“A Vigilância está fazendo treinamentos com as equipes da nossa rede para estarem cada vez mais atentas aos sinais e sintomas dos pacientes suspeitos e, com isso, pretendemos aumentar a sensibilidade da nossa vigilância, fazer o diagnóstico preciso e instituir o tratamento adequado”, disse o diretor da subsecretaria, o infectologista Rodrigo Carneiro. ORIENTAÇÃO A orientação da Vigilância em Saúde é para que pessoas que morem em Local Provável de Infecção (LPI) usem macacão ou calça e camisa de mangas longas, de preferência na cor clara, facilitando a visualização de carrapatos, além disso, utilizem fita adesiva prendendo a bainha da calça ou macacão com a bota, impedindo a entrada dos parasitas.No caso de encontrar carrapato fixado à pele, o médico recomenda não espremer com as unhas para que não haja contaminação. O ideal é retirá-lo com calma, através de leves torções, com auxílio de uma pinça que deverá prender o aparelho bucal e não o corpo do parasita. SINTOMAS Os principais sintomas da febre maculosa são febre alta, dores de cabeça intensas, dor muscular e articular, dor abdominal, diarreia, exantema e alterações na urina, que pode ficar mais concentrada. Eles costumam aparecer entre dois e 14 dias após a picada do carrapato infectado. Entre os animais que podem hospedar a bactéria estão cavalos, capivaras, marsupiais (gambá) e cães que circulam em região com infestação e transportando o carrapato-estrela infectado. “O tempo entre a picada e o início dos primeiros sintomas varia de dois a 14 dias, com média de sete dias. Quando não tratada, a letalidade da doença pode passar de 80%. Portanto, se houver contato com carrapatos e se apresentar algum dos sintomas descritos, deve-se procurar imediatamente atendimento médico, para que exames mais detalhados possam ser feitos, tentando a identificação da doença”, concluiu Rodrigo Carneiro.
Secretaria de Saúde de Campos alerta sobre cuidados com doenças transmitidas pelos alagamentos

Os últimos dias em Campos foram marcados por um grande volume de chuva e, com isso, as enchentes, cuja água contaminada contribui significativamente para o surgimento de várias doenças. As principais doenças transmitidas após contato com água não tratada, principalmente de enchentes e águas de chuva, são leptospirose, hepatite A, gastroenterite e infecções cutâneas, inclusive micoses. A água parada favorece a proliferação de vetores, como o caso do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Além disso, água de chuva carrega lama, lixo e esgoto, podendo levar a infecções (em razão da ingestão ou pelo contato direto), como leptospirose (transmitida pela urina de ratos), hepatite A, além de diarreias e algumas doenças cutâneas. De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro, é importante ficar atento aos riscos de contaminação e se prevenir. “A população deve evitar ao máximo possível o contato com água de enchentes ou de alagamentos. Porém, caso o contato seja inevitável, o correto é proteger a superfície da pele e imediatamente após esse contato fazer a antissepsia com água e sabão e se possível também aplicar álcool 70% na superfície da pele. Além disso, logo após o contato, as pessoas devem ficar atentas para o aparecimento principalmente de mal estar e febre, caso esses sintomas apareçam devem procurar assistência médica o mais rápido possível e evitar o automedicamento”, disse o infectologista. DOENÇAS CAUSADAS POR ENCHENTES LEPTOSPIROSE – A leptospirose é uma doença febril de início agudo com dores pelo corpo, dor de cabeça, além disso, podendo haver sangramentos, principalmente quando acomete os rins, diminuindo a função renal e podendo causar lesão hepática, sendo essa a principal causa de óbito por leptospirose. HEPATITE A – A hepatite A é uma doença de início insidioso, o paciente fica com mal estar, além da possibilidade de febre, dor abdominal, náuseas e vômitos. GASTROENTERITE – As gastroenterites têm início também abrupto, com dor abdominal, diarreia líquida, náuseas e vômitos. Normalmente ela é autolimitada, dura poucos dias e se resolve espontaneamente. INFECÇÕES CUTÂNEAS – As infecções cutâneas vão se caracterizar pelo local da pele que entrou em contato com água contaminada. Depois de alguns dias, o paciente pode ter uma vermelhidão no local, coceiras e isso pode se espalhar para o resto do corpo. Rodrigo Carneiro alertou a população, ainda, para os cuidados com o mosquito Aedes aegypti, após o período de chuvas prolongadas. “Essa chuva certamente vai deixar uma considerável quantidade de água estagnada em locais próximos às residências ou terrenos, ou dentro da própria residência. E, assim que possível, a população deve vasculhar esses locais para evitar que essa água permaneça parada. Uma outra lembrança importante para quem teve a casa alagada, depois que a água sair, deve ser feita a limpeza da casa. Após a limpeza com água e sabão, deve também ser aplicado algum produto antisséptico, principalmente água sanitária, para fazer a inativação de possíveis agentes de doenças infecciosas”.