Conta de luz deve seguir mais cara até o fim do ano

A conta de luz dos brasileiros deve continuar mais cara até o final de 2024, com a cobrança de bandeira amarela ou vermelha — que adicionam um valor extra às tarifas. A previsão é do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (18). Para Feitosa, há uma “grande tendência de que ela [a bandeira tarifária] permaneça entre amarela e vermelha até o fim do ano”. Atualmente, a bandeira tarifária cobrada é a “vermelha patamar 1”, que representa um valor extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh). O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado). O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para sinalizar o custo da geração de energia. Quando o custo de produção aumenta, com o acionamento de usinas termelétricas, a bandeira muda de cor. “Aquela bandeira que é acionada, é acionada para fazer frente ao custo que vem. Então, se a bandeira vem vermelha, nós vamos sinalizar a necessidade de arrecadar um recurso tal para fazer jus àquele custo”, explicou Feitosa. O diretor-geral da Aneel afirma que o país vai entrar em “um momento mais estressante”, mas o saldo da conta bandeira —​ que recebe os valores pagos na conta de luz —​ poderia ajudar a reduzir o impacto aos consumidores.

Conta de luz ficará mais cara em setembro

A bandeira tarifária de energia elétrica em setembro será vermelha patamar 2. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a previsão de escassez de chuvas e o clima seco com temperaturas altas motivaram o acionamento de usinas térmicas, aumentando os custos da operação do sistema elétrico. Esta é a primeira vez em pouco mais de três anos que a bandeira vermelha patamar 2 é acionada, a última foi em agosto de 2021. Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e interrompida apenas em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto. O anúncio da Aneel, nessa sexta-feira (30), sinaliza maiores custos para a geração de energia elétrica, com um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Com a previsão de chuvas abaixo da média no próximo mês, o volume de água nos reservatórios das hidrelétricas do país também deve ficar cerca de 50% abaixo da média. “Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, explicou a Aneel. Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas. As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior, e a verde, sem custo extra. Segundo a Aneel, as bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. “Ao saber do valor adicional antes do início do mês, ele pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, avalia a agência. “Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais”, acrescentou.

Conta de luz voltará a ficar mais cara neste mês

Pela primeira vez em mais de dois anos, a conta de luz no Brasil volta a ter cobrança extra, o que aumentará o custo do fornecimento de energia. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica apontou que o consumo de energia no país cresceu 8% em maio, totalizando 70.207 MW médios. O aumento é atribuído ao calor registrado em praticamente todo o território nacional, um fenômeno atípico para o mês de maio, que tradicionalmente apresenta temperaturas mais baixas. A combinação de mais calor e menos chuva elevou o consumo de energia. O levantamento revelou que Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Amazonas lideraram o consumo de energia, enquanto Rondônia e Rio Grande do Sul foram os únicos estados a registrar queda. A redução no Rio Grande do Sul é consequência da crise climática que afetou a região. Setores como madeira, papel e celulose consumiram mais energia em comparação com o mesmo período de 2023, enquanto a indústria têxtil, o setor de químicos e o de veículos apresentaram declínio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que, a partir de julho, a bandeira amarela será aplicada na conta de luz, resultando em um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. O baixo índice de chuvas previsto para a época implica no aumento de custos de operação do sistema de geração de energia das hidrelétricas. A última alteração na bandeira tarifária ocorreu em abril de 2022. A decisão da ANEEL reflete a severa seca que afeta principalmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste, com preocupações sobre focos de incêndio no Pantanal.

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