26 de julho de 2024 21:38
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Inmet alerta para onda de calor no Rio de Janeiro com riscos à saúde

Moradores de diversos municípios do Rio de Janeiro devem enfrentar uma onda de calor até o domingo (5), inclusive com riscos à saúde. O alerta é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que prevê temperaturas 5º Celsius (C) acima da média por período de três a cinco dias, a contar de quarta-feira (1º). O alerta, classificado como perigo, abrange municípios nas regiões metropolitana, sul, noroeste, norte, centro fluminense e baixadas. Para o estado do Rio de Janeiro, o instituto prevê para esta quinta-feira (2) temperatura máxima de 37ºC. Na sexta-feira (3), o dia deve ficar mais quente ainda, com máxima de 38ºC. Com o alerta, o Rio de Janeiro se junta à lista de seis estados que já vivenciavam uma onda de calor ainda mais severa, de grande perigo, iniciada no dia 27 de abril e prevista para durar até o início da noite deste sábado (4): Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Cuidados Ondas de calor podem impactar a saúde de toda a população, em especial idosos, crianças, pessoas com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação, diabéticos, gestantes e população em situação de rua. Com as ocorrências cada vez mais frequentes desse fenômeno climático, o Ministério da Saúde disponibiliza um portal com orientações para as pessoas se protegerem. Confira as principais recomendações: Sol e calor Evite a exposição direta ao sol, em especial, de 10h às 16h; se expor ao sol sem a proteção adequada contra os raios ultravioleta deixa a pele vermelha, sensível e até com bolhas. Use protetor solar; use chapéus e óculos escuros (especialmente pessoas de pele clara); proteja as crianças com chapéu de abas; use roupas leves e que não retêm muito calor; diminua os esforços físicos e repouse frequentemente em locais com sombra, frescos e arejados; em veículos sem ar-condicionado, deixe as janelas abertas; não deixe crianças ou animais em veículos estacionados. Hidratação Aumente a ingestão de água ou de sucos de frutas naturais, sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede; evite bebidas alcoólicas e com elevado teor de açúcar; faça refeições leves, pouco condimentadas e mais frequentes. recém-nascidos, crianças, idosos e pessoas doentes podem não sentir sede. Ofereça-lhes água. Cuidados coletivos Se possível, feche cortinas e/ou janelas mais expostas ao calor e facilite a circulação do ar; abra as janelas durante a noite; utilize menos roupas de cama e vista-se com menos roupas ao dormir, sobretudo, em bebês e pessoas acamadas; informe-se periodicamente sobre o estado de saúde das pessoas que vivem só, idosas ou com dependência que vivam perto de si e ajude-as a protegerem-se do calor; mantenha ambientes úmidos com umidificadores de ar, toalhas molhadas ou baldes de água. Cuidados com a saúde Mantenha medicamentos abaixo de 25º C na geladeira (ler as instruções de armazenamento na embalagem); procure aconselhamento médico se sofrer de uma doença crônica condição médica ou tomar vários medicamentos; busque ajuda se sentir tonturas, fraqueza, ansiedade ou tiver sede intensa e dor de cabeça; se sentir algum mal-estar, busque um lugar fresco o mais rápido possível e meça a temperatura do seu corpo e beba um pouco de água ou suco de frutas para reidratar; no período de maior calor, tome banho com água ligeiramente morna. Evite mudanças bruscas de temperatura.

Ministério da Saúde reforça orientações diante da onda de calor

A onda de calor que tem atingido o estado do Rio de Janeiro e várias outras regiões do Brasil, deve permanecer até quarta-feira (20), e com isso, é necessário que os brasileiros fiquem atentos com algumas recomendações. A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador, Agnes Soares, explica que o calor em excesso pode ser muito prejudicial à saúde humana. “Idosos, crianças, mulheres grávidas, recém-nascidos, pessoas doentes ou acamadas são vulneráveis e merecem mais atenção. Idosos e crianças, por exemplo, têm muita dificuldade de reconhecer a sede. Por isso, é necessário oferecer água com muito mais frequência a eles”, recomenda Agnes. O Ministério da Saúde também alerta para o cuidado com a exposição excessiva ao sol, que pode provocar insolação. Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40o C, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar. O quadro merece especial atenção porque com o aumento rápido da temperatura corporal, a pessoa acaba perdendo muita água, sais e nutrientes importantes para a manutenção do equilíbrio do organismo. A prevenção da insolação é possível com algumas medidas simples, como: Evitar permanecer sob o sol entre 10h e 16h. Além de insolação, a grande exposição ao sol, com frequência, pode provocar também o câncer de pele; Usar roupas leves, de cores claras e que não fiquem apertadas ao corpo; Usar protetor solar com FPS 30 ou mais e evite queimaduras na pele; Beber muitos líquidos, para evitar a desidratação. Prefira água, água de coco e sucos de frutas naturais; Ter muito cuidado com as bebidas alcoólicas que, em excesso, causam desidratação. Fatores de risco Os cuidados se estendem especialmente a pessoas que vivem com fatores de risco, como: doenças transmissíveis ou crônicas, principalmente doenças cardiovasculares, respiratórias, renais, metabólicas, endócrinas, psiquiátricas, além de diabetes, hipertensão, obesidade, câncer, entre outras condições crônicas preexistentes. Os trabalhadores ao ar livre, que ficam mais expostos ao calor por períodos prolongados, também devem redobrar os cuidados. As orientações para a população e para os profissionais de saúde durante o período de calor estão disponíveis em nota técnica publicada pelo ministério. No documento, a pasta informa que, como as ondas de calor são eventos extremos cada vez mais frequentes e severos, é importante que sejam realizados, nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), planos e estratégias para o enfrentamento desses eventos.

Onda de calor no Brasil vai até quarta-feira, diz meteorologista

As temperaturas seguem altas no Brasil, depois que foi iniciada uma onda de calor sufocante nos últimos dias. O calor deve permanecer esquentando o país até a próxima quarta-feira (20), dia em que começa o outono no hemisfério Sul. Neste domingo (17), o meteorologista Guilherme Borges, da Climatempo, afirmou que o pico da onda de calor foi neste fim de semana. No Rio de Janeiro, por exemplo, a temperatura ficou perto dos 40ºC e a sensação térmica chegou a 60,1ºC, a maior da série histórica medida pelo Alerta Rio. “As temperaturas devem dar uma aliviada a partir de quarta-feira, mas é importante ressaltar que vai ser um começo de outono bem quente”, diz Borges. O meteorologista acrescenta que, nos próximos dias, pode haver um leve aumento nas chuvas, mas longe do padrão das “águas de março”. “Essa massa de ar quente que atua conosco deve perder um pouco de intensidade, aí a pista fica mais livre para formar aquelas instabilidades, que é a combinação do calor com a umidade que a gente tem ao longo do dia. A gente pode ter as pancadas de chuva retornando, mas vai ser um final de março e um início de outono de muito calor e pouca chuva.” Segundo Borges, a região Sul já começou a ter uma leve diminuição das temperaturas. “Na sexta-feira [15] veio uma frente fria um pouco mais intensificada que conseguiu ingressar e favoreceu para empurrar essa massa de ar quente para o Sudeste.”

Sensação térmica no Rio pode passar de 50ºC nesse fim de semana. Veja os cuidados!

O fim de semana na capital do Rio de Janeiro deve ser de forte calor, com sensação térmica superior aos 50°C. A previsão é do Sistema Alerta Rio, serviço de meteorologia da prefeitura. O motivo é a presença de uma massa de ar quente que atua em todo o estado. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o estado do Rio está no alerta amarelo, com temperaturas 5º C acima da média por dois a três dias consecutivos. Esta sexta-feira (15) já foi um indicativo do que os cariocas podem esperar para o sábado e o domingo. Às 10h35 a sensação térmica registrada no bairro de Guaratiba, zona oeste, foi de 57,5°C. A previsão é de céu claro a parcialmente nublado até segunda-feira (18), sem ocorrência de chuvas. As temperaturas ficarão elevadas e estáveis, com máximas acima de 37°C. As temperaturas estarão elevadas, principalmente no domingo e na segunda-feira, quando podem ficar perto de 40° C, e as sensações térmicas passarem de 50° C em alguns pontos da cidade, disse a meteorologista chefe do Sistema Alerta Rio, Raquel Franco. Por isso é muito importante que a população se mantenha hidratada e evite exposição ao sol no horário entre 10h e 17h, alertou Raquel. Cuidados com a saúde A Secretaria Municipal de Saúde também reforçou medidas de cuidado e prevenção para as pessoas que têm situação de saúde mais vulnerável, como os que tomam remédios de uso contínuo, especialmente pessoas hipertensas, diabéticas e com insuficiência cardíaca. Essas pessoas sofrem mais riscos de passar mal pausa das altas temperaturas e de ter problemas mais graves, caso a saúde não esteja estabilizada. A recomendação é manter os medicamentos em dia e evitar exposição excessiva ao sol. Onda de calor no país Nove estados estão sendo afetados pela atual onda de calor. No caso de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, há “potencial perigo” para elevação de temperaturas. No Paraná, em São Paulo, Mato Grosso do Sul, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a classificação é de “grande perigo”. De acordo com o Inmet, a Defesa Civil deve ser contatada pelo número 199 em caso de problemas causados pela onda de calor. Ao todo, 1.066 municípios desses estados poderão ser atingidos pelo aumento de temperatura, que começou às 14h de quinta-feira (14) e deverá continuar até as 18h de sábado (16).

Carnaval vai ter onda de calor e chuva

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas para o período de carnaval, de sábado (10) até terça-feira (13), em praticamente todo o país, mas com variações de intensidades em cada região. Para o segundo dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo, neste sábado, e os dois dias de desfiles na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, respectivamente domingo (11) e segunda-feira (12), o tempo deve ficar firme. Na terça-feira, a capital fluminense seguirá com céu claro, sem previsão de chuvas. Em São Paulo, no domingo, o dia será ensolarado, com tempo abafado e temperaturas que alcançarão os 34°C, a mais alta do feriado prolongado. Outras localidades, com tradição carnavalesca, terão momentos chuvosos. Em Salvador, os foliões dos trios de axé music terão de encarar a possibilidade de trovoadas, céu nublado e pancadas de chuvas, que poderão aliviar o calor com temperatura máxima de 33°C neste sábado. No Recife e Olinda (PE), a estimativa é de temperaturas elevadas. O pico será neste sábado: 31°C para esquentar o dia de quem for ver o Galo da Madrugada, que em 2024, tem a crista grisalha, no alto dos 28 metros da escultura símbolo do carnaval da capital pernambucana. Para os demais dias, o Inmet aponta tempo nublado e com chuvas isoladas aos entusiastas de troças e frevos. Em Belo Horizonte, Diamantina e Ouro Preto, alguns dos destinos mais animados de Minas Gerais, há possibilidade de chuvas isoladas e rápidas e céu nublado. Os foliões vão encarar o carnaval de rua com altas temperaturas. Na capital mineira, por exemplo, os termômetros vão bater nos 32°C. No centro do país, em Brasília e Goiânia, a recomendação é sair com galochas e guarda-chuva neste carnaval. A previsão para a capital federal é de nuvens e pancadas de chuva com trovoadas de sábado à segunda-feira. Na terça-feira, o sol deve sair, tempo abafado para fechar o feriado do Momo. Chuvas De forma geral, o carnaval vai ser quente no centro ao sul do país; e do centro ao norte, terá mais chuvas. A meteorologista do Inmet, Andréa Ramos, considera este padrão de chuvas normal para a estação. “Estamos no verão. O calor e a umidade típica favorecem as chuvas. Fevereiro ainda é um mês chuvoso e a gente está na época mais chuvosa. Então, é normal termos essas condições de tempo, com essas chuvas constantes acontecendo no país.” No Sul, calor, sensação de abafamento e temporais irão predominar nos próximos dias, devido a uma massa de ar quente com gradual aumento de umidade. Até domingo (11), a onda de calor deve trazer máximas entre 35°C e 40°C, pelo menos, entre o norte do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina e Paraná, áreas com predomínio de sol durante o dia. No fim da segunda-feira e decorrer da terça, uma frente fria se desloca pelo estado gaúcho, ajudando a intensificar a instabilidade e diminuir as temperaturas na maior parte das áreas do Sul do Brasil. O calor, alta umidade do ar e ventos também devem provocar instabilidade e chuvas, especialmente, no Centro-Norte do Brasil, tanto no sábado, quanto no domingo. A principal área fica concentrada entre Mato Grosso, Goiás, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, além do oeste da Bahia, na serra do Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro. Na Região Norte, pontualmente, no Amazonas. O meteorologista do Inmet, Olívio Batista, explica sobre a instabilidade nesta região. “Podemos ter severidade e até alguns volumes em áreas da faixa norte, leste e nordeste de Minas Gerais, Espírito Santo, além do sul e do litoral do estado baiano. Vem chovendo nos últimos dias por lá. O solo está encharcado e o nível dos rios ainda é elevado. Então, qualquer chuva naquela região pode provocar algum impacto, inclusive, em áreas próximas ao recôncavo baiano.” Na segunda-feira e terça-feira de carnaval, os mapas de chuva não terão muitas mudanças em relação ao fim de semana. Mas, os volumes de chuvas devem ser maiores no interior e ficam concentrados em áreas de Goiás e Mato Grosso. No Pará e Rondônia, o Inmet alerta que os volumes de chuvas podem superar 80 mm até 100 mm por dia. Os acumulados de chuvas também serão expressivos nos dois últimos dias de Carnaval na faixa próxima ao litoral do Pará, no Amapá e até a parte norte do Maranhão, litoral do Piauí e do Ceará. De acordo com Andréa Ramos, o fenômeno El Niño ainda tem influência forte no verão brasileiro, ao aquecer as águas do Oceano Atlântico. “O El Niño está, ainda, com uma intensidade forte. Em janeiro, ele proporcionou, mais uma vez, aquele mês mais crítico. Mas, quando for em fevereiro, a intensidade do El Niño deve diminuir. A partir de agora, ele começa a diminuir a tal ponto que deve finalizar no outono, em meados de maio, quando já entra numa fase neutra, quando não há influência do El Niño, nem do La Niña”, conclui a meteorologista

Rio de Janeiro tem segunda maior sensação térmica do verão: 53,4°C

A cidade do Rio de Janeiro registrou a segunda maior sensação térmica do verão na manhã desta quinta-feira (11), com 53,4 graus Celsius (°C), segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio. O dia mais quente deste verão continua a ser o feriado de Natal, 25 de dezembro, quando a sensação térmica chegou a 55 °C. Assim como no dia mais quente do verão, nesta quinta-feira o bairro com a maior sensação térmica foi Guaratiba, na zona oeste, e o recorde foi registrado pela manhã. A sensação térmica é um parâmetro que combina a temperatura e a umidade do ar, e quanto mais elevadas forem essas variáveis, maior será essa sensação. Diante da previsão de dia de calor intenso, a prefeitura recomenda que a população beba bastante água, use roupas leves e protetor solar. Também é importante evitar atividades físicas ao ar livre das 10h às 16h. Uma alimentação saudável, com frutas, legumes e verduras, é outro ponto importante. Nesta quinta-feira, o tempo ficará instável na cidade do Rio, por conta de instabilidades em médios e altos níveis da atmosfera. Apesar do tempo ensolarado nesta manhã, o céu deve variar entre parcialmente nublado e nublado, com previsão de pancadas de chuva rápidas e isoladas na tarde e noite.

Forte calor pode durar até abril de 2024 no Sudeste

A onda de calor sentida nos últimos dias nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país sofre influência do fenômeno El Niño, segundo apontam pesquisadores. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) estima que os efeitos do El Niño devem ser sentidos pelo menos até abril do próximo ano. “Tudo indica que teremos um verão extremamente quente. É um El Niño de intensidade muito forte que, juntamente com o aquecimento global, produz esses efeitos que nós estamos vendo”, diz o coordenador da Rede Clima da Universidade de Brasília (UnB), Saulo Rodrigues Pereira Filho. Como efeitos do fenômeno climático, ele cita ainda a seca no Amazonas, as chuvas intensas no Sul do país e o calor extremo no Sudeste e no Centro-Oeste. Os termômetros do Rio de Janeio já haviam superado os 40°C em algumas ocasiões nesta semana. Na capital fluminense, a sensação térmica superou os 58°C nesta terça-feira (14). Já no Centro-Oeste, dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relativos a ontem indicaram que Cuiabá foi a capital mais quente do país. Ricardo de Camargo, meteorologista do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) também crê que essa onda de calor intensa pode se repetir. “Realmente podemos enfrentar situações parecidas como essa justamente por conta da influência do El Niño. É bem provável que a gente tenha as condições propícias para o acontecimento de novas ondas de calor. O que não dá para fazer é uma antecipação tão fidedigna e tão assertiva de quando isso pode acontecer.” O fenômeno El Niño é caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de Leste para Oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. As mudanças na interação entre a superfície oceânica e a baixa atmosfera têm consequências no tempo e no clima em diferentes partes do planeta. Isso porque a dinâmica de circulação das massas de ar adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas.

Brasil registra recorde de temperatura pelo quarto mês seguido e Inmet emite alerta

A temperatura média no Brasil atingiu nível recorde pelo quarto mês seguido em outubro. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre julho e outubro, a diferença entre o valor registrado e a média histórica – variação que é tecnicamente chamada de “desvio” – foi superior a 1 grau Celsius (°C). De acordo com o levantamento do Inmet, no mês passado, a temperatura média observada no Brasil ficou em 26,4°C. O resultado foi 1,2°C acima da média histórica para o mês (25,2°C). “Dentre os quatro meses consecutivos mais quentes deste ano, setembro apresentou o maior desvio desde 1961, com 1,6ºC acima da climatologia de 1991/2020 (média histórica)”, informou o Inmet. Naquele mês, a temperatura média registrada ficou em 25,8°C, enquanto a média histórica estava em 24,2°C. Em agosto deste ano, a temperatura média ficou em 24,3°C – resultado 1,4°C acima da média histórica (22,9°C) e, em julho, a média observada (23°C) estava mais de 1°C acima da média histórica (21,9°C). O Inmet acrescenta que esses meses “foram marcados por calor extremo em grande parte do país e eventos de onda de calor, reflexo dos impactos do fenômeno El Niño [aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial], que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta”. O aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos também contribui para eventos cada vez mais extremos. “O cenário indica que o ano de 2023 será o mais quente desde a década de 60. Estes resultados corroboram com as perspectivas encontradas por outros órgãos de meteorologia internacional, pois, segundo pesquisadores do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, é improvável que os dois últimos meses deste ano revertam este recorde, tendo em vista que a tendência é de altas temperaturas em todo o mundo até novembro”, acrescentou o Inmet. Alerta de calor O calor deve continuar nos próximos dias. Diante da situação, o Inmet emitiu um alerta no qual prevê uma nova “onda de calor” que atingirá especialmente o interior do Brasil. “O aviso meteorológico especial de nível amarelo (perigo potencial) de onda de calor abrange áreas do Centro-Oeste e Sudeste do País e é válido até, pelo menos, a próxima sexta-feira (10)”, detalhou, em nota, o instituto ao explicar que o nível amarelo “é emitido quando a previsão indica que as temperaturas devem ficar 5ºC acima da média pelo período de dois a três dias consecutivos”. O Inmet acrescenta que a expectativa é que o “forte calor” continue, pelo menos, até meados da próxima semana. Contudo, a área de abrangência do fenômeno deve sofrer alterações. “A partir do sábado (11), se a situação persistir, o aviso de onda calor será atualizado e poderá se expandir ou até mesmo ter o seu nível de severidade alterado. Em alguns municípios, principalmente dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas devem superar os 42°C nos próximos dias”, complementou o instituto.

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