Casos de bronquiolite têm aumento de 34% no estado do Rio

Os casos de bronquiolite subiram 34% no estado do Rio de Janeiro nas últimas duas semanas, atingindo principalmente os bebês de 1 mês a 2 anos de idade. O vírus sincicial respiratório (VSL) permanece como um dos principais agentes infecciosos, provocando o aumento de internações na rede pública do estado. “A bronquiolite é uma condição clínica causada pela inflamação do bronquíolo terminal, responsável pela troca gasosa e pela oxigenação. Quanto menor for a criança, mais grave pode ser o quadro de bronquiolite. Isso porque uma via aérea pequena pode ficar muito mais comprometida com secreção e inflamação. O que num adulto seria apenas um resfriado comum, pode causar sérios danos a um bebê, especialmente nos menores de um ano”, explica a pediatra da Secretaria de Estado de Saúde, Fernanda Fialho. A especialista alerta sobre os sinais que podem servir como alerta de agravamento da doença: prostração extrema, recusa alimentar, dificuldade para mamar, além de dificuldade para respirar. “Caso o bebê apresente qualquer um desses sintomas, é hora de procurar uma emergência”, explicou a pediatra. A bronquiolite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza, parainfluenza e adenovírus. O VSR é o principal agente infeccioso da bronquiolite, mas ainda não há vacina disponível para crianças. Entretanto, a imunização contra a Influenza e Covid-19 está disponível nos postos e impacta positivamente na contenção desses casos, que seguem aumentando nas unidades de saúde. A secretaria está promovendo uma série de capacitações para profissionais de saúde que atuam nas emergências das unidades da rede estadual e para médicos dos 92 municípios do estado que trabalham na Atenção Primária.

Casos de bronquiolite aumentam em quase 6 vezes no estado do Rio

Um levantamento feito pelo Centro de Inteligência em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontou que, em um intervalo de três semanas, o número de solicitações por leitos para bronquiolite aumentou em quase 6 vezes. O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes por outras causas também aumentou, passando de 228 para 366 registros no mesmo período. Na semana epidemiológica 11, que foi do dia dez ao dia 16 de março, foram registrados 16 pedidos por leitos para bronquiolite. Já na semana epidemiológica 15, correspondente ao período entre o dia sete e 13 de abril, o levantamento registrou 94 pedidos. Segundo a SES, é importante ficar atento aos sintomas da bronquiolite, que é mais comum em crianças menores, de até os dois anos de vida, e pode se tornar grave em pouco tempo se não tratada corretamente. Os sintomas mais comuns são coriza, tosse leve, febre persistente, respiração acelerada e com dificuldade e fadiga. A pasta também ressaltou que a imunização contra a Influenza impacta positivamente na contenção dos casos da doença. O principal agente infeccioso da bronquiolite é o vírus sincicial respiratório (VSR), mas ainda não há vacina disponível para crianças. Cerca de 2,5 milhões de doses de imunizante contra a gripe foram disponibilizadas aos 92 municípios fluminenses para serem aplicadas nas unidades de saúde. A campanha de vacinação contra a gripe começou em 25 de março e vai até o dia 31 de maio, tendo como meta atingir 90% de cobertura vacinal dos grupos prioritários, o que corresponde a 6,7 milhões de pessoas no estado do Rio. Até a última sexta-feira (19), haviam sido registradas 1.141028 aplicações da vacina, com cobertura de 16,17% dos grupos prioritários. No ano passado, o patamar ficou em 45%. Como medida preventiva, a SES ampliou a capacidade do Hospital Regional do Médio Paraíba Dra. Zilda Arns Neumann, em Volta Redonda, de 20 para 30 leitos de UTI pediátrica, podendo chegar a 40 conforme aumento dos casos. A secretaria alerta para que haja o cuidado com a hidratação e que os responsáveis procurem um médico para avaliar a administração de medicamentos. “Esse monitoramento é uma das medidas mais eficientes do CIS-RJ, capaz de nos evidenciar piora e melhora dos cenários rapidamente. Desta forma, ampliamos imediatamente a capacidade do Hospital Zilda Arns e, caso haja necessidade, vamos abrir leitos em outras unidades”, disse a secretária de Estado de Saúde do Rio, Claudia Mello.

Anvisa autoriza registro de vacina que previne bronquiolite em bebês

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro da vacina Abrysvo, da farmacêutica Pfizer. A dose combate o vírus sincicial respiratório (VSR), causador de infecções no trato respiratório, como a bronquiolite. A resolução foi publicada nesta segunda-feira (1º) no Diário Oficial da União. Em nota, a Anvisa destacou que a bronquiolite é uma inflamação dos brônquios que acomete com bastante preocupação crianças pequenas e bebês. O imunizante é indicado para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em crianças desde o nascimento até os seis meses de idade por meio da imunização ativa em gestantes. “Isso significa que, para a proteção das crianças, a aplicação da vacina deve ser feita nas mães, durante a gestação. A vacina não é aplicada diretamente nos bebês”, reforçou a agência. A dose também foi autorizada para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em pessoas com 60 anos ou mais, população também considerada de risco para a doença. A vacina Abrysvo é descrita como bivalente, já que é composta por dois antígenos da proteína de superfície F do VSR. A administração é intramuscular e em dose única. Segundo a Anvisa, o imunizante deve ser aplicado durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação. “Como todo medicamento, foram observados alguns efeitos colaterais na administração do imunizante, sendo os mais comuns: dor no local da vacinação, dor de cabeça e dor muscular”, destacou a agência. “Ainda assim, a totalidade das evidências apresentadas à Anvisa foi capaz de demonstrar que os benefícios da vacina são superiores aos seus riscos.” A Anvisa já havia autorizado o registro da vacina Arexvy, da farmacêutica GlaxoSmith Kline, também destinada à prevenção de doenças causadas pelo VSR, porém, com indicação restrita à população com idade superior a 60 anos.

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