Apape completa 25 anos de serviço para pessoas com deficiências em Campos
A Associação de Pais de Pessoas Especiais (Apape), instituição que presta serviços de proteção social especial para pessoas com deficiências e suas famílias, completou 25 anos nesta terça-feira (2) em Campos. Para comemorar os anos de trajetória, história e serviços prestados, a entidade realizou, em seu salão principal, um evento especial com celebração cristã feita pelo grupo Desperta Débora, a apresentação Arte em Movimento, que contou com a participação dos assistidos, e a 3ª Mostra de Neurodiversidade, uma exposição de quadros pintados pelos próprios usuários. O evento foi acompanhado pela primeira-dama Tassiana Oliveira; a presidente da instituição, Naira Peçanha; a secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Aline Giovannini; a subsecretária Paloma Campos, além dos assistidos, seus familiares e funcionários da Apape. Atualmente atendendo cerca de 400 famílias, a Apape, por meio de termo de parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano, é uma das seis Organizações da Sociedade Civil (OSCs) conveniadas à Prefeitura que prestam serviços socioassistenciais à população. “A gente está comemorando 25 anos de um trabalho muito sério e digno, porque, além de fazerem um trabalho de qualificação, fazem com que essas crianças sejam incluídas. Às vezes, a Prefeitura não consegue estar em todos os lugares, então, essas instituições fazem esse complemento. É de extrema importância essa parceria, esse trabalho em conjunto que fortalece as entidades para que a gente consiga atender com a qualidade que eles merecem”, disse a primeira-dama. Diariamente, são ministradas oficinas coletivas psicomotoras, arte, música e dança, no sentido de promover a evolução e independência. Todo o trabalho é acompanhado por uma equipe transdisciplinar, que inclui terapeutas, pedagogos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, médicos e neuropsicólogos. Para a presidente da instituição, Nayra Peçanha, a Apape comemora 25 anos de história com a qualidade do atendimento, característica que se deu, também, pela parceria com o município. “Antes de assumir o governo, o prefeito se reuniu com a gente e pediu para cuidar das pessoas. Hoje estamos mostrando esse reflexo vivo da nossa vida, da nossa sociedade, e da luta da Prefeitura para incluir a todos”, contou a presidente. O ponto alto da cerimônia de aniversário foi a apresentação dos assistidos, que puderam expor seus quadros na 3ª Mostra de Neurodiversidade. Além disso, na apresentação “Arte em Movimento”, com roupas e pinturas nos rostos, as crianças fizeram uma representação de pintores e desenhistas importantes para a história e cultura mundial, como a brasileira Tarsila do Amaral, Vincent Willem Van Gogh e a pintora mexicana Frida Kahlo. A mãe do pequeno Vitor Hugo, de 10 anos, acompanhou a apresentação. Ele, que estava representando o quadro “O Grito”, do norueguês Edvard Munch, foi motivo de orgulho para Sheila Lima. “Para mim, é uma conquista muito grande ver ele se apresentando para muita gente. Eu me emocionei bastante, porque ele chegou aqui sem interagir com ninguém, mas ele consegue fazer muitas coisas em sociedade”, disse a mãe. O financiamento feito pelo município para o ano de 2024 para seis Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que prestam serviços a pessoas com deficiência e suas famílias, inclusive a Apape, foi de pouco mais de R$ 6,2 milhões. O valor teve um aumento de 10% no valor pago per capita de cada tipo de serviço. “É muito gratificante ver essa apresentação e o empenho da instituição. A Apape tem uma parceria com SMDFHS para realizar, através de um termo, o serviço de Proteção Social Especial para as pessoas com deficiência e suas famílias. Esse serviço é voltado, especialmente, para cuidar dessas famílias, dar suporte, para que elas adquiram habilidades no dia a dia para lidar com essas crianças e diminuir a sobrecarga. Ao mesmo tempo, trabalhar com essas crianças para que elas tenham autonomia e se insiram na sociedade de forma plena. Essa parceria é fundamental para gente, porque é através dessas instituições que a gente oferta o serviço aos nossos usuários. No caso da Apape, os serviços são ofertados de forma esplêndida”, explicou a secretária Aline Giovannini.
Assistido da Apape passa em primeiro lugar em curso de informática do IFF de Campos
Assistido da Associação de Pais de Pessoas Especiais (Apape) de Campos desde os três anos de idade, o estudante Miguel Alves, de 15 anos, passou em primeiro lugar e conquistou uma vaga no curso de informática do Instituto Federal Fluminense (IFF), um dos mais concorridos da instituição, no Campus Centro. A partir de abril, o jovem vai cursar informática junto com o ensino médio. Com Transtorno do Espectro Autista (TEA) grau 1, além de ser muito estudioso, Miguel sempre foi considerado um menino com grandes habilidades, principalmente na arte, pelos quadros que pinta durante as aulas ministradas na Apape, que é uma das seis Organizações da Sociedade Civil (OSCs) conveniadas à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social e está há 24 anos realizando esse tipo de atendimento na cidade. Animada com a conquista do filho, Márcia Alves conta que o menino chegou na Apape com dificuldades de aprendizado, mas foram superadas pelo trabalho desenvolvido na instituição ao longo dos anos. “Ele não falava e tinha muita dificuldade psicomotora e também de aprendizado. Com sete anos e meio, com o tratamento dele e toda assistência que a Apape dá, Miguel voltou a falar e desenvolveu toda a parte intelectual. Hoje, com 15 anos, ele passou em primeiro lugar no curso de informática do IFF. Eu só tenho a agradecer a Deus e à Apape pela evolução dele em todos esses anos. Para mim, é uma grande vitória. Agora vamos para uma nova etapa”, disse a mãe do Miguel. No dia a dia da Apape são ofertadas oficinas coletivas psicomotoras, arte, música e dança, no sentido de promover a evolução e independência. Todo o trabalho é acompanhado por uma equipe transdisciplinar, que inclui terapeutas, pedagogos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, médicos e neuropsicólogos. “Esse é o resultado que temos quando os estímulos são realizados em sua plenitude, tanto na instituição quanto em casa, tendo em vista a importância da família nesse processo. Que essa nova etapa seja repleta de descobertas, de esperança e realizações. E nós, da Família Apape, ficamos honrados em poder ver o crescimento dessa família, a melhora da qualidade de vida e a manutenção da autonomia sendo alcançados de forma plena e efetiva. Parabéns, Miguel, pelo seu esforço. Parabéns, Márcia, por sempre estar disponível nessa luta e acreditando que o seu filho tem o potencial para brilhar”, disse a presidente da Apape, Naira Peçanha.