A movimentação do comércio nos dias anteriores à folia foi uma previsão que o carnaval seria celebrado, tendo sido, também, um alívio para muitos comerciantes da região, que em comparação ao Carnaval do ano passado nem puderam abrir suas lojas devido à pandemia, levando ao fechamento de diversos estabelecimentos.
O cancelamento de mais um Carnaval na região, não foi motivo para desanimar os foliões, que encontraram alternativas para comemorar, afinal, a folia não podia parar.
Na praia de Gargaú, em São Francisco de Itabapoana, familiares se organizaram em uma tradicional casa de veraneio, onde festejaram todos esses dias de folia em família e sem aglomerações.
Para Margareth Chalita, veranista de Gargaú, a tradição de comemorar o Carnaval vem de berço e já é tradição na família, ”Conhecemos Gargaú em 1976 e foi amor à primeira vista. Família grande e os laços iam aumentando a cada amigo que chegava, e amigo do amigo também. Vivemos aqui inúmeras histórias, vários blocos, carnaval de rua e a nossa casa, uma verdadeira festa. De geração em geração, essa tradição se mantém. Veio a pandemia, tempo de isolamento e reflexão. Tivemos que nos reinventar e aqui estamos. A família unida e uma felicidade gigante por isso. Superando dificuldades, diferenças, decepções e saudades.”, disse a foliã.
Mesmo a pandemia tendo restringindo mais uma vez a realização do Carnaval por conta das aglomerações, os foliões vêm se adaptando e conseguindo seguir as orientações de prevenção à Covid-19 até mesmo nos dias de folia. Se não teve bloco na rua e nem na Sapucaí, deu para improvisar a folia em casa.