Em uma coletiva de imprensa concedida na manhã desta sexta-feira (8), o delegado Carlos Augusto Guimarães revelou que as investigações sobre o caso de Eliana Tavares foram encerradas. As investigações concluíram que a mulher foi morta de forma proposital pelo filho Carlos Eduardo Aquino, que a matou atropelada no final de outubro.
De acordo com o delegado, o crime foi premeditado: “Apesar de negar em seu depoimento, ficou claro que Carlos Eduardo reconheceu o corpo da vítima como sendo de sua mãe. Não houve qualquer demonstração de remorso ou dor por sua parte. Ao contrário, ele ficou preocupado apenas com o prejuízo material causado ao veículo, o que reforça a tese de que sua conduta foi dolosa. As autoridades concluíram que o crime foi premeditado, e Carlos Eduardo Aquino será responsabilizado pelo feminicídio de sua mãe, Eliana. A investigação foi oficialmente encerrada, e o caso será encaminhado para os próximos passos legais”, disse.
Carlos Augusto Guimarães também falou sobre outros crimes: “O caso envolveu múltiplos crimes, com a vítima Eliana e outras pessoas sendo agredidas pelo acusado Carlos Eduardo. A dúvida inicial da investigação era se a conduta de Carlos Eduardo configurava um ato culposo — ou seja, quando a pessoa age sem observar um dever de cuidado, por imprudência ou negligência — ou se havia dolo, que é a intenção clara de cometer o crime. Segundo o delegado, a maior dificuldade foi comprovar que ele agiu de forma dolosa, com a intenção de causar os danos às vítimas “Quando falamos de dolo, não estamos apenas falando da intenção de matar, mas da vontade consciente e livre do agente em praticar determinada conduta, seja ela homicídio, furto ou qualquer outro crime”.
O delegado também explicou como se chegou ao enquadramento do feminicídio: “Esse histórico de violência, aliado ao uso de drogas, contribuiu para a caracterização do feminicídio, uma vez que a vítima estava sob constante ameaça e vivia com receio pela sua vida”.