Rui Paulo Gonçalves Estevão morreu após ter sido baleado durante um confronto com policiais civis na tarde desta sexta-feira (7), na Favela do Rodo, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Pipito, como era conhecido, era apontado pela polícia como o sucessor de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, liderança do grupo paramilitar que atua na região.
De acordo com a Polícia Civil, equipes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizada e Inquéritos Especiais (Draco), com apoio da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), abordaram o foragido durante uma ação na comunidade. Pipito teria reagido, dando início a um confronto com os policiais. Além dele, dois suspeitos de atuar como “seguranças” da milícia ficaram feridos. Os três foram encaminhados ao Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, mas Rui Paulo morreu a caminho da unidade.
“Qualquer criminoso que tente dominar territórios e subjugar a população será alvo da Polícia Civil”, destacou o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Marcus Amim.
Considerado homem de confiança de Zinho, o miliciano foi o responsável por coordenar o ataque a 35 ônibus na Zona Oeste, em outubro de 2023. O incêndio dos coletivos aconteceu em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, sobrinho de Zinho.
Tido como “zero 2” na hierarquia da milícia, Pipito passou a chefiar a organização criminosa depois que a principal liderança se entregou na Superintendência da Polícia Federal, em dezembro do ano passado.