O motorista que dirigia o carro que bateu no veículo em que estava a família da pequena Geovanna Alves de Araújo Peixoto, de 1 ano e 8 meses, foi indiciado na noite dessa quarta-feira (19), por homicídio doloso com dolo eventual (quando a pessoa prevê que suas atitudes podem resultar na morte de outra) e por tripla tentativa de homicídio. Geovanna morreu após a colisão no dia 26 de dezembro, em Donana, na Baixada Campista, e o suspeito fugiu do local na época.
O pai da menina permanece internado e precisou ser transferido para o Rio, onde passou por cirurgia na perna. A 134ª Delegacia de Polícia do Centro informou que no inquérito foi constatado que o motorista estava acima da velocidade permitida na região. As vítimas retornavam da igreja, e quando passavam por uma curva na RJ-216 por volta das 23h48 ,o motorista surgiu na contramão em alta velocidade. No local não tinha acostamento e o pai da menina, que dirigia o veículo, não conseguiu desviar. Além do casal e da menina, uma amiga da família também estava no veículo, mas os três adultos sobreviveram.
O laudo pericial apurou que o motorista indiciado estava a uma velocidade aproximada de 82,73 km/h (quilômetros por hora) no momento do acidente, em torno de 37% acima do provável limite de velocidade. A velocidade máxima para as características do trecho da via é de 60 km/h (exceto onde for sinalizado por placas de trânsito). O homem esteve na delegacia junto com o advogado e permaneceu calado.
Foram ouvidos também bombeiros militares que estiveram no local do acidente e os médicos que receberam os pacientes no hospital, assim como algumas pessoas que presenciaram o acidente. Não ficou comprovada embriaguez.