Especialista de Campos alerta para aumento dos casos de asma no inverno

No Dia Nacional de Controle da Asma, que foi celebrado em 21 de junho, a Secretaria Municipal de Saúde de Campos fez um alerta sobre a importância do diagnóstico precoce, do acompanhamento médico contínuo e do tratamento adequado para os pacientes que convivem com essa doença respiratória crônica. A médica pneumologista Luciana Feitosa, do Programa de Assistência ao Paciente com Asma e Rinite (Proapar), explica que a asma é uma condição heterogênea e inflamatória das vias aéreas, que pode se desenvolver tanto na infância quanto na fase adulta. “A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas e, por ser heterogênea, pode se desenvolver em qualquer fase da vida. Não é restrita à infância, e não é só um problema alérgico”, afirma Luciana Feitosa. Ela explica que, ao contrário do que muitos pensam, a asma não está restrita apenas a fatores alérgicos, como os desencadeadores comuns como pólen ou poeira. “Existem outros fatores, como mudanças climáticas, poluentes e até o contato com fumaça ou produtos químicos, que também podem provocar a inflamação nas vias respiratórias, levando ao surgimento de sintomas típicos da doença, como chiado no peito, broncoespasmo e tosse”, destaca a pneumologista. Apesar de os pacientes muitas vezes se sentirem bem durante os períodos sem crises, a médica alerta para a importância de seguir o tratamento de forma contínua. “O tratamento regular é essencial. Mesmo quando o paciente está bem, isso não significa que ele esteja livre de uma crise mais grave caso seja exposto a fatores desencadeantes. A asma precisa de acompanhamento constante”, explica Luciana Feitosa. O controle regular da doença é fundamental para evitar que a condição evolua e se agrave. A prevenção também é um ponto chave no controle da asma. “Evitar ambientes fechados, úmidos ou com alta concentração de poeira, mofo e poluentes pode reduzir significativamente o risco de crises”, orienta.