Ônibus com equipe de futebol americano tomba e deixa três mortos no Rio

O Coritiba Crocodies sofreu um acidente a caminho do Rio de Janeiro. Até o momento, foram confirmadas três mortes. A informação foi confirmada pela CCR RioSP, concessionária que administra a Via Dutra, e pela assessoria do Coritiba Crocodiles. As vítimas fatais são três atletas, homens, com idades entre 20 e 45 anos. O ônibus que levava 45 passageiros de Curitiba tombou na descida da Serra das Araras, em Piraí (RJ), na altura do km 225, por volta de 10 horas. O time de futebol americano de Curitiba jogaria contra o Flamengo Imperadores pelo Brasileirão de futebol americano às 14h, no Esporte Clube Anchieta. O jogo foi cancelado. Equipes médicas da CCR RioSP, SAMU e Corpo de Bombeiros atuam no atendimento as vítimas. Quatro pessoas feridas estão sendo levados ao Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em nota, a viação Princesa do Campos, responsável pelo ônibus, disse que “está prestando toda a assistência às vítimas e encaminhando demais passageiros que não se feriram para hotéis da região”. As causas do acidentes serão investigadas por um perito especialista em ocorrências desta natureza. O Coritiba Crocodiles foi criado em 2003 e fundado oficialmente em 2007 por amigos que costumavam assistir à NFL. O nome do time é uma homenagem ao jacaré que vivia no lago do Parque Barigui. A parceria com o Coritiba foi firmada em 2011. A equipe foi tetracampeã brasileira em 2022 e conquistou o 11º título estadual em 2024 com a melhor defesa e o melhor ataque da competição. O Croco Stadium, apelidado de Pântano Curitibano, fica no mesmo terreno do antigo estádio Pinheirão. Neste ano o Croco estreou uma equipe B, mesclando atletas adultos com jovens da base. Enquanto a equipe principal disputa a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o Croco B disputa o Brasileirão D3.

UFF se torna 1ª universidade federal do Rio a criar cotas para trans

A Universidade Federal Fluminense (UFF) se tornou a primeira instituição federal de ensino superior do Rio de Janeiro a criar cotas para pessoas trans –  que não se identificam com o gênero ao qual foi designado em seu nascimento) – em cursos de graduação. A decisão foi aprovada na quinta-feira (19) pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. A partir de 2025, serão reservados para estudantes trans 2% das vagas dos cursos de graduação. A expectativa da universidade é que mais de 300 pessoas sejam beneficiadas com ingresso no ensino superior no primeiro ano da política de ação afirmativa. “A UFF fez história”, comemora a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Alessandra Siqueira Barreto, ressaltando que as discussões que levaram à aprovação das cotas são fruto de protagonismo dos estudantes e diálogos com a administração da universidade. “Foi um processo de escuta ativa. Os coletivos de estudantes trans da universidade se movimentam para defender as suas pautas e levam essa proposição para a gestão. A minuta foi construída conjuntamente, e isso traz uma força para esse processo”, explica. Na pós-graduação mestrado e doutorado, 18 cursos já reservavam vagas para estudantes trans. Com a nova política, todos os programas devem disponibilizar ao menos uma vaga a partir do próximo ano. Com sede em Niterói, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, a UFF tem cerca de 66 mil alunos e nove campi no estado. A pró-reitora disse que será criada uma banca de heteroidentificação para participar do processo de ação afirmativa, uma demanda dos coletivos. A heteroidentificação é um procedimento complementar à autodeclaração, que consiste na percepção de outras pessoas sobre a autoidentificação do candidato. Permanência estudantil Alessandra Barreto garantiu que a universidade manterá contato próximo com os cotistas trans para oferecer um acolhimento que sirva de escudo para comportamentos preconceituosos e discriminatórios. Segundo ela, 50% das bolsas acadêmicas oferecidas são destinadas ao universo de todos os alunos cotistas. “Não é só o ingresso. A gente precisa criar agora os protocolos de permanência estudantil”, disse a pró-reitora. De acordo com a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Bruna Benevides, “a luta da organização vai além do ingresso nas universidades, defendendo a permanência e o sucesso acadêmico das pessoas trans”. A associação pretende divulgar, em breve, uma carta com diretrizes para a implementação dessas cotas, abordando temas como segurança e políticas de permanência. Mais universidades A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) é outra instituição que pode decidir pela criação de cota para estudantes trans em cursos de graduação. Em agosto, a Rural, como é conhecida, divulgou um cronograma sobre o debate interno. As outras duas unidades federais do estado são a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Com a UFF, ao menos 12 instituições de ensino federais adotam política de cotas para a população trans. A mais recente a fazer parte da lista foi a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que comunicou a decisão no dia 11 de setembro. A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) já aplicava a reserva específica em 2018. Outras instituições são a Federal do ABC (UFABC), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Federal da Bahia (UFBA), Federal de Lavras (UFLA), Federal de Santa Catarina (UFSC), Federal de Santa Maria (UFSM), Federal do Rio Grande (FURG), Federal de Rondônia (UNIR) e Federal de Goiás (UFG). Em todo o país, a Lei 14.723/23 determina que instituições federais de educação superior reservem vagas para “estudantes pretos, pardos, indígenas e quilombolas e de pessoas com deficiência, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio ou fundamental em escola pública”.

Campos receberá a Mostra Cinemateca Brasileira na próxima semana

A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), em Campos, receberá nos próximos dias 25 e 26 de setembro a Mostra Cinemateca Brasileira: Resistências Cinematográficas. O evento é gratuito e está aberto a toda comunidade campista e comunidade acadêmica: professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação. Em ambos os dias haverá exibição de filmes e debates durante o encontro. Segundo a organização do evento, o tema da Mostra é uma reflexão sobre o contexto histórico e político do Brasil nas últimas décadas. O intuito é tratar de narrativas que abordam desde a ditadura militar até as lutas de classe. Na quarta-feira (25), a Mostra terá a exibição dos filmes “Terra em Transe”, às 13h, e “Eles Não Usam Black-Tie”, às 19h. O debate acontece após o filme das 19h com o doutorando em História Comparada, pela UFRJ, Kiko Anderson e o mestre em História Política pela UERJ, José Marcos Freitas. Já no dia 26, às 13h, será exibido o filme “Cabra Marcado Para Morrer” e, às 19h, “O que É Isso Companheiro?”. O debate ficará por conta do mestre em Desenvolvimento Regional, Charles Gonçalves, e da doutoranda em Sociologia pela UENF Juliana Lima, também após a exibição do filme das 19h. Maria Priscila Pessanha de Castro, coordenadora do Cine Darcy, explica que a Mostra de Cinema é fruto de ações que o projeto tem realizado ao longo dos últimos anos, dentre elas, o Cine Darcy De Olhos nos Festivais. — O “Cine Darcy de Olhos nos Festivais” tem por objetivo divulgar os festivais que ocorrem no Brasil. No ano de 2023 foram mapeados mais de 120 festivais e neste ano aproximadamente 70. Com esta ação, conseguimos alcançar um número maior de diretores, produtores e distribuidores das produções audiovisuais nacionais e internacionais que, por fim, resultaram nesta parceria com a Cinemateca Brasileira – diz a bolsista Universidade Aberta Laura, que atuou como curadora da mostra.

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