Conta de luz deve seguir mais cara até o fim do ano
A conta de luz dos brasileiros deve continuar mais cara até o final de 2024, com a cobrança de bandeira amarela ou vermelha — que adicionam um valor extra às tarifas. A previsão é do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (18). Para Feitosa, há uma “grande tendência de que ela [a bandeira tarifária] permaneça entre amarela e vermelha até o fim do ano”. Atualmente, a bandeira tarifária cobrada é a “vermelha patamar 1”, que representa um valor extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh). O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado). O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para sinalizar o custo da geração de energia. Quando o custo de produção aumenta, com o acionamento de usinas termelétricas, a bandeira muda de cor. “Aquela bandeira que é acionada, é acionada para fazer frente ao custo que vem. Então, se a bandeira vem vermelha, nós vamos sinalizar a necessidade de arrecadar um recurso tal para fazer jus àquele custo”, explicou Feitosa. O diretor-geral da Aneel afirma que o país vai entrar em “um momento mais estressante”, mas o saldo da conta bandeira — que recebe os valores pagos na conta de luz — poderia ajudar a reduzir o impacto aos consumidores.
Vereador de Campos é preso em operação
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e a Polícia Civil realizaram uma operação na manhã desta quarta-feira (18) e um vereador de Campos foi preso na ação. Ao todo, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados a seis pessoas investigadas em inquérito que apura o assassinato do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Morais, em julho deste ano, em Campos. Segundo a Polícia Civil, o vereador preso foi Bruno Pezão. Há suspeita de que ele tenha envolvimento no homicídio. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Campos e foram cumpridos na Câmara de Vereadores, no comitê de campanha do vereador, além da Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4) e nos bairros Parque Tamandaré, São Sebastião, Centro, Novo Jóquei e Vivendas do Coqueiro. Investigações do GAECO/MPRJ e da Polícia Civil indicam que o crime teria motivação política. A vítima trabalhava como cabo eleitoral de um candidato que não tem o apoio da facção criminosa em atuação na localidade. A relação entre os investigados é apontada pelo GAECO/MPRJ em um episódio em que o candidato a vereador realiza um comício eleitoral. De acordo com o GAECO/MPRJ, Aparecido Oliveira de Morais foi morto em 19 de julho de 2024, dentro de um carro, com dez disparos de arma de fogo. O vereador foi levado para a 134ª Delegacia de Polícia (Centro). A polícia informou ainda que na casa da mãe do político, foram apreendidos mais de R$ 600 mil em dinheiro.
Horário de verão tem apoio de 54,9% da população, diz estudo
Levantamento feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que o horário de verão é bem-visto pela maioria das pessoas. De acordo com a pesquisa, feita com três mil pessoas, 54,9% dos entrevistados são favoráveis à mudança nos relógios ainda este ano. Deste total, 41,8% dizem ser totalmente favoráveis ao retorno do horário de verão, e 13,1% se revelam parcialmente favoráveis. Ainda segundo o estudo, 25,8% se mostraram totalmente contrários à implementação; 17% veem com indiferença a mudança; e 2,2% são parcialmente contrários. Os maiores índices de apoio foram observados nas regiões onde o horário era adotado: Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Sudeste, 56,1% são a favor da mudança, sendo 43,1% favoráveis e 13% parcialmente favoráveis. No Sul, 60,6% são favoráveis, 52,3% totalmente favoráveis e 8,3% parcialmente favoráveis; e, no Centro-Oeste, 40,9% aprovariam a mudança – com 29,1% se dizendo totalmente favoráveis e 11,8% parcialmente a favor. Nas três regiões somadas, 55,74% são favoráveis ao adiantamento dos relógios em uma hora. Para 43,6% dos entrevistados, a mudança no horário ajuda a economizar energia elétrica e outros recursos. Para 39,9%, a medida não traz economia e 16,4% disseram que não sabem ou não têm certeza. Por regiões Segundo a pesquisa da Abrasel, a Região Sul é a que apresenta maior parcela da população (47,7%) que acredita que o adiantamento do relógio resulta em economia de recursos. Para 51,8%, a mudança do horário é benéfica para o comércio e serviços, como lojas, bares e restaurantes. Já 32,7% dizem não ver vantagem; e 15,5% afirmam não ter opinião formada. A pesquisa revela, ainda, que, para 41,7%, a cidade onde moram fica mais atrativa para o turismo quando o horário de verão está vigorando. “Apenas 9,4% disseram que fica [a cidade] menos atrativa, enquanto 43,6% não sentem diferença”, diz o levantamento. O estudo mostra também que as pessoas se sentem mais seguras durante os períodos em que o horário de verão é adotado, em especial com relação ao horário de saída para o trabalho. Segundo a pesquisa, 35,2% se sentem mais seguros com a mudança, enquanto 19,5% se dizem menos seguros. Para 41,9% a mudança não traz influência. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos, considerando um nível de confiança de 95%. Governo Na última semana, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que a volta do horário brasileiro de verão é uma possibilidade real para melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial e a consequente redução de consumo de energia elétrica no país. “O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, reconheceu o ministro.