Dipirona e paracetamol contra dengue: quais cuidados tomar com remédios para sintomas da doença

Dipirona e paracetamol: os nomes desses remédios são conhecidos pela maioria dos brasileiros. São drogas de baixo custo amplamente utilizadas para o alívio da dor e a redução da febre há bastante tempo. Mas o que pode ser surpresa para alguns é que esses medicamentos são um dos poucos indicados para o tratamento dos sintomas da dengue já que NÃO interferem na coagulação do nosso sangue. Sangramentos (hemorragias) podem ser uma consequência dos casos graves de dengue e alguns medicamentes DEVEM ser evitados (veja mais abaixo). Mas antes de entender mais sobre a dipirona e o paracetamol, é preciso deixar claro que nenhum medicamento disponível no mercado combate os vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Essas drogas apenas amenizam os seus sintomas, que geralmente são os seguintes: Dor de cabeça intensa Dor atrás dos olhos Dores musculares e articulares Náusea e vômito Além disso, especialistas ouvidos pelo g1 destacam que a automedicação pode mascarar sintomas graves e atrasar o tratamento adequado da doença, especialmente em crianças ou pessoas com problemas de coagulação (uma resposta natural do corpo para interromper sangramentos em vasos sanguíneos), como diabéticos e idosos. Por que dipirona e paracetamol? Mas voltando ao tema: por que a dipirona e paracetamol são indicados para amenizar os sintomas causados pela dengue? A explicação é que ao contrário de medicamentos como nimesulida e ibuprofeno, que têm propriedades anti-inflamatórias (diminuem inflamações) e podem alterar a coagulação, a dipirona e o paracetamol atuam especificamente na regulação da temperatura e na redução da sensação de dor, sintomas comuns associados à infecção pela dengue. “A dengue é uma doença viral que pode gerar quadros hemorrágicos porque o vírus pode destruir as plaquetas e causar lesões em vasos sanguíneos. Portanto o ibuprofeno e a nimesulida são contraindicados para o tratamento da dengue, por aumentar o risco de hemorragias”, diz Marcelo Polacow, presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP). Assim, a dipirona e o paracetamol são considerados mais seguros e adequados para o tratamento dos sintomas da dengue, já que não interferem na coagulação do sangue. “Esses medicamentos são os mais indicados por uma série de motivos, em especial pois, além de não aumentaram os riscos de sangramento, eles já têm sua eficácia e efeitos colaterais bastante conhecidos, quando o assunto é o tratamento de problemas simples e autolimitados”, explica Roberto Canquerini, conselheiro Federal de Farmácia pelo Rio Grande do Sul. Fonte: G1
Campos adota nova estratégia para tentar conter o avanço da dengue

O município de Campos está adotando o diagnóstico clínico-epidemiológico para a dengue. O diagnóstico, sem a necessidade de exames, será feito por um médico a partir da apresentação de sintomas claros da doença no paciente. Essa é uma estratégia para tentar conter o avanço da dengue. O diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro, explicou como funciona o critério. “A partir do aumento mantido no número de casos, além do risco de epidemia da doença, não é mais uma condição essencial a confirmação laboratorial. Um caso de dengue pode ser detectado com uma confirmação clínico-epidemiológica, isso ajuda no diagnóstico precoce e acelera o tratamento da doença”, disse Rodrigo. DENGUE EM CAMPOS — De acordo com o último balanço divulgado, até o momento, foram registrados 587 casos confirmados de dengue no município neste ano e 25 de chikungunya. Não há confirmação para zika em Campos. UBS, UPH e CRD PRONTOS PARA ATENDER A POPULAÇÃO — Os pacientes com sintomas leves podem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), pois não requer maiores intervenções. Já as Unidades Pré-Hospitalares (UPH) realizam o atendimento aos pacientes que necessitam da realização de exames de sangue, hidratação e outros procedimentos necessários. O Centro de Referência da Dengue (CRD) tem capacidade para realizar exames, com resultados no dia seguinte e internação, quando necessário, no Hospital dos Plantadores de Cana, que fica ao lado da unidade.
Bolsonaro fica em silêncio durante depoimento sobre golpe de Estado

O ex-presidente Jair Bolsonaro não respondeu aos questionamentos da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (22), no depoimento para investigação que apura a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. Ele chegou à sede da PF, em Brasília, por volta das 14h20, e não falou com a imprensa. Bolsonaro ficou cerca de 30 minutos na PF e, após deixar o local em carro com vidros fechados, dois dos seus advogados falaram com a imprensa e justificaram que o seu cliente ficou em silêncio porque a defesa não teria tido acesso à íntegra dos autos da investigação. “A falta de acesso a esses documentos, especialmente as declarações do tenente coronel Mauro Cid, e as mídias eletrônicas obtidas dos telefones celulares de terceiros e computadores, impedem que a defesa tenha o mínimo conhecimento por quais elementos. A defesa acrescentou que o silêncio é uma estratégia “baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos pelos quais está sendo imputada ao presidente a prática de certos delitos”, acrescentou. Bueno disse, ainda, Bolsonaro está à disposição da Justiça “como, aliás, ele sempre fez e continuará fazendo, sendo do maior interesse dele o esclarecimento dessa verdade”. Além do ex-presidente, vários ex-integrantes do governo anterior compareceram nesta quinta-feira (22) à sede da Polícia Federal para prestar depoimentos, entre eles, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o ex-ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o presidente do partido de Bolsonaro, o Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. As defesas desses investigados não falaram com a imprensa.