Comissão de Ética da Câmara do Rio começa a analisar acusações contra Gabriel Monteiro

A Comissão de Ética da Câmara do Rio começou a analisar às 15h20 desta terça-feira (29) as acusações contra o vereador Gabriel Monteiro (sem partido). O vereador está no local e pediu à comissão para acompanhar a reunião, mas não foi autorizado a entrar. Em denúncias exibidas pelo Fantástico, no domingo (27), pessoas que trabalharam para o vereador relataram episódios de assédio moral e sexual, agressões físicas e afirmaram que alguns de seus vídeos postados em redes sociais foram forjados. Além disso, uma mulher o acusa de estupro. Sete titulares e dois suplentes participam da reunião: Alexandre Isquierdo (presidente – DEM) Teresa Bergher (Cidadania) Chico Alencar (Psol) Dr. Gilberto (PTC) Dr. Rogério Amorim (PSL) Rosa Fernandes (vice – PSC) Zico (Republicanos) Wellington Dias (PDT) Luiz Ramos Filho (PMN) A bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara oficiou a presidência pela abertura de um processo ético-disciplinar contra o vereador. No documento, os vereadores Lindbergh Farias (PT), Reimont (PT) e Tainá de Paula (PT) citam que a “má conduta do vereador se caracteriza como contumaz”, tendo sido mencionada em outras duas reuniões em abril de 2021. Nesta segunda-feira (28), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu um inquérito para apurar se Gabriel Monteiro violou direitos da criança que aparece em um vídeo do político publicado na internet. Denúncias de assédio Luiza Batista foi assistente de produção de Gabriel e é uma das pessoas que o acusa de assédio sexual. Ela trabalhava para os canais do vereador na internet, e relatou ao repórter Pedro Figueiredo que algumas situações inconvenientes estão registradas nos vídeos que ela ajudava a gravar. “Ele me abraçava assim por trás, ‘te amo’ e não sei o que, ‘você é minha amiga’. Beijava o meu rosto, saía de pênis ereto e ia mostrar para o segurança”, relata. “Uma vez, foi no carro que ele começou pedindo para fazer massagem no meu pé. Puxou meu pé e fez massagem. Eu tentava tirar o pé e ele segurava. Aí foi começando a passar a mão nas minhas pernas. Foi para o banco de trás e começou a me agarrar, me morder, me lamber.” O repórter perguntou se ela era tocada por Gabriel sem autorização, e Luiza confirmou. “Dá pra ver que ele chegava a passar (a mão). Eu falava: Gabriel, não gosto de gravar esses vídeos, você sabe. E toda vez ele ficava descendo a mão. Cansou de passar a mão na minha bunda. E eu segurando a mão dele. Pedindo e pedindo”, conta. Após sete meses de trabalho para o vereador, ela acabou procurando um psiquiatra. “Eu queria tirar minha própria vida, porque eu me sentia culpada. Será que estou usando alguma roupa que está causando isso? Será que a culpa é minha de alguma forma? Aí eu começava a pedir a deus para me levar.” Outra mulher, que não quis revelar sua identidade, afirma que consentiu o início das relações sexual com Gabriel Monteiro. No meio da relação, o ato evoluiu para um estupro, porque ela diz que pediu para que ele parasse. “Teve um momento que ele usou força. Me segurou e foi com tudo. Me deixou sem saída. Eu pedindo para ele parar, ele não respeitou o momento em que eu pedi para ele parar.”, disse a mulher que acusa Gabriel Monteiro de estupro. Ela continua, relatando a reação de Gabriel: “E ele rindo, ‘é uma brincadeira. Não leva a sério, não. Não fica chateada.” O repórter perguntou se ela se sentiu abusada. Ela respondeu que sim: “Super abusada. Ele me machucou, agiu com agressão e força física.” Um funcionário, que também não quis se identificar, contou que era obrigado a cumprir expediente na casa de Gabriel, onde presenciou cenas constrangedoras. Ele diz: “A gente ficava ali na frente e várias vezes ele foi na parte da frente da varanda da casa, e em outros cômodos a gente já viu também, com o órgão sexual para fora. E se vangloriando do tamanho do pênis. E mesmo se masturbando na frente de toda a equipe.”

Apenas 35% das crianças de 5 a 11 anos tomaram a primeira dose contra a Covid-19 no Estado do Rio

Apenas 35% das crianças de 5 a 11 anos do Estado do Rio de Janeiro receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. De um total estimado em 1,5 milhão de crianças, apenas 526,2 mil receberam a imunização. A segunda dose só foi aplicada até o momento em 78,9 mil crianças nessa faixa etária, o que equivale a 5% do total. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, a adesão no estado chega a 86% (1,1 milhão) com a primeira dose e 63% (833,2 mil) com a segunda. Os dados estão disponíveis nos painéis da Secretaria de Estado de Saúde (SES). A SES foi procurada para se manifestar sobre a baixa adesão à vacinação infantil contra Covid-19 no estado, mas não enviou posicionamento nem informou estratégias para aumentar a cobertura. Na capital, faltam 26% do grupo de 5 a 11 anos tomarem a primeira dose, um total de 147,2 mil crianças, segundo os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Para ampliar a adesão à vacina, foi feita uma campanha de busca ativa nas escolas, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME), com vacinação nas unidades de ensino municipais durante as aulas, mediante autorização dos pais. A cobertura na cidade da população total acima de 5 anos está em 98% com a primeira dose e 91% com a segunda ou dose única. No Estado do Rio de Janeiro, a cobertura com o esquema completo para o público que integra a campanha está em 73%. O grupo de 5 a 11 anos foi incluído no Plano Nacional de Imunizações (PNI) no dia 5 de janeiro deste ano, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso da vacina Pfizer pediátrica em 16 de dezembro.

Prefeitura de Rio das Ostras abre processo seletivo para contratar instrutor de violino

Visando atender a necessidade temporária do Centro de Formação Artística de Música, Dança e Teatro, a Prefeitura de Rio das Ostras publicou um novo edital para dar início a um novo processo seletivo público para contratação temporária de instrutor de violino, tendo em vista que não houveram candidatos habilitados no primeiro edital. Os interessados poderão se inscrever a partir do dia 1º de abril até às 23h59min do dia 6 de abril. O Edital completo está disponível no site da Fundação, no link https://transparencia.fundacaoriodasostrasdecultura.rj.gov.br/processoseletivo.php?tipo=&cat=22&Desc. É importante ressaltar que o processo seletivo terá duas etapas. A primeira é de análise de documentos e a segunda é a prova de desempenho didático. A divulgação do resultado preliminar da primeira etapa está prevista para o dia 8 de abril. Os interessados deverão anexar, no ato da inscrição, cópia dos seguintes documentos: currículo; documento de Identificação; CPF, ou Comprovante de Situação Cadastral no CPF, caso não conste no Documento de Identificação; título de eleitor e comprovante de votação da última eleição; certificado de Reservista para candidatos do sexo masculino; comprovante de Residência; comprovante de escolaridade (certificado, declaração emitida há no máximo seis meses ou histórico escolar); comprovante de experiências profissionais, se houver (carteira de trabalho, certidão de comprovação de experiência profissional ou cópia de contrato de trabalho); comprovante de cursos complementares, se houver (certificado ou declaração emitida há no máximo seis meses); laudo médico para os candidatos às vagas de pessoas com deficiência; certidão de nascimento de filhos menores de 18 anos, caso possua (para fins de critério de desempate). Será eliminado do processo, o candidato que preencher incorretamente ou fornecer dados inverídicos na ficha de inscrição; não apresentar todos os requisitos exigidos para o cargo pleiteado; não comprovar, quando convocado, todas as informações sinalizadas no ato da inscrição com documentação pertinente; ao ser convocado para apresentar documentos comprovando a pontuação obtida, não comparecer no local, data e hora marcada, munido de toda documentação exigida; apresentar documentos inconsistentes, rasurados, ou que impossibilitem a conferência da comissão organizadora; e se inscrever na condição de pessoa com deficiência e, não apresentar laudo médico atestando a mesma, quando solicitado.

Bolsonaro deixa hospital após ser internado com dores abdominais

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, na manhã desta terça-feira (29). Ele estava no local desde a noite anterior, quando deu entrada na unidade com um quadro de dores abdominais. Na segunda-feira (28), Bolsonaro se dirigia a um evento do Republicanos, partido da base de apoio ao governo, quando precisou ir para o hospital. Segundo a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que compareceu ao evento, Bolsonaro passava bem. “Primeira-dama Michelle, receba os nossos cumprimentos, as nossas orações. Tenho certeza que o presidente está bem. São apenas uns exames que ele está fazendo, por isso não está presente aqui”, disse o deputado Marcos Pereira, presidente do partido, durante o evento, no qual se filiaram ao partido os ministros Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). Em janeiro, Bolsonaro ficou dois dias internado no Hospital Vila Nova Star, na Zona Sul de São Paulo, devido a uma obstrução no intestino. Na ocasião, o médico que acompanha o presidente desde 2018, Antônio Luiz Macedo, disse que o problema tinha sido provocado por um camarão não mastigado corretamente. Em 2018, Bolsonaro foi alvo de uma facada durante a campanha eleitoral. Desde então, foi submetido a quatro cirurgias em decorrência do episódio. Além disso, realizou outros dois procedimentos não relacionados à facada – uma cirurgia para retirada de cálculo na bexiga e uma vasectomia. Em julho de 2021, Bolsonaro apresentou soluços persistentes e foi internado após ser diagnosticado com obstrução intestinal.

Investigado pela Polícia Federal, ministro da Educação pede exoneração do cargo

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu nessa segunda-feira (28) exoneração do cargo. A demissão ocorreu a pedido dele e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Na semana passada, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o ministro. A medida foi autorizada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. A investigação foi aberta após a publicação de matérias na imprensa sobre suposto favorecimento na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação. Na segunda-feira (21), uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Milton Ribeiro, diz favorecer, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, prefeituras de municípios ligados a dois pastores. Em outro inquérito, a PF também investiga as supostas irregularidades. A polícia recebeu na semana passada um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo o órgão, os fatos são investigados desde o ano passado, antes da divulgação da gravação. As denúncias foram recebidas pela CGU no dia 27 de agosto de 2021 e tratam de possíveis irregularidades que estariam ocorrendo em eventos realizados pelo Ministério da Educação (MEC) e sobre o oferecimento de vantagem indevida, por parte de terceiros, para a liberação de verbas do fundo. A apuração ocorreu entre os dias 29 de setembro de 2021 e 3 de março de 2022. O órgão concluiu que agentes públicos não estavam envolvidos nas supostas irregularidades e enviou o caso para a PF, que abriu um inquérito criminal. O caso também é na esfera cível pela Procuradoria da República no Distrito Federal. O Tribunal de Contas de União (TCU) também vai realizar uma fiscalização extraordinária no Ministério da Educação. Após a divulgação do caso, em nota divulgada à imprensa, o então ministro Milton Ribeiro disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo Ribeiro, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária. “Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, disse.  Posicionamento Em nota publicada nas redes sociais, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que não praticou atos ilícitos. “Tenho plena convicção de que jamais pratiquei qualquer ato de gestão que não fosse pautado pela legalidade, pela probidade e pelo compromisso com o erário. As suspeitas de que foram cometidos atos irregulares devem ser investigadas com profundidade”, destacou o ministro. “Decidi solicitar o presidente Bolsonaro a exoneração do cargo de ministro a fim de que não paire nenhuma incerteza sobre minha conduta e do governo federal. Meu afastamento visa, mais do que tudo, deixar claro que quero uma investigação completa isenta”, traz a nota.

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